31 agosto 2010

Marilyn Monroe: Há 48 anos morria a mulher, nascia o mito (2)

Marilyn Monroe morreu!. Há 48 anos esta notícia abalou Hollywood,consternou fãs em todo o mundo, deixou a sétima arte sem seu maior símbolo sexual. Há 48 anos (no dia 05 de agosto) morreu Marilyn, mulher que fez a felicidade de muita gente, sem nunca ter sido feliz. Ela teve uma vida breve e trágica, uma carreira fulgurante: em menos de 15 anos, seduziu o mundo e tornou-se o maior mito sexual que o cinema já produziu.



VÁLVULA - O corpo perfeito, marcado por colantes vestidos, personificava a mulher agressivamente livre em contraste com uma América bem comportada e ordeira como convinha a um mundo dividido pela guerra-fria. Era a época da Legião de Decência, dos rígidos códigos morais e da caça às bruxas, promovida pelo macarthismo. Marilyn funcionari

a como a válvula de escape para milhões de pessoas ansiosas por assumir a sua própria liberdade. Marilyn começa a revoltar-se contra a imagem que lhe fora imposta – a da boneca loura e sexy -, e que a tornara um mito. “Um símbolo sexual orna-se um objeto. Detesto ser um objeto”.

Terminado o casamento com Di Maggio, a vida amorosa de Marilyn resumia-se a uma série de casos insignificantes, que não supriam sua constante carência afetiva. O que ela queria era um homem forte, que a amasse e protegesse – uma mistura de marido e pai que ela nunca teve. E foi isso que ela viu, ou pensou ver, em Arthur Miller. Indo para New York estudar arte dramática no Acto´s Studio, lá conhece o dramaturgo Miller, que será seu terceiro marido. Nele, busca um apoio intelectual que a ajuda a perceber o que se passa à sua volta. São dessa nova fase os filmes “O Pecado Mora ao Lado” e “Nunca Fui Santa”, onde brilha como atriz num papel mais complexo.


Em 1957, no auge da carreira, Marilyn desliga-se da Fox e cria sua própria produtora. Em seguida, filma “Quanto mais Quente Melhor”, “Adorável Pecadora” e “Os Desajustados”, onde no papel de uma mulher angustiada, interpreta a si mesma. Terminado os trabalhos dos Desajustados no início de 1961, foi anunciada a ruptura do casamento de Marilyn com Miller. Depois do divórcio, ela entra numa depressão mais prolongada eu as anteriores. Na época, tem um ligeiro caso com Frank Sinatra, sem ficar apaixonada.

KENNEDY - Por meio de Sinatra, Marilyn tinha conhecido Peter Lawford, cunhado dos Kennedy. É convidada então para a festa de aniversário do jovem presidente John Kennedy, no Madison Square Garden. Na festa, ela canta “happy burthday to you” diante de mais de 20 mil pessoas. Emocionado, Kennedy diz: “Agora já posso me retirar da política”. Os acontecimentos se precipitam, Marilyn passa a manter um romance secreto com Robert Kennedy, irmão do presidente e secretário da Justiça. Na época, a Foz inclui a atriz num novo filme – “Something´s Got to Give” – para terminar seu contrato com ela. Mas ela começava a chegar atrasada e a faltar nas filmagens.


O novo chefão da Fox, Peter Levethis despede Marilyn por “violação voluntária de contrato” e ainda lhe exige uma indenização de US$i milhão. O casamento com Jim Daugherty foi uma fuga, que a guerra encerrou. Marilyn se entregou então à fuga do estrelato. Enfrentou as injustiças dos estúdios por vários anos, mas chegou lá. Infelizmente, isso não foi o bastante. “Uma carreira – disse ela – é uma coisa maravilhosa. Mas não se pode ficar abraçado com ela nas noites de frio”. Nem Di Maggio nem Miller fizeram com que a estabilidade dela durasse mais que alguns meses. E ela continuou perseguindo o sucesso. Tímida, insegura, introvertida, superou suas limitações lutando contra o molde que Hollywood lhe impunha, procurando ser uma atriz de verdade, uma produtora independente. Venerada como símbolo sexual, esforçou-se em vão por ser reconhecida como atriz. No auge da fama e das dificuldades pessoais, pouco depois de acabar com Miller, era despedida no meio de uma filmagem e intimada a pagar uma indenização enorme.


