23 dezembro 2014

Cronologia dos personagens de desenho animado (17)

1968 (EUA) – Micro Aventuras - Desenho de fundo educacional, com produção Hanna-Barbera, que teve apenas 4 episódios. Passava junto com o show dos Banana Splits.

1968 (EUA) – As Aventuras de Gulliver (The Adventures of Gulliver). Durante uma terrível tempestade, o navio do maldoso Comandante Leeck é atingido por um raio e bate num recife de corais, naufragando em seguida. 

Entre seus passageiros havia Garry Gulliver e seu cachorro Tagg, que foram jogados para fora do barco por uma imensa onda. 

Agarrados a uma porta de madeira do navio, foram parar numa pequena ilha chamada Liliputi, onde habitam pessoas pequeninas que cabiam na palma da mão de Gulliver. 

A partir daí começam as aventuras de Gulliver.

1968 (EUA) – Corrida Maluca (Wacky Races). Penélope Charmosa, Dick Vigarista, Muttley, Peter Perfeito, Professor Aéreo, Barão Vermelho, Rufus Lenhador, a Quadrilha da Morte, o Cupê mal-assombrado, o  carro tanque do Sargento
Bombarda, os Irmãos Rocha em seu carro de pedra e Tio Tomás no seu carro a vapor.

Eles participam de uma corrida com pilotos muito loucos, tentando a qualquer custo vencer e conquistar o título de piloto mais biruta do mundo. 

Seja através do uso da tecnologia (Professor Aéreo), usando o charme (Penélope) ou mesmo através de muita vigarice (Dick) e seu companheiro Mutley. Está formada a confusão. Não esquecer da impagável risada de Mutley.

1969 (EUA) – As Aventuras de Batman (The Adventures of Batman). Série animada da Filmation
com 17 episódios do Homem Morcego. Durou até 1970. No período de 1977 a 1978 a Filmation produziu mais 16 episódios de The New Adventures of Bartman.

De 1992 a 1995, a Warner produziu o Novo Batman (Batman: The Animated Series com 85 episódios). E de 1999 a 2001 a Warner produziu 52 episódios do Batman do Futuro (Batman Beyond).

1969 (EUA) – Os Apuros de Penélope Charmosa (The Perils of Penélope Pitstop).
Penélope Charmosa, herdeira de uma vasta fortuna, vive em apuros constantes, sob a vigilância de seu tutor Silvestre Soluço. Mas o que a jovem não sabe é que Silvestre na verdade é o seu arqui inimigo Tião Gavião.

Ele é o rei dos vilões. Mas sempre que a situação piora para Penélope surgem os seus protetores, a Quadrilha da Morte (Domdom, Clayde, Chorão, Zippi, Pestana e Yak Yak) no seu maravilhoso carro Choogabum. Já Tião Gavião recebe ajuda dos seus fiéis malfeitores os Irmãos Bacalhau.  Desenho dos estúdios Hanna Barbera exibido pela CBS.


1969 (EUA) – A Turma da Gatoilândia -  Produzido por Hanna-Barbera Productions para a rede de televisão ABC e apresentado originalmente nos Estados Unidos, entre 1969 a 1971. 

Era uma série muito similar a um outro programa, também da Hanna-Barbera, que ia ao ar pela NBC e se chamava "The Banana Splits Adventures Hour". A única diferença era que este não apresentava segmentos em live-action.

1969 (EUA) – Zé Bolha e Juca Bala - Desenho animado produzido pela Hanna-Barbera
Productions entre 1969 e 1971.

Era centrado na perseguição feita por um gato chamado Zé Bolha, construtor de hot rods e dragsters, contra seu eterno rival, o ratinho Juca Bala, dono de uma incrível motocicleta.  

Desenho sobre a tradicional perseguição de um gato sobre um rato. 

Ambos são corredores e suas máquinas de corridas sempre apresentam um segredo em cada curva. 

Uma divertida caça ao rato sobre rodas.



1969 (EUA) – Volta ao Mundo em 79 Dias - Desenho com produção Hanna-Barbera. 
 
Estreou em 1971 e teve 17 episódios.

É isso pessoal. Em 2015 estaremos de volta com novos personagens do desenho animado ano após ano. 

Depois, vamos analisar os quadrinhos na Bahia, resenhar os grandes fatos que marcaram a humanidade, a questão da sustentabilidade, meio ambiente, literatura, cinema e artes gráficas.

Fiquem atentos e boas festas!

22 dezembro 2014

Aú enfrenta piratas no Farol da Barra (02)




O pensador russo Tolstoi escreveu, sabiamente, que o poeta só é universal se cantar a sua aldeia. Não se pode compreender a cultura de um povo sem conhecer a sua história. Para conhecer a história de um povo, é preciso conhecer a historia dos seus grandes homens. Aqueles que fizeram a história do seu povo e determinaram seu destino. E o jovem Flávio Luiz resgatou esse tipo de arte que está nas ruas, mas esquecido pelas autoridades.

