14 outubro 2011

Música & Poesia

Todos (Marcelo D2)


Todos!!! para los que dicen todo lo que sienten

Todos!!! los que navegan a contracorriente

Toto todos!!! paso firme camiliminando entre la gente

Todos!!! mala malabarismo tudo pendiente

Todos!!! vamonos del oxido de frente

Todos!!! ritmo que nunca caen en accidente

Todos!!! bitirididop no es lo mismo que junto

Todos!!! de de de ti depende


Para os que dizem tudo que sentem TODOS

Aqueles que não se se acomodam eu disse TODOS

Levante sua voz o mundo ouvirá TODOS

Só depende da gente para melhorar pra TODOS

Não importa a sua cor religião vamos nós TODOS

Não vim pra dividir eu vim para somar pra TODOS

Porque se repartir vai ficar ruim pra TODOS


Rio de Janeiro


Todos todos


Partideiros do mundo, vamo fazer barulho porra


Hey hey hey hey hey hey hey hey


Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo libre lleva ley

Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo curdo lleva ley


Totototo todos


Para que a água vire vinho precisaremos de TODOS

É um de cada vez é hora de unirmos TODOS

Não quero ouro dos tolos quero ouro pra TODOS

Não ser jogado aos lobos, porque os lobos somos TODOS

Que todos somos elos da corrente TODOS

E juntos chegaremos la na frente TODOS

De fato amor vem de dentro da gente TODOS

Se embora eu disse se embora eu disse TODOS


Baila-me baila-me pra bailante, todos!

Comuni comunicando cante, todos!

Pero mira como suena la gente, todos!

Pronto empieza pronto pronto acaba, todos!

Tirenme lo malo lo ves, comuni como lo ves, todos!

Deten deten detente, todos!

Para los que luchan sin armas de frente todos!

Dede dedede de ti depende


Ooohh

Funkeiros do mundo Vamo fazer barulho porra


Hey hey hey hey hey hey hey hey hey hey


Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo libre lleva ley

Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo curdo lleva ley


Barcelona

Conexion Rio de Janeiro

Emitiendo todos (todos)


Partieiros do mundo, vamo fazer barulho porra


25x hey


Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo libre lleva ley

Oye un murmullo viene es la gente contracorriente

Porque suena diferente mundo curdo lleva ley


O vento sopra pra cá que a gente é bamba (3)

Marcelo D2

Rio de janeiro

Macaco

Barcelona

O mundo é nosso, o mundo é nosso

Todos !

Todos !




Memórias de um arrepio (Pirigulino Babilake)


Você pode ter esquecido

mas minha memória é eterna

Eu sou aquele arrepio

sem vento e sem frio

subindo em sua perna


O grito comprimido num pote

O cheiro cheiroso

que te esquenta o cangote

Eu sou o inferno e a paz


O passado que vai à frente

e o presente correndo atrás

Aquele que te segue enquanto anda

tragando o aroma de mel e lavanda

Eu sou a sua libido viva


A gota saliva que escapole do beijo

escorre na louça e ilumina o que vejo

E mais do que justo segue sua trilha

atravessa seu busto e transborda à virilha

Assim como essa gota

sou eu agora

Passeio em seu corpo

pouso em sua mão

e vou embora


Férias:

Caros leitores: a partir de segunda feira (dia 17) estarei de férias. Serão 30 dias e vou aproveitar para ler uns livros reservados para ocasião (incluindo aí quadrinhos de alta voltagem), ouvir algumas músicas necessárias para o coração, colocar a mão na terra para saber da estação, mimar meus cachorros e plantar o que a natureza espera de cada um de nós. Dia 16 de novembro estarei de volta. Entre os temas que estarei comentando no blog de novembro/dezembro: o que é musica baiana, representações femininas no pagode baiano da década de 90, homossexualidade nos quadrinhos, cartografia dos prazeres, e muito mais. Voltarei com mais energia. Obrigado pela atenção.

---------------------------------------------

Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929).

13 outubro 2011

Árvores dão vida

Em geral, enxerga-se a floresta, raramente as árvores que a compõe. Mas alguns belos e históricos exemplares que sobrevivem em vários países, remanescentes de tempos mais felizes, mostram que eles também têm identidade. Nada representa melhor a natureza que estas majestosas soberanas do reino vegetal – as árvores. Assim como o homem é o organismo mais complexo e evoluído do reino animal, as árvores simbolizam o máximo da evolução vegetal. A existência delas é fundamental para a qualidade de vida do planeta. Dão sombra, ar fresco e beleza a qualquer paisagem.