Finalmente, na noite de 04 de agosto, em vez de ir a uma festa na casa de Peter Lawford, onde certamente encontraria Robert Kennedy, Marilyn toma um vidro de comprimidos para dormir (Nembutal). Suicídio ou acidente? Ninguém sabe. Aos 36 amos, morria a maior estrela de Hollywood, e com ela o star system, a indústria de Hollywood responsável pela fabricação de mitos em linha de montagem. Depois de ter procurado desesperadamente a sua identidade e de encontrar apenas o vazio, Marilyn escolhe o suicídio como resposta à indústria que a transformou numa fantasia. Norma Jean não resistiu ao mito que Marilyn Monroe lhe ofereceu.

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Amanhã o tema será Lage, 40 anos de humor

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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.

30 agosto 2010

Marilyn Monroe: Há 48 anos morria a mulher, nascia o mito (1)

Marilyn Monroe morreu!. Há 48 anos esta notícia abalou Hollywood, consternou fãs em todo o mundo, deixou a sétima arte sem seu maior símbolo sexual. Há 48 anos (no dia 05 de agosto) morreu Marilyn, mulher que fez a felicidade de muita gente, sem nunca ter sido feliz. Ela teve uma vida breve e trágica, uma carreira fulgurante: em menos de 15 anos, seduziu o mundo e tornou-se o maior mito sexual que o cinema já produziu.


Quando foi encontrada mortas em sua casa, em Brentwood, na Califórnia, na noite de 05 de agosto de 1962, com o corpo intoxicado de barbitúricos, a atriz Marilyn Monroe tornou-se uma das maiores lendas do mundo encantado de Hollywood. Morria uma estrela, nascia um mito. Nos 32 filmes que realizou, foi aclamada como a namorada sexy da América. Depois foi venerada como mártir de sua própria beleza e irreverência. Sobre ela, desde então, foram escritos mais de 50 livros.


Morta há 48 amos, Marilyn Monroe ainda rende bom dinheiro. A overdose de pílulas teria sido acidente ou suicídio? O mundo discute a morte e, principalmente, a tumultuada vida da estrela, das mais brilhantes que Hollywood criou – e massacrou. Norman Mailer escreveu que Marilyn teria sido assassinada por agente da CIA que odiava os Kennedys e não lhes perdoava o fiasco da Agência na Baía dos Porcos (tentativa de invasão de Cuba, em 1961). Outros, menos famosos, sugerem que Marilyn foi liquidada pela Máfia, a serviço de Jimmy Hoffa, líder sindical mafioso que Robert Kennedy, então ministro da Justiça (1962), perseguia implacavelmente, conseguindo pôr na cadeia (1967). Roberto Slatzer escreveu que os Kennedys precisavam livrar-se de Marilyn, pois ela os ameaçara de revelar à imprensa que havia sido amante de John e Bobby, estragando-lhes a carreira política. Daí monopolizaram o imenso e poderosíssimo aparato federal forjando um suicídio que é, em verdade, um assassinato.


ROMPIMENTO - Ao longo das últimas duas décadas, muitas versões goram contadas a respeito dos três. John, ou Robert, ou ambos, teria sido amante regular de Marilyn nos últimos dois anos da vida da atriz. O rompimento com Robert teria sido uma das causas da provável depressão que levou ao provável suicídio. Em “Deusa – As Vidas Secretas de Marilyn Monroe”, Anthony Summers confirma essas versões e revela contornos escabrosos. Robert Kennedy, com a ajuda do FBI, o poderoso órgão de investigações do governo americano, teria armado um ardiloso estratagema para se livrar de uma inevitável acusação de cumplicidade na morte de Marilyn.


