CARICATURISTA - Pintor,
caricaturista, desenhista
de quadrinhos. Raymundo
Chaves de
Aguiar (1893 – 1989)
nasceu em Lisboa e
chegou à Bahia em
1913. Trabalhou no comércio
e sua vida artística
começou como caricaturista
do jornal A Tarde
em 1917. Em 1927
foi premiado com a
Medalha de Prata
pelos seus desenhos.
Em 1928 ingressou
na Escola de Belas
Artes. Abandona o comércio
e passa a viver
dos desenhos que faz
para a imprensa e
serviços gráficos para
litografias e clicherias.
Terminou o curso
em 1933 e recebeu
o Prêmio Legado Caminhoá.
Revelando-se
sempre em seus trabalhos,
passa a ser assistente
das cadeiras de Geometria
Descritiva, Perspectiva,
Sombra e Luz e
Estereotomia da Escola
de Belas Artes da
qual tornou-se catedrático.
Premiado em todas
as modalidades a
que se dedicou (charges,
quadrinhos e desenhos
humorísticos, sob o
pseudônimo de K-Lunga).
Como caricaturista trabalhou
nos jornais O Imparcial,
A Tarde, Jornal de
Notícias, A Noite,
e nas revistas A
Luva, A Fita, A
Garota, A Farra,
Melindrosa, Cegonha, Renascença,
Revista da Bahia
e Única. Satirizou
políticos, personalidades
e costumes. Ao se
dedicar exclusivamente
a pintura, com interiores,
dominou perfeitamente
os jogos de luz
e sombra.
INTELECTUAL - Educador,
ensaísta, tradutor,
poeta, biólogo, ficcionista,
professor e pensador,Agostinho da
Silva (1906 – 1994)
foi, acima de tudo,
desafiador de pessoas
para uma liberdade
e ousadia plenamente
vividas. Intelectual
português que foi
perseguido por Salazar
chegou ao Brasil em
1944. Era um erudito
(especialista em filologia
clássica) pouco ou
nada ortodoxo. Doutor pela
Faculdade de Letra
do Porto, exibia, em
meio às suas teses
originais, uma admirável
alegria para a
ação prática, a intervenção
criativa no mundo
objetivo e uma
surpreendente versatilidade.
Chegou à
Bahia em 1959 trazendo
consigo a criação
de um centro de
estudos da África
e das relações com
o Brasil, estudando
o papel que poderiam
ter os vários povos
dos territórios, independentes
ou não, cuja língua
de Estado fosse o
português, na América
do Sul, na África
e na Europa. Durante
o período dos grandes
projetos culturais
da Universidade da
Bahia e no fim
dos anos 50 e
início dos 60, organizou
e dirigiu o Centro
de Estudos Afro-Orientais
em Salvador e disseminou
uma forma de sebastianismo
erudito de inspiração
pessoana que atraiu
muitas pessoas.
COREOGRAFIA – A
dançarina e coreógrafa polonesa Yanka Rudzka (1916-2008) foi diretora da Escola
de Dança da Universidade Federal da Bahia, a primeira instituição de ensino
superior em dança no Brasil, referência para a criação de várias universidades
de ensino do país. Visionária, Yanka foi uma das precursoras da fusão da dança
contemporânea com os ritmos tradicionais do candomblé, embora seja quase
desconhecida em seu país de origem.
Em 1952 chegou ao
Brasil e em 1956, recebeu convite do então reitor Edgar Santos para criar e
dirigir a primeira escola de dança do país. Ela acreditava na
interdisciplinaridade das artes e culturas, hoje tão em voga, não ficou
restrita ao mundo da dança, atuando na área teatral como professora de
expressão corporal. “Foi uma das primeiras a empregar a denominação expressão
corporal e a divulgar este tipo de trabalho no Brasil”, informou a pesquisadora
Martia Claudia Alves Guimarães.
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