Para conhecer a história de um povo, é
preciso conhecer a
historia dos seus grandes
homens.
Aqueles que
fizeram a história
do seu povo e
determinaram seu destino
A capoeira
baiana é um processo
dinâmico, coreográfico,
desenvolvido por dois
parceiros, caracterizado
pela associação de movimentos
rituais, executados
em sintonia com ritmo
ijexá, regido pelo toque
do berimbau, simulando
intenções de ataque,
defesa e esquiva, ao
tempo em que exibe
habilidade, força e
autoconfiança, em colaboração
com o parceiro do
jogo, pretendendo cada
qual demonstrar sua superioridade
sobre o companheiro.
O complexo coreográfico
se desenvolve a partir
dum movimento básico denominado
de gingado do qual
surgem os demais num
desenrolar aparentemente
espontâneo e natural,
porém com um objetivo
dissimulado de obrigar
o seu parceiro a
admitir a própria
inferioridade.
Dentre as
características mais importantes
da capoeira destacamos
a liberdade de criação,
a estrita obediência
aos rituais, a preservação
das tradições, o culto
dos antepassados e
o respeito aos "mais
velhos" como repositório
da sabedoria comunitária.
Existem muitos tipos
de capoeira, mas os
dois principais são a
capoeira Angola e
a Regional. Esta última
foi criada pelo baiano
Manoel dos Reis Machado,
o respeitado Mestre Bimba.
IDENTIDADE -
Herança dos negros
escravos trazida para
o Brasil e usada
como luta no movimento
da busca de liberdade
ou como um ritual,
capaz de manter a
identidade de um
povo subjugado pelo poder
dos 'senhores'. Nos
diversos olhares temos
a capoeira como manifestação
da cultura afro, passando
por esporte praticado
em academias, folclore para
turista ver e
clicar, e ferramenta
terapêutica no tratamento
de doenças mentais.
No Brasil
colonial a luta
era permitida, mas os
senhores deixava acontecer
manifestações culturais
negras, espécie de
válvulas de escape
das tenções inerentes.
Os negros, então, tiveram
que dissimular a capoeira,
disfarçando-se de dança
com direito a cânticos
e um instrumento
musical (o berimbau).
Ainda para disfarçar
a luta, os negros
faziam a ginga, emprestando
à dança um aspecto
malicioso, lúdico e
cadenciado, aparentando
muito mais uma brincadeira
inofensiva do que
uma luta mortal.
Historicamente,
coube ao ex presidente
Getúlio Vargas, com
o objetivo de angariar
apoio e aceitação
das massas, liberar as
'válvulas de escape'
da população marginalizada.
Exercendo, ao mesmo
tempo, um controle sobre
essas manifestações e
sobre os atos de
seus participantes.
Assim, Vargas
eliminava a inconveniência
de desordem e determinam
regras e normas para
a sua prática. E,
no ano de 1930,
em Salvador, Mestre Bimba
ao sentir que esta
seria apenas para exibição
em praças e deixava
muito a desejar em
termos de luta, apresenta
sua luta regional baiana.
Apresentada
ao ex presidente,
caracterizada por um
método de ensino racional,
foi liberado e transformado
em esporte, passando a
ser ensinado em academias
e a fazer parte
dos programas de governo
para incentivar o turismo.
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