Nascida Norma Jean Baker a 1º de junho de 1926 em Los Angeles, ela jamais viu o pai e mal conheceu a mãe, que foi internada durante muito tempo num hospício. Órfã, a menina Norma Jean andou de família em família, sendo criada em orfanatos e por indiferentes paias adotivos. Para fugir à essa rotina casa-se aos 16 anos, com um operário de uma fábrica de aviões, Jim Daugherty de 21 anos. Divorcia-se nove meses depois.


Em seguida, conhece um fotógrafo que a contrata como modelo: com os cabelos pintados e blusas justas, em 1946 ela aparece em várias capas de revistas. No ano seguinte, é contratada pela empresa cinematográfica Twentien Century Fox, que muda seu nome para Marilyn Monroe. Em 1948, surge em pequenos papéis de filmes classes B, depois posa nua para a famosa foto de calendário que reproduziu seu corpo anonimamente pelo mundo.


Uma ponta como a sensual namorada de um gangster no clássico “O Segredo das Jóias” (1950), de John Huston, inicia a sua carreira de estrela. Depois fez um papel secundário em “A Malvada”, estrelado por Bette Davis e Anne Baxter e cativa o público mesmo contracenando com essas grandes estrelas. Segue “Só a Mulher Peca”, um drama passado na brumosa costa norte do Pacífico, entre operários de fábricas de conserva de pescado. O filme é um sucesso e a Fox aproveita e inclui Marilyn em mais quatro filmes naquele ano. Todos têm sucesso: “O Inventor da Mocidade”, uma comédia maluca de Howard Hawks, e “Almas Desesperadas”, em que ela faz uma babá psicótica.


O brilho de Marilyn chega na fila “Torrentes de Paixão” onde Hanry Hathaway, o diretor, fez a atriz usar saltos exageradamente alto justamente porque ela não sabe andar direito com eles, o que acentua ainda mais seu rebolado. “Depois da guerra, o erotismo cinematográfico deslocou-se das coxas para os seios. Marilyn Monroe fez com que ele ficasse entre os dois”, escreveu o crítico André Bazin. Comentário desse tipo, no mundo inteiro, festejava a sensualidade inquieta daquela que se tornava o símbolo sexual dos anos 50.

Com a apoteose de “Torrentes de Paixão”, a carreira de Marilyn dispara. Logo em seguida, ela filma “Os Homens Preferem as Louras”, a história de duas moças obcecadas por achar um marido. Dirigido por Howard Hawks em tom de comédia musical, o filme justa a exuberância séria da morena Jane Russel com a provocação delirante da loira Marilyn. Como havia vários números musicais, Marilyn pôde mostrar seus talentos de cantora dançarina. O sucesso do filme garantiu à atriz um espaço na Calçada da Fama, em frente ao Chinese Theatre, onde deixou a marca de suas mãos. Na ocasião, ela também se torna capa da revista Time, que afirma: “No panteão pagão de Hollywood, Marilyn é a deusa do amor”.


Ela atua depois em “Como Agarrar um Milionário”, segundo filme feito em cinemascope, no qual divide as honras de estrela como Betty Grable e Lauren Bacall, mas fica com todas as glórias. Casa-se com Joe Di Maggio, um ídolo nacional do beisebol. Ele, um católico descendente de italianos, não se dá bem com a liberalidade e a mentalidade pragmática de Marilyn. Como bom latino, tem um ciúme doentio. E tudo acaba em divórcio.

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27 agosto 2010

Música & Poesia

Rap da República (Moraes Moreira)


Nem contra nem a favor

só sendo crítico

eu não nasci meu senhor

pra ser político

interferir no entanto

nos rumos dessa nação

eu posso muito enquanto

poeta e cidadão.


O presidente não pressente

que seu cargo pode ter um gosto

amargo

nem sequer por desencargo de

consciência


E vem o vice partindo pro

sacrifício

por não ser o seu ofício

presidente em exercício

haja paciência.


O senador

se julgava absoluto

suplente, substituto

foi parar no Instituto do Coração

o deputado não é nada kamikaze

quando ta ruim a fase

vai buscar em sua base

sustentação.


Nem contra nem a favor

só sendo crítico

eu não nasci meu senhor

pra ser político

interferir no entanto

nos rumos dessa nação

eu posso muito enquanto

poeta e cidadão.