Entre as múltiplas funções e utilidades das árvores destacam-se a filtração e purificação do ar, redução da velocidade dos ventos, proteção contra o excesso de luminosidade, fornecedora de matérias-primas industriais, produção de alimentos e húmus, atração de pássaros e insetos. Além disso, podem se constituir em elemento nobre na composição de projetos paisagísticos. Quando integradas num jardim assumem destaque especial. Se o gestor municipal desejar escolher árvores destinadas à arborização de ruas, com plantio nas calçadas, devem buscar algumas com crescimento rápido, rusticidade, raiz pivotante (raiz principal se desenvolve no sentido vertical) porte médio onde a rede elétrica for aérea, frutos que não representem ameaça de transtorno, folhas perenes ou semi-caducas, e copa que proporcione boa sombra. Entre elas estão coralina, unha-de-vaca, alecrim-do-campo, alfeneiro, murta, quaresmeira-roxa e brinco-de-macaco.


O Pau-Brasil foi utilizado durante muito tempo como produto de tinta vermelha empregada na indústria têxtil. É a árvore símbolo do Brasil, da qual se derivou o nome do país. Seu nome vem do tronco vermelho, que era utilizado para tingir roupas. Atualmente é muito difícil encontrá-lo em estado natural, a não ser em parques de preservação. Em compensação, está sendo muito utilizado em arborização urbana. Com o desflorestamento e subsequente seca, rebanhos inteiros foram exterminados, e incontáveis pequenas propriedades ficaram enterradas nas areias do deserto. Por trás das recentes secas, há colheitas fracassadas e ar poluído que sufoca cidade após cidade. São sintomas de um planeta doente, um planeta que não suporta mais todas as demandas do homem.


Nada na Terra é mais importante para a nossa sobrevivência do que o ar que respiramos, os alimentos que comemos e a água que bebemos. Implacavelmente, o ar, a água e os alimentos são essenciais à vida e estão sendo contaminados ou exauridos pelo próprio homem. O que fazer para evitar os problemas provocados pela humanidade?


É difícil ajudar um alcoólatra que esteja convencido de que não tem problema com a bebida. Similarmente, o primeiro passo para melhorar a saúde do planeta é reconhecer a gravidade do mal. A educação é, possivelmente, o mais notável sucesso ambiental nos últimos anos. A maioria das pessoas hoje está bem a par de que a Terra vem sendo exaurida e poluída – e que é preciso agir. No Brasil, a preocupação com o meio ambiente tem mobilizado indústrias, escolas, universidades, centros de pesquisas, organizações governamentais e não governamentais, entre outros, na busca de soluções para problemas como disposição de resíduos sólidos (reciclagem), poluição dos recursos hídricos (água cristalina), limitação dos recursos energéticos, etc. Ajude a preservar o meio ambiente. Esse planeta é de todos nós.

Sessão solene do título de cidadão de Salvador ao quadrinhista Maurício de Souza

As fotos são de Rodrigo Soares

Luis Augusto, Maurício e Gutemberg

Flavio Luiz, Cedraz, Luis Augusto, Mauricio e Gutemberg





















Cedraz, Mauricio e Gutemberg. E a sessão solene na Camara dos Vereadores de Salvador
----------------------------------------

Quem desejar adquirir o li
vro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV
Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929).

11 outubro 2011

Árvores, os pulmões da Terra

O poeta St. John Perse gostava de dizer que todo livro nasce da morte de uma árvore. E como escreve o jornalista Sérgio Augusto, a dívida da palavra impressa com a celulose de que se alimenta é grande. Basta observar que book, bouquin e Buch derivam de boscus, bosque, e livro vem de líber, o tecido condutor da seiva das árvores. Poetas e prosadores utilizaram, a árvore como fonte de inspiração. Pinhos e magnólias eram celebrados por Francis Ponge, o baobá no imaginário de Antoine de St. Exupéry e Roger Caillois, no tronco do ipê de José de Alencar ou no meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos. E os versos que Drummond criou pensando nas mangueiras de sua infância e nas amendoeiras de sua idade adulta.


E não ficou só na literatura. A árvore encontrou campo fértil na gravura e na pintura a partir do Renascimento. Durer, Bruegel, Corot, Poussim, Cézanne e muitos outros desenharam de tudo quanto é jeito. Nos desenhos animados, Walt Disney é imbatível. As árvores falam e contam todo o seu sofrimento e alegrias com os humanos.