A Bahia é um estado vasto, complexo, contraditório, plural e singular. Pode-se pensar a Bahia de múltiplos modos e todos sustentáveis com uma argumentação coerente e reconhecível. O povo baiano foi silenciado e não foi efetivamente representado na vida intelectual e política ao longo dos seus cinco séculos de vida.

Quem são os heróis da história baiana? Poucos autores conseguiram tocar em seus nervos e coração para o aprofundamento da reflexão sobre o complexo amalgamento de nosso passado e futuro, de nossas condições materiais e culturais de nossa unidade e diversidade.

A capoeira ficou invisível durante muito tempo na historiografia brasileira. Depois de dar a volta ao mundo e alcançar reconhecimento internacional, ela se tornou patrimônio cultural brasileiro. O registro desta manifestação foi em 2008.

A mistura de dança e luta foi trazida para o Brasil no século XVIII pelos escravos, que jogavam capoeira como forma de resistência e foi proibida por muitos anos. A decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) incluiu ainda o ofício de mestre no Livro dos Saberes; e a roda de capoeira, no das Expressões
Culturais.

Expressão brasileira surgida nos guetos negros há mais de um século como forma de protesto às injustiças sociais, arte que se confunde com esporte, mas que já foi considerada luta, a capoeira foi reconhecida como patrimônio imaterial da cultura brasileira.

A partir de 1890, a capoeira foi criminalizada, pelo artigo 402 do Código Penal, como atividade proibida, com pena que poderia levar de dois a seis meses de reclusão, e seus praticantes foram considerados como “mendigos e vagabundos”. Com a disseminação da arte pelos mestres Bimba e Pastinha, ao longo do tempo passou a ser considerada como arte, esporte, dança, cultura brasileira legítima. Presente hoje em 150 países, a manifestação é o símbolo da identidade, solidariedade e resistência cultural brasileira. É um dos esportes mais praticados no mundo e, no Brasil, é implementada em quase todas as instituições de ensino público como atividade de educação física.
 

19 dezembro 2014

Aú enfrenta piratas no Farol da Barra (01)



Amanhã, sábado, dia 20 de dezembro, tem sessão de autógrafos e bate-papo com o cartunista baiano Flavio Luiz na recém-inaugurada nova sede da comic shop RV Cultura & Arte (Av. Cardeal da Silva, 158, Rio Vermelho), das 16h30 às 19horas.

A nova aventura do jovem lutador baiano criado por Flávio Luiz, Au, o Capoeirista enfrenta piratas no álbum O Fantasma do Farol. Vale conferir a trama de tirar o fôlego do leitor: um fantasma assanha o Farol da Barra na noite de lançamento de uma exposição sobre náufragos na Baia de Todos os Santos. Uma chave roubada. Um tesouro escondido? Aú e seu melhor amigo, Dó, além de seu inseparável miquinho, Licuri, se envolvem numa trama de investigações e segredos que os levam de Salvador até as ruinas de um casarão, em Praia do Forte.

Com a qualidade gráfica especial (capa dura, papel couchê), diagramação ágil e desenhos bem elaborados, a aventura do Fantasma do Farol é bem eletrizante, cheia de mistério e humor. Para conseguir publicar esse segundo álbum do capoeirista Aú, Flavio Luiz que está residindo em São Paulo, teve que recorrer aos leitores. Através do crowdfunding. A obra foi inteiramente financiada por crowdfunding (financiamento coletivo) em quase dois meses. Cerca de 200 colaboradores participaram para a impressão do álbum e o resultado foi um trabalho de primeira qualidade.

Desta vez, Aú deverá investigar o roubo de uma antiga chave, exposta no Museu Náutico, que funciona em um dos cartões postais da cidade de Salvador: o Farol da Barra. Corajoso, Aú enfrentará segredos de um passado misterioso e a cobiça de um desonesto vilão, tudo isso envolto pelo belíssimo cenário baiano, do Farol da Barra, em Salvador, à cidade de Praia do Forte, no litoral baiano.

A narrativa homenageia aspectos da cultura negra e da cultura popular, além de honrar a rica história
da capoeira, com direito a fantasmas, piratas e tesouros.

O primeiro volume de Aú, o Capoeirista (2008) foi indicado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para o programa Sala de Leitura, alcançando a marca de nove mil exem´plares vendidos.

Batizado como o movimento da capoeira, Aú vai conquistar um público leitor carente de personagem baiano. Com desenhos cheios de movimento (traço limpo e dinâmico), diagramação elaborada, trama cativante, Aú tem tudo agrada baianos, romanos, gregos e americanos, mas o espírito baiano está alí, centrado nos personagens, no ambiente. Flávio canta sua aldeia e mostra ao mundo.