Governador, eu não visto essa

camisa

falar nem sequer precisa

ta caído na pesquisa de opinião


Olha o prefeito

na cadeira já balança

eu não quero essa responsa

e nem mesmo a vereança

eu não quero não

ser o ministro

porque é o que transtorna

pois quando vem a reforma

qualquer jeito

qualquer forma

citam, seu nome

mesmo que seja muito bem

intencionado

não será considerado

pode ser exonerado

até por telefone.


Eu não nasci meu senhor

pra ser político

interferir no entanto

nos rumos dessa nação

eu posso muito enquanto

poeta e cidadão.



Labirinto (O Homem da Estrada) ( José Inácio Vieira de Melo)


Não me ofereça o paraíso.

Andar para cima e para baixo é o que quero.

Esperar o dia parir o sol,

sentir a minha pele tostar nas plagas dos sertões.


Não me ofereça o infinito.

Quero o seixo da estrada.

Dar o passo e levantar poeira – me confundir na poeira.

Quero todas as formas e amanhã ser informe.


Sim, sei das topadas, dos calos, do estrume. Não me iludo.

Mas sempre estarei pronto para me levantar.

As cicatrizes contam histórias que gosto de escutar:

me reconheço nelas, e choro e canto e fico feliz

quando a lua estampa um sorriso na boca da noite:

ali sou eu quem sorri.


Olho para o céu e vejo um caminho de estrelas.

E além e além e muito além de todas as coisas,

sonho que sou o seixo, a estrela.

E assim sou uniforme.

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26 agosto 2010

Quem disse que gosto não se discute? (2)

Assim o autor (Pierre Bourdieu) se dedicou a relacionar os gostos de cada classe com seu capital escolar (determinado pelos diplomas) e com sua origem. Para ele, quanto mais anos de estudo, mais uma pessoa se distancia do gosto popular, para adquirir um gosto legítimo em relação à música. Não só ela passa a apreciar mais compositores menos populares como também o conhecimento do nome de compositores aumenta substancialmente. O gosto musical, ainda mais que outros, sofre uma variação a depender da diferença de anos de estudo, visto que este é um dos campos do conhecimento considerado mais legítimo. As áreas também são hierarquizadas. Por exemplo, o conhecimento de música clássica e de pintura é um conhecimento legítimo, o conhecimento sobre jazz e histórias em quadrinhos, em vias de legitimação.


Diplomas escolares asseguram a nobreza cultural, valorizando o capital cultural de uma classe mais alta e estigmatizando aquele de uma classe mais baixa. Assim, a escola influencia não só nos gostos ligados ao mundo escolar, mas em toda a vida cultural de uma pessoa. E não só influencia como também garante competências culturais muito maiores do que as ensinadas na escola.


Há alguns postos – segundo Bourdieu – ligados à origem social do que ao capital escolar, como no caso de mobília e vestuário, muito mais relacionados a percepções vindas desde a infância do que a aprendizagem nos livros escolares. A escola tende a referendar o capital herdado pela classe alta. Portanto, parte do capital de pessoas da classe média ou de frações mais baixas da classe alta nunca vem a ser aprovado pela cultura legítima. Nesse contexto, muitos buscam domínios diferentes de investimento cultural, domínios menos legítimos, como o jazz.


POSIÇÕES


As disputas por posições hierarquizam, igualmente, as oportunidades estatutárias das classes em matéria de valores e concepções políticas. Isso leva a crer que mesmo a fração da classe popular com maior capital cultural está submissa às normas e valores dominantes. Os agentes menos competentes (pela perspectiva da cultura legítima) estão à mercê dos efeitos da imposição do campo de produção ideológico influente, acarretando tomadas de posições ligadas às representações “legítimas” do mundo social. Falta-lhes capital escolar, diria Bourdieu, mas que é compensado no blefe inconsciente de uma linguagem que disfarça, sobretudo, posições políticas “desencontradas”, “ingênuas” ou “ignorantes”.