Pulmões da Terra e abrigos seguros, sem as árvores as paisagens murcham e o ar empobrece. Elas nos dão além de brisa e vento, flores, frutas, êxtase, lenha e matéria-prima para uma infinidade de coisas: casas, móveis, papel, rolhas, embarcações, talheres, armas, tamancos, instrumentos musicais, pneus, etc... O biólogo australiano Tim Flannery, autor do livro “The Weather Makers” lembrou que, até hoje, nós mal sabemos o que vem a ser, precisamente, uma árvore. Até duas décadas atrás podíamos estar convencido de sabermos, mas o estudo do DNA balançou todo o conhecimento, colocando o cogumelo mais perto do homem que da couve-flor e provando que a teça, árvore indiana de grande porte, é parente muito próxima do orégamo e do manjericão. Flannery se espanta ao registrar que, ultimamente, os botânicos põem os carvalhos mais ou menos ao lado dos pepinos. Desta forma, as árvores têm uma história épica, com grandes aventuras migratórias gravadas em seu genoma.


Colin Tudge, autor de “The Tree” informa que há espécies que podem ser árvores ou arbustos, dependendo d onde resolvam fincar raízes. Além de árvores que, no passado, foram trepadeiras ou mesmo ervas rasteiras. E árvores já é assunto do momento. Enquanto o inglês Thomas Pakenham retrata com sua câmara Linhof plantas de vários continentes, o engenheiro florestal Harri Lorenzi já está na nova edição de “Árvores Brasileiras”.


Uma pesquisa publicada na Califórnia afirma que remover as árvores do planeta pode esfriá-lo. Segundo o novo estudo, como as florestas são muito verdes e fechadas, elas conseguem absorver mais o calor do sol que outra vegetação, tornando o clima mais quente. As árvores, até hoje, eram consideradas fundamentais por seqüestrar o carbono da atmosfera (presente nas moléculas de CO2 que aquecem o clima).


As árvores se transformaram num símbolo ímpar, apresenta em quase todas as religiões arcaicas. Sejam maias, babilônicos, nórdicos e germânicos representavam com eles o cosmo. Os gregos as veneravam. Os lituanos (antes de serem convertidos ao cristianismo) praticavam abertamente a dendrolatria, o culto à árvore. E até o cristianismo tem uma simbólica macieira em sua mitologia. Suas características morfológicas, sua verticalidade, imobilidade, frondosidade e longevidade, pela força de sua presença e seu poder de regeneração, elas são símbolo impar, presente em quase todas as religiões arcaicas.



As árvores exercem um fascínio imenso sobre nós. No livro “O Homem e Seus Símbolos”, sobre a obra de Carl Gustav Jung, Marie Louise von Franz compara o desenvolvimento do ser humano ao das plantas. A semente contém o futuro pinheiro. Mas reage às circunstâncias, como qualidade do solo e vento, inclinando-se em direção ao sol e modelando o crescimento da árvore. Assim também acontece com o homem, de maneira espontânea e inconsciente, ela escreveu. Os celtas acreditavam que há muito em comum entre as árvores e as características das pessoas. Tanto que criaram um oráculo baseado nas plantas. Há 20 anos, Liz e Colin Murray resgataram esse conhecimento e escreveram The Celtic Tree Oracle, com 24 cartas, que incluem bétula, álamo, freixo, árvores típicas da Europa. Esse oráculo tem relação com o alfabeto celta, e criado pelos druidas com base em gestos dos dedos, conta a pesquisadora Wicca Mirela Fahur, autora do livro O Legado da Deusa. Adaptado para o Hemisfério Sul, o oráculo traz árvores tropicais, como coqueiro e goiabeira. Carvalho, ipê, oliveira e jacarandá representam as pessoas que nasceram em datas especiais de mudança de estação no Hemisfério Norte.


E o nome Brasil foi tirado de uma leguminosa, imortalizamos a chegada da corte de D. João VI com o plantio de uma palmeira imperial, cultuamos o mito de que “nossos bosques têm mais vida” e cultivamos o hábito de dar as pessoas e lugares patronímicos como Oliveira, Carvalho, Laranjeiras e Mangueira. Agora falta ter um relacionamento mais afetuoso com as árvores.

------------------------------------------------------

Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929). Na Galeria do Livro, em outubro: Oficinas do Mês das Crianças.