Flávio Luiz é muito conhecido pelas tirinhas em quadrinhos de Jab, um lutador, Rotta 66, a revista Jayne Mastodonte e pela graphic novel O Mesias em parceria com Gonçalo Júnior. De 1993 a 1995 foi chargista e ilustrador do Jornal Bahia Hoje. Participou de diversos salões de humor nacionais e internacionais, recebendo vários prêmios. De 2000 a 2008 foi ilustrador do Correio da Bahia, depois chargista da revista Metrópole e do site www.oaranha.com.br. Seus trabalhos fazem parte dos acervos do Museu of Cartoon Art (Flórida), Gibiteca do Henfil (SP), World & Pictures Museum (Massachussets) e do livro Uma História do Brasil através da Caricatura.

Desde pequeno sua paixão sempre foi história em quadrinhos. Ele começou a trabalhar como ilustrador para agências de publicidade e blocos de carnaval entre 1986 e 1988. Trabalhou como diretor de arte em 1989 para a Propeg-Bahia. Em 1994 foi contemplado com o primeiro lugar na categoria cartum no Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o mais importante salão de humor do Brasil. No final de 1995 Flávio mudou-se para Barcelona, na Espanha, onde aprimorou sua técnica em cursos especializados em quadrinhos (Escola Joso). De volta ao Brasil, em 1997 foi contemplado com menção honrosa no Festival Internacional de Humor "Sem Aids com Amor".

Em 1998 foi terceiro lugar na categoria caricatura e menção honrosa em cartum no 1º Salão de Humor de Salvador. Ainda em 98 foi de sua autoria as caricaturas do projeto vencedor de decoração do Carnaval Tropicalista de Salvador e o próprio mascote do carnaval. No ano seguinte foi premiado com o terceiro lugar no 1º Salão de Humor de Natal, Rio Grande do Norte. Ainda em 1999 consegue lançar sua primeira publicação com personagens exclusivamente seus. A coletânea de tirinhas de JAB - Um lutador e da ROTA 66. Na 3ª Feira Internacional do Livro da Bahia, lançou em setembro, também de forma independente, a revista em quadrinhos Jayne Mastodonte Adventures.

Ganhou o primeiro lugar no II Salão de Humor de Salvador - Shopping Lapa, na categoria quadrinhos. Em agosto de 2000 ganha o HQMix 2000 de melhor publicação em quadrinho independente de 1999 para a revista Jayne Mastodonte Adventures1. Este prêmio é considerado o Oscar do quadrinho nacional. No fim do mesmo mês é premiado com o 1º lugar na categoria charge do 27º Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Entra assim para a galeria dos poucos premiados duas vezes em Piracicaba em categorias diferentes. No ano de 2002 recebeu o prêmio especial no I Festival Internacional de Cartum da Suécia, em Malmo, com o tema ecologia. Recebeu também menção honrosa no concurso de Tapumes para a decoração do Carnaval Baiano. Em 2003 ganha o 16º Salão de Humor de Volta Redonda na categoria charge, ironizando um “Lulatrix” às voltas com diversos clones da Senadora Heloísa Helena, marcando o momento político “saia justa” do atual Governo.

Ainda em 2003 ganha o 4º lugar no 1º Festival Internacional de Humor Gráfico de Foz do Iguaçu, com o tema água. Em 2007 recebe o Primeiro Troféu Alfaitaria de Fanzines de melhor revista independente com Jayne Mastodonte 2. Esta é a trajetória de Flávio que está sempre batalhando e aprimorando seu traço. Para ele, o objetivo da publicação de Aú, o capoeirista, é conquistar um público leitor de histórias em quadrinhos carente de personagens tipicamente brasileiros, no cenário das HQ nacionais. “A hospitalidade, a alegria, a criatividade do povo baiano retratada nos personagens servirá para divulgar ainda mais os lugares, ritmos e as diferenças da nossa cultura, principalmente a cultura negra e seu sincretismo”, declarou. Por meio do site www.auocapoeirista.com.br o leitor saberá como adquirir a publicação e mais informações.
 
O tema do Carnaval 2008 da capital baiana foi a capoeira que mostrou muita ginga, força e cultura. A
Capoeira é uma herança deixada pelos negros bantos vindos de Angola como escravos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecesse uma dança. Símbolo de identidade e resistência, a capoeira também é uma das mais belas e fortes expressões culturais brasileiras e, sobretudo, baiana. A palavra “capoeira” tem alguns significados, um deles refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Existem muitos tipos de capoeira, mas os dois principais são a capoeira Angola e a Regional. Esta última foi criada pelo baiano Manoel dos Reis Machado, o respeitado Mestre Bimba. Então o amigo Flávio está sintonizado com seu personagem capoeirista. A capoeira não é só respeitada como também é divulgada e praticada pelos quatro cantos do mundo.