Ao diploma escolar é reservado um elevado poder simbólico transformando a escola em uma das instâncias sina qua non da manutenção da ordem social. A obtenção do diploma fixa as disposições dominantes. Desapossa e separa os menos competentes em favor dos mais competentes; os menos instruídos em favor dos mais instruídos.


A Distinção foi o livro que mais irritou alguns dos intelectuais porque se pensava que, indiretamente, este livro destruiria a aura (para falar como Walter Benjamin) da criação intelectual, da produção estética, remetendo-a a prática de consumo que se vinculavam as condições econômicas, posições sociais, vontade, distinção etc.

O consumo cultural e o deleite estético são acionados como forma de distinção, ou seja, a familiaridade com bens simbólicos traz, consigo, associações como “competência”, “educação”, “nobreza de espírito” e “desinteresse material”. Essa divisão da sociedade entre “bárbaros” e “civilizados” acaba tendo consequências políticas: justifica o monopólio dos instrumentos der apropriação dos bens culturais por parte desses últimos.


A estrutura social é vista como m sistema hierarquizado de poder e privilégio, determinado tanto pelas relações materiais e/u econômicos (salário, renda) como pelas relações simbólicas (status) e/ou culturais (escolarização) entre os indivíduos.


As instituições familiar e escolar seriam as responsáveis pelas novas competências culturais ou gostos culturais. Assim, a distinção entre esses dois tipos de aprendizado, o familiar e o escolar, refere-se a duas maneiras de adquirir bens da cultura e com eles se habituar. Essas duas formas de aprendizado seria uma dimensão do habitus de cada um.

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25 agosto 2010

Quem disse que gosto não se discute? (1)

Há 31 anos chegava ao público A Distinção (1979), o best seller de um dos mais combatentes sociólogos francês, Pierre Bourdieu (1930-2002). A obra estabelece que as práticas culturais juntamente com as preferências em assuntos como educação, arte, mídia, música, esporte, posições políticas, entre outros, estão ligadas ao nível de instrução, submetidas ao volume global de capital acumulado, aferidas pelos diplomas escolares ou pelo número de anos de estudo e, secundariamente, à herança familiar. Trata-se de desmistificar afirmações da ardem do senso comum quando se assevera que o gosto sobre determinada matéria não se discute. O gosto classifica e distingue, aproxima e afasta aqueles que experimentam os bens culturais.

Bourdieu mostra a maneira que as preferências culturais dos agentes são estruturadas – através de transmissão do capital cultural incalculado na escola e aquele herdado pela família, efetuado de maneira precoce ou através do aprendizado tardio. As práticas culturais incentivadas por essas duas instâncias distinguem aquilo que será reconhecido como gosto legítimo burguês, de classe média ou popular.


O gosto ou as preferências manifestadas através das práticas de consumo é, então, o produto dos condicionamentos associados a uma classe ou fração de classe. O gosto, dirá Bourdieu, é a aversão, é a intolerância às preferências dos outros. È percebida desta forma que a reprodução moral, ou seja, a transmissão dos valores, virtudes e competências, maneira de ver o mundo simbólico, serve de fundamento à filiação legítima de habitus distintos e desiguais, fortalecendo e intensificando a hierarquia do culturalmente aceito ou execrável, do autêntico ou do inautêntico.


A distinção desnuda e explica, ao mesmo tempo, os estudos sobre linguagens, grupos sociais, política, educação, arte ou comunicação, pois oferece uma análise do mundo social de maneira coerente e instigante. A distinção é a obra mais conhecida e mais prestigiada de Pierre Bordieu, e traz em boa parte de sua exposição as preocupações decorrentes de anos de estudos sobre a elaboração de uma teoria geral das classes sociais. Ele fez de sua vida acadêmica e intelectual uma arma política e de sua sociologia uma sociologia engajada, profundamente comprometida com a denúncia dos mecanismos de dominação em uma sociedade injusta.


HABITUS


Bourdieu identifica como habitus “pequeno burguês ascendente” a prática do relaxamento e a preocupação com uma alimentação light, que contrasta com o gosto popular pela agitação e comidas mais consistentes. A prática social não resulta, assim, necessariamente de uma escolha, mas de gostos (e de desgostos) profundamente enraizados no corpo. A essa lógica prática está associado um conhecimento prático, intuitivo, um “senso prático”.


