Vivemos em
ciclos. Diversas cerimônias
simbolizam, em algumas
religiões, as passagens
de cada fase da
vida, seguindo uma lógica
de sete anos.
A infância
é a primeira etapa
da vida. E em
algumas religiões,
encerra-se com a
cerimônia dePrimeira
Comunhão aos sete
anos.
A adolescência
que vai dos 08
aos 14 anos ocorre
a socialização e
inclusão escolar, além
da modelagem física. É
o período de que
amplia-se a capacidade
de entender e responder.
A juventude
– de 15 aos 21
anos – é realizada
algumas escolhas que
marcarão os próximos
anos da vida. Escolhe-se
a futura carreira e
há ainda a intensificação
de relacionamentos.
A vida
adulta – 22 a 28
anos – é marcada pela
experimentação de talentos.
Essa etapa inclui umaprimeira fase de
descobertas e preparação
para o casamento.
É o período de
impulsividade.
A segunda
fase da vida adulta
– 28 a 35 anos
– é o avanço da
vida a dois. Casamento,
foco em produtividade
pessoal, planejamento
de vida. Nascem os
filhos, a vida
torna-se mais complexa.
A terceira
fase da vida adulta
tem a crise dos
40 anos, marcada por
questionamentos acerca das
escolhas pessoais e
profissionais. Crise de
autenticidade, afloram as
limitações.
A quarta
fase da vida adulta
– 43 a 49 anos
– pode-se ocorrer a
segunda grande crise:
questionamento das escolhas
e autorrealização.
A maturidade
– 50 a 56 anos
– se dá uma nova
relação com o
corpo, grande capacidade
de negociação, maior
disposição em ajudar
a ensinar, e amplia-se
a visão global.
A segunda
fase da maturidade
– 57 a 63 anos
– tem nova relação com
o tempo, inteligencia
aguçada quanto à
relação de causa
e efeitos dos fatos
e situações ao redor.
Grande contribuição conceitual.
A terceira
fase da maturidade
– 64 a 70 anos,
a consciência diferenciada
com relação a temas
de relacionamento e
espiritualidade. Capacidade
superior de educar
os mais próximos.
A sabedoria
– 71 a 91 anos
– traz formulações de
conceitos profundos,
contribuição além do
senso comum, capacidade
de perceber sutilezas
do humor, sensação de
plenitude.
De 92
a 105 anos vem
a fase do oráculo,
a fonte de inspiração
conceitual, conexão espiritual,
fase de grande ensinamento
e difusão da sabedoria.
O escritor e sociólogo Roland
Barthes (1915-1980) disse,
certa vez, que há
uma idade em que
seensina o que
se sabe em seguida
vem outra, em que
se ensina o quer
não se sabe. Depois
vem a idade de
uma outra experiência,
a de desaprender,
é a idade de
um pouco de sabedoria
e o máximo de
sabor possível.
ESTAÇÕES - De
acordo com a teoria
da analista inglesa Mary
Esther Harding (1888-1971),
aluna do renomado psiquiatra
suíço Carl Gustav Jung,
a existência humana está
dividida pelas estações
do ano:
Até os
21 anos, o ser
humano está em sua
primavera.
Dos 21
aos 42 anos, em
seu verão.
De 42
a 63 anos, o
outono toma conta.
E, a
partir dos 63 anos,
chega o inverno.
Mas isso
depende de cada
um, do modo como
se vive, como se
conecta com o
mundo, como se relaciona.
Hoje todo mundo quer
ser jovem, a publicidade
cria toda essa expectativa
e muitos embarcam nessa
ilusão. O jovem
é alegre, mas muito
ansioso, imaturo. O
velho é feliz porque
a experiência ensinou
a viver melhor. É
bom diferenciar alegria
da felicidade. Alegria
é diferente da felicidade.
Ao encontrar
a felicidade, o
primeiro passo é
que, apesar de todas
as adversidades e
dificuldades, a gente
possa se voltar para
o nosso interior e
cultivar isso cotidianamente.
O segundo
passo é a descoberta
do outro, em toda
a sua adversidade
e dignidade.
Como a
vida interior cultivada
e com a descoberta
do outro se consegue
encontrar uma razão
para viver maior do
que a própria vida.
É uma fonte de
inspiração muito grande.
Como disse Plotino: “O
uno está no todo,
o todo está no
uno”.
“A
vida não
é só
isso que
se vê,
é um
pouco mais.../que
os olhos
não conseguem
perceber, e as
mãos não
ousam tocar,
os pés
recusam a pisar/Sei
lá não
sei, sei
lá não
sei não/não
sei se
toda beleza
de que
lhes falo
sai, tão
somente do
meu coração...”
(Sei Lá Mangueira, de Hermínio Belo
de Carvalho
e Paulinho
da Viola)
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