Para o
estudioso Stuart Hall,
o deslocamento do
sujeito foi provocado
por cinco rupturas nos
discursos do conhecimento
moderno. Marx, Freud,
Saussure, Foucault e
o feminismo foram fundamentais
para a descentralização
do sujeito enquanto identidade.
O pensamento
Marxista reinterpretada
na década de 60
tirou o homem do
centro do sistema teórico.
A descoberta
do inconsciente por
Freud que arrasa a
ideia do homem como
ser provido de identidade
fixa e unificadora.
O terceiro
descentramento está associado
ao trabalho desenvolvido
de Ferdinand de Saussure.
Ele argumentava que
nós não somos em
nenhum sentido, os autores
das afirmações que fazemos
ou dos significados
que nos expressamos
na língua. A língua
é um sistema social
e não individual.
Ela pré-existe a nós.
O trabalho de Ferdinand
de Saussure diz que
utilizamos a língua
segundo padrões estabelecidos
para nos posicionarmos
de acordo com propostas
pré-existentes.
O filósofo
e historiador francês
Foucault destacou o
poder disciplinar onde
as novas instituições
coletivas de grande
escala regulam, vigiam as
atividades modernas.
E o
último pensamento advém do
feminismo que junto
com outros movimentos
de sua época promoveram
transformações sociais importantes
para a conceituação
de identidade.
Assim a
chamada “crise de
identidade” pode ser
entendida, segundo Stuart
Hall, como parte de
um processo mais amplo
de mudança, que está
deslocando as estruturas
e processos centrais das
sociedades modernas e
abalando os quadros
de referência que davam
aos indivíduos uma ancoragem
estável no mundo
social. Ou seja,
as velhas identidades,
fixas, que na pré-modernidade
serviram como representações
estáveis e referência
que os indivíduos,
estão em declínio.
Novas identidades vêm
surgindo e, como
consequência, ocorre a
fragmentação do sujeito
moderno.
Segundo os
estudiosos, favoráveis
a essa teoria, as
identidades modernas estão
entrando em colapso,
transformando, “descentrando”,
deslocando não só
o sujeito, mas os
parâmetros de classe,
gênero, sexualidade,
etnia, raça e nacionalidade,
que antes forneciam
localizações em nossa
sociedade.
Tais transformações
abalam a ideia que
temos de nós mesmo
como sujeitos integrados,
afetam nossasidentidades
pessoais. É o
“eu” dissolvido e,
ao mesmo tempo, exilado
no todo – já que
se extingue o sentimento
de pertencer à sociedade
– talvez, mais significativa
ainda, seja a “perda
de um ´sentido de
si´.” da própria identidade.
Há um duplo deslocamento:
tanto do sujeito em
relação à sociedade
e à cultura, quanto
a si próprio.
E o
sujeito moderno está
se tornando fragmentado.
Composto não só
de uma, mas de
várias identidades, que
podem vir a lutar
entre si. A identidade
é transformada de
acordo com as representações
dos sistemas culturais.
Nossas identificações estão
sendo continuamente deslocadas.
Assumimos diferentes
identidades em diferentes
ocasiões ao redor
de um eu, não
mais, fixo, estável ou
permanente. Devido à
multiplicação dos sistemas
de significação e
representação cultural,
nos confrontamos com
múltiplas possibilidades
de identificação.
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