Este saber prático incorporado vem alimentar um velho debate filosófico e sociológico sobre a relação entre a reflexão e a ação. A teoria da ação proposta por Bourdieu parte de uma crítica às leituras intelectualistas da ação, isto é, às visões que tendem a reduzí-la ao ponto de vista reflexivo daquele que observa, em detrimento do ponto de vista prático daquele que age.


O trabalho desse sociólogo incomodou muita gente porque ele interpretou os fenômenos sociais de maneira crítica. Na questão da formação do gosto cultural de cada um de nós, ele interpretou o jogo de poder das distinções econômicas e culturais de uma sociedade hierarquizada. Para ele o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola e não fruto de uma sensibilidade inata dos agentes sociais.


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20 agosto 2010

Música & Poesia

Mensagem de Amor (Herbert Vianna)


Os livros na estante já não tem mais tanta importância

Do muito que li, do pouco que eu sei, nada me resta

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado,

Só pra ler, no seu rosto

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor


A noite eu me deito, então escuto a mensagem no ar

Vagando entre os astros, nada me move nem me faz parar

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado,

Só pra ler no seu rosto

Uma mensagem de amor


Os livros na estante já não tem mais tanta importância

Do muito que li, do pouco que eu sei, nada me resta

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado,

Só pra ler, no seu rosto

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor


A noite eu me deito, então escuto a mensagem do ar

Vagando entre os astros, nada me move nem me faz parar

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado,

Só pra ler no seu rosto

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor

Uma mensagem de amor


Traduzir-se (Ferreira Gullar)


Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.


uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.


Uma parte de mim

pesa, pondera:

outra parte

delira.


Uma parte de mim

é permanente:

outra parte

se sabe de repente.


Uma parte de mim

é só vertigem:

outra parte,

linguagem.


Traduzir-se uma parte

na outra parte

- que é uma questão

de vida ou morte -

será arte?

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Por motivos de força maior, o blog da próxima segunda e terça, dias 23 e 24, estará suspenso. Quarta, dia 25, estarei de volta.Bom fim de semana para todos. (Gutemberg Cruz)

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19 agosto 2010

Bahia, tempero do mundo, desperta o apetite de todos

Você já deve ter ouvido ou até mesmo pronunciado que fulano é “sem sal”, ou seja, sem atrativo, sem sabor, sem graça. Pois é, ninguém gosta de nada sem tempero, sejam alimentos e pessoas. Os temperos têm ação termogênica sobre o organismo, isto é, o ato de transformar em energia, as calorias provenientes da gordura corporal e da alimentação. Os temperos também acentuam o sabor dos alimentos, fazendo exalar o que chamamos de aroma, e é justamente o cheiro que faz despertar, primeiramente, o apetite.

Ao sentirmos um aroma, imediatamente lembramos da imagem do alimento, da sensação e do gosto que os acompanham. Para Jean-Baptiste, personagem do romance O Perfume, de Patrick Suskind, as pessoas podem fechar os olhos diante de inúmeras belezas, podem tapar os ouvidos diante de variadas canções e palavras, mas não podem escapar ao aroma, “pois o aroma é um irmão da inspiração”, tanto que afirmava que quem dominasse os cheiros, dominaria o coração das pessoas.


Do coco, que além de fruto se tornou tempero, ao dendê, cuja tonalidade amarelada é emprestada a dezenas de pratos da culinária típica baiana, é possível penetrar numa terra marcada pelos seus temperos e aromas. Através da mistura de africanos, índios e europeus, surgiu um modo bem particular de temperar os alimentos, modo este capaz de mexer com todos os sentidos, e não tão somente com o paladar e o olfato.


