Terceira onda,
modernidade tardia e
pós modernidade foram
as denominações de
estudiosos asociedade
pós-industrial. Para Alvin
Toffler, as mudanças
ocorridas na sociedade
se processam como ondas
do mar. E três
grandes ondas são
as responsáveis pelas
transformações que alteraram
a vida em sociedade,
o modo de trabalho
e produção, a política
e o comportamento
humano ao longo dos
séculos. O que
distingue uma onda
de outra é um
sistema diferente
de criar riqueza. A
alteração da forma
de produção de riqueza
é acompanhada de
profundas mudanças sociais,
culturais, políticas,
filosóficas, institucionais.
A primeira
onda foi a sociedade
nômade para a sociedade
agrícola. O domínio
do solo transformou
a civilização, que,
além de extrair o
seu sustento, passou a
fixar-se nele. As
famílias tornaram-se
multi-geracionais e trabalhavam
juntas, consumindo
o que produziam.
Na primeira onda a
forma de criar riqueza
era cultivando a terra.
Os meios de produção
de riqueza eram, portanto,
a terra, alguns implementos
agrícolas (a tecnologia
incipiente da época),
os insumos básicos (sementes),
e o trabalho do
ser humano (e de
animais), que fornecia
toda a energia que
era necessária para o
processo produtivo.
Do ser humano se
esperava apenas que
tivesse um mínimo
de conhecimento sobre
quando e como plantar
e colher e a
força física para trabalhar.
A segunda
onda assolou o mundo
no século 18 com
a Revolução Industrial,
que transformou o
modo de vida com
que as pessoas deixassem
o campo para viverem
nos centros urbanos e
trabalharem nas fábricas.
Na segunda onda, a
forma de criar riqueza
passou a ser a
manufatura industrial
e o comércio de
bens. Os meios de
produção de riqueza
se alteraram. A terra
deixou de ser tão
importante, mas, por
outro lado, prédios (fábricas),
equipamentos, energia para
tocar os equipamentos,
matéria prima, o
trabalho do ser
humano, e, naturalmente
o capital (dada a
necessidade de grandes
investimentos iniciais)
passaram a assumir
um papel essencial
enquanto meios de
produção. Do ser
humano passou a se
esperar que pudesse
entender ordens e
instruções, que fosse
disciplinado e que,
na maioria dos casos,
tivesse força física
para trabalhar. Essa nova
forma de produção de
riquezas também trouxe
profundas transformações
sociais, culturais,
políticas, filosóficas,
institucionais, etc., em
relação ao que
existia na civilização
predominantemente agrícola.
Nós todos conhecemos
bem as características
desta civilização industrial,
porque nascemos nela e,
em grande parte, ainda
continuamos a viver
nela.
A terceira
onda se iniciou na
segunda metade do
século 20 e tem
como propulsores o
advento do conhecimento
– ou a Revolução
da Informação – e a
globalização entre outros
inúmeros fatores que
se relacionam nessa cadeia
de mudanças. É a
terceira onda que
caracteriza a transição
para a pós-modernidade.
Na terceira onda, a
principal inovação está
no fato de que
o conhecimento passou
a ser, não um
meio adicional de produção
de riquezas, mas, sim,
o meio dominante.
Na medida em que
ele se faz presente,
é possível reduzir a
participação de todos
os outros meios no
processo de produção.
O conhecimento, na
verdade, se tornou
o substituto último de
todos os outros meios
de produção. Na guerra,
por exemplo, um centímetro
quadrado de silício,
na forma de um
chip programado, pode
substituir uma tonelada
de urânio. O conhecimento
se tornou ingrediente
indispensável de armamentos
inteligentes, que são
programáveis para atingir
alvos específicos e
selecionados. Para derrotar
o inimigo, frequentemente
basta destruir seu sistema
de informações.
CHAVE
modernos afetam a vida em
velocidade. Segundo Martin-Barbero,
a pós-modernidade é
uma nova maneira de
estar no mundo e
afeta o sentido do
convívio social. Na
sociedade na qual
a linguagem multimídia
impera, vivemos a
simulação. A sociedade
pós-moderna deseja viver
o presente, fazer do
hoje o mundo ideal.
E assim morrem as
grandes utopias e,
em seu lugar, entra
a performance.
O resultado
disso é uma crise
de identidade vivida pelo
sujeito pós-moderno,
que, por ser plural
(não tem uma identidade
fixa, essencial ou permanente),
não sabe qual é
o seu lugar no
mundo. Ele busca entender
qual o seu lugar
na nova sociedade
porque as transformações
ocasionadas com a
onda de mudança “estão
também mudando nossas identidades
pessoais, abalando a
ideia que temos de
nós próprios como sujeitos
integrados”, informa
Stuart Hall em sua
obra “A identidade
cultural na pós-modernidade”.
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