A influência da culinária africana está presente na cozinha baiana, principalmente pela introdução do azeite-de-dendê, do leite de coco e da pimenta malagueta. Várias comidas portuguesas e/ou indígenas foram sendo modificadas no país pela condimentação do negro. Depois que os escravos africanos aqui chegaram, o modo de alimentar-se na Bahia e no Brasil jamais seria o mesmo. Entre os temperos mais utilizados na culinária baiana, estão:

Azeite de dendê: é o óleo extraído dos frutos da palmeira, uma árvore originária da costa oriental da África. É ingrediente indispensável na culinária baiana. O mais correto seria chamá-lo de óleo. Segundo um historiador português, o óleo de dendê tem o cheiro das violetas, o sabor do azeite de oliva e tinge os alimentos com a cor do açafrão, sendo entretanto mais atrativo. Sem o azeite de dendê, talvez, a Bahia e o mundo não conheceria o acarajé, a comida-símbolo do Estado. Ele é usado tanto no preparo da massa da iguaria, como também é frito nele, conferindo mais cor e sabor. De acordo com a pesquisadora Arany Santana, as escravas africanas descobriram que podiam realçar o sabor dos pratos se colocassem dendê em quase tudo, desde peixes, aves e farofas.


Leite de coco - O leite de coco é extraído da polpa fresca ralada e prensada. O uso do leite de coco nos alimentos é uma herança deixada pelos escravos que vinham de Moçambique. Usando o leite de coco, as escravas negras temperavam ensopados e moquecas, conferindo sabor suave e cremosidade aos alimentos. Apesar do que muitos pensam, o coco, fruto do coqueiro, não é de origem africana, mas sim da Índia Ocidental, sendo introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVI.


Pimenta malagueta - Segundo pesquisadores, a pimenta malagueta é originária da região onde se localiza atualmente o México. Além de ser uma iguaria nobre muito apreciada pelos antigos habitantes das Américas, era também utilizada como corante natural e, sobretudo, como medicamento. Menos de um século depois de ser levada à Europa, a pimenta-malagueta ganhou o mundo e, devido às suas qualidades, se espalhou por diversas culturas. Além da coloração intensa e dos sabores picantes, associados aos caprichos e à sedução, a pimenta historicamente tem sido considerada como um suposto afrodisíaco. No século XVI era proibida aos jovens sob a suspeita de estimular a sensualidade. De fato, a pimenta aumenta os níveis de endorfina, fazendo com que o sistema nervoso central responda com uma agradável sensação de prazer e bem estar, além de elevar a temperatura corporal.

Alho: empregado como condimento em praticamente todos os tipos de pratos da Bahia, o alho é tido pelos baianos como tempero principal da culinária local. É membro aromático e forte da família da cebola.


Canela: originária do Ceilão, a canela se tornou por aqui, parte integrante na fabricação de bolos, doces, canjicas e mingaus.


Cheiro-verde: é a salsa com a cebolinha, com uma pitada de louro. Também não pode faltar na culinária baiana.


Coentro: é uma erva conhecida desde a Grécia antiga e muito utilizada para temperar conservas, sopas e principalmente peixes, além de aves e carnes. É muito parecido com salsa e tem aroma e sabor muito fortes.


Gengibre: É um condimento picante extraído da raiz da planta de mesmo nome, e que serve tanto para enriquecer o sabor de comidas como de bebidas. É originário da África e Jamaica.

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18 agosto 2010

Francisco Guarany, escultor baiano

Um dos maiores e mais destacados escultores de carrancas do São Francisco, Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany é um nome que soa familiar pelas margens, afluentes, cidades e, principalmente, barcaças do São Francisco por suas famosas carrancas. Ele é homenageado todo dia 02 de abril. Nesse dia a Câmara de Vereadores de Juazeiro instituiu o Dia Municipal da Carranca. Nascido no município de Santa Maria da Vitória no dia 02 de abril de 1882, Guarany foi um escultor primitivo de carrancas (figuras de proa das “barcas” que navegavam no Rio São Francisco até a década de 1950, com sua original tipologia ao antropomorfa), que mais produziu dos 19 aos 97 anos de idade.


Essas carrancas constituem a mais importante manifestação coletiva da arte popular brasileira. São assuntos de extrema importância na história da cultura brasileira. Guarany sempre trabalhou sozinho, como marceneiro e carpinteiro. Por ser esse serviço escasso em Santa Maria, Guarany fazia de tudo: barris para transporte de água, dornas para guardar cachaça, móveis, madeiramento para telhados, etc. Ficou famoso pela produção de carrancas.

TRABALHO - Carranca é uma escultura de madeira que foi muito usada na proa das embarcações que navegavam no Rio São Francisco. Por ser muito feia, acreditava-se que ela espantava os maus espíritos. O vigor de sua escultura primitiva, marcado pelo fantástico, resulta de sua autenticidade. Ele criava uma fantasia em torno de muitas de suas carrancas, como a querer dar-lhes vida. Impregnou-se de sua funcionalidade e criou o seu estilo. O elemento plástico mais característico à sua escultura é o tratamento que dispensa à cabeleira das carrancas, espessa ou em relevo acentuado. A grandeza de Guarany está na uniformidade do seu trabalho.


Todas as suas peças apresentam um perfeito apuro técnico. De suas mãos e imaginação nasceram quase a totalidade das carrancas que durante anos enfeitaram as embarcações san franciscanas, cumprindo a misteriosa missão de afastar as “feras do mal”, e que hoje, recolhidas em ricas coleções e museus, são signos vivos de uma arte singular.

ORIGEM - Segundo Guarany, seu bisavô, José Dy Lafuente, espanhol de Barcelona, era um jesuíta ou frade de um convento em Salvador, de onde teve que fugir por ocasião de uma revolução, ou talvez da perseguição que Pombal moveu aos jesuítas. Ocultou-se então na casa de uma negra africana de Moçambique - Biquiba - com quem se uniu e refugiou-se no interior da Bahia, indo para Capim Grosso, atualmente Curaçá, às margens do São Francisco, próximo a Juazeiro, onde se tornou professor. Daquela união nasceu Plácido Biquiba Dy Lafuente que, recrutado aos 16 anos e transferido para Salvador, ali participou da Sabinada, obtendo o posto de Alferes sendo destacado para Juazeiro.


O mais velho dos filhos de Plácido e Maria foi Cornélio Biquiba Dy Lafuente, que se casou aos 21 anos, cerca de 1865 (evitando o recrutamento dos solteiros para a guerra do Paraguai), com Marcelina do Espírito Santo, neta de uma índia de Paraguaçu mudando-se de Barra, onde trabalhava com Cirillo Cavalcante, construindo barcas, para Porto, hoje Santa Maria da Vitória, ali continuando com a mesma profissão. Francisco, último dos seis filhos de Cornélio, foi apelidado de Guarany, por ser bisneto de índia. Passou então a assinar Francisco Biquiba Guarany ou Francisco Guarany, sendo conhecido por todos como Guarany.


RECONHECIMENTO - Em 1968, recebeu o diploma de membro correspondente da Academia Brasileira de Belas Artes. Esculpiu carrancas até fins de 1979. Em 1972, foi convidado para proferir palestra em uma Faculdade de Economia de São Paulo, sobre o São Francisco e as carrancas, o que lhe deu grande prazer, pois muito se orgulhava de suas esculturas, especialmente das que fez por encomenda para o exterior e encontradas em vários museus.


Morreu aos 103 anos, em Santa Maria da Vitória, no dia 05 de maio de 1985, como o maior escultor primitivo brasileiro de todos os tempos. Com suas carrancas foi reconhecido pela imprensa de Paris, onde o Comité Internacional pour l' Étude des Figures de Proue - órgão sob o patrocínio da UNESCO, solicitou uma exposição de carrancas para inauguração do Museu Flutuante. O fato consagrou as carrancas internacionalmente. Confirmada pela carta da Presidente do Comité, Liliane Bedel, enviada a Guarany, felicitando-o pela realização da Exposição "Guarany - 80 anos de Carrancas". No município onde ele nasceu, Santa Maria da Vitória, existe o Memorial Francisco Guarany que reúne artistas emergentes e funciona como escola de arte. Sobre o artista, leia o livro Gente da Bahia, Volume 2 (Gutemberg Cruz)

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