10 outubro 2011

Maurício de Sousa apresenta família baiana para a Turma da Mônica no FAQ

Maurício de Sousa é o mais novo cidadão soteropolitano. Ele recebeu o título na última sexta-feira, dia 07/10, na Câmara de Vereadores de Salvador. Na quinta-feira, dia 06, abertura da primeira edição do Festival Anual de Quadrinhos da Bahia (FAQ), Maurício e Luís Augusto (um dos organizadores do evento), bateram bom papo junto com um público formado por crianças, adolescentes e adultos, todos fãs de carteirinha do artista. Com muita descontração, Maurício (que estava acompanhado do jornalista e pesquisador Sidney Gusman) contou fatos marcantes de sua trajetória, interagiu com o público e, no final, foi muito aplaudido.


A Turma da Mônica vai ganhar cinco novos personagens. Pai, mãe e três filhos da Bahia vão conviver com os tradicionais personagens Mônica, Cebolinha, Cascão e sua turma. Os personagens ainda não foram batizados e não há previsão de quando eles vão compor os quadrinhos. Na história, o pai será produtor de eventos e a mãe um veterinária. Um dos irmãos gosta de música clássica, o outro de axé e ritmos baianos, e a menina, que será uma das melhores amigas de Mônica, vai tocar berimbau e lutar capoeira. Ele pediu sugestão o público para criar nomes dos personagens, uma família baiana. Falou também sobre outros personagens, como o Mauricinho, um garoto “muito certinho, politicamente correto”. Marcelo, seu filho caçula, passou alguns dias em uma cidade do interior da Bahia e se divertiu bastante.

No sábado, dia 08, aconteceu o lançamento o terceiro livro da série MSP 50 (Maurício de Sousa Produções) onde 50 artistas brasileiros reinterpretam suas criações livremente. Quatro baianos fazem parte da seleta lista: Luís Augusto, Cedraz, Rezende e Flávio Luiz. Foram lançados também “Daytripper”, de Fabio Moon e Gabriel Bá; “Birds”, de Gustavo Duarte; e “O Menino que Era”, de Luís Augusto


INFORMAÇÕES - Aos 73 anos e pai de dez filhos, Maurício de Sousa busca informações no seu dia a dia. "Quando comecei, jovem ainda, a única experiência que realmente dominava era a minha relação com um cãozinho, daí o Bidu ter sido o primeiro personagem. Em seguida, ao observar o comportamento das minhas filhas, consegui me sentir seguro para criar a Mônica, a Magali. E hoje ainda observo os pequenos e suas relações com a tecnologia para ficar sempre atualizado."

Foi a partir de tal observação que Maurício vislumbrou o passo seguinte à Turma da Mônica, ou seja, iniciar uma coleção com os personagens já adolescentes. Mais: notou a voracidade com que os jovens brasileiros devoravam quadrinhos em mangá e decidiu criar a Turma da Mônica Jovem, além de livros e coleções.


Ele, de fato, é insaciável. Depois de uma frustrada negociação com a TV Globo nos anos 1990, Mauricio pretende retomar a produção de desenhos para telas pequena e grande. Na televisão, ele negocia com o canal Discovery um programa com bonecos, semelhante ao Vila Sésamo. No cinema, o esquema envolve parceria com produtoras de diversos países, cada uma cuidando de um personagem. "Assim, teremos vários filmes em um mesmo tempo." E os quadrinhos continuam na pauta: já há um projeto de histórias do Penadinho com o traço tridimensional. "Quero agora investir em educação", conta Mauricio, que já acertou com a China conteúdos sobre a história do Brasil. "Eles se interessaram, por exemplo, sobre o descobrimento do nosso País. Quero fazer isso também aqui."



Maurício em números (2009):

1 bilhão de revistas publicadas

3 mil produtos licenciados

7 vezes campeão do prêmio Ibest, como melhor site infantil brasileiros

12 filmes já foram produzidos

50 idiomas traduzidos

150 é o número de países que publicam as revistas

200 mil foi a tiragem da primeira revista da Turma da Mônica

---------------------------------------------------------------

Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929). Na Galeria do Livro, em outubro: Oficinas do Mês das Crianças.

06 outubro 2011

Bauman: “A justiça será obra de acordos, não de consensos”

O polonês Zygmunt Bauman, cultiva a virtude da dedicação. É um sociólogo em tempo integral. O criador do conceito de “modernidade líquida” tem mais de 20 títulos publicados no Brasil. Professor emérito das universidades de Varsóvia (Inglaterra) e Leeds (Polônia), tem um total em torno de 250 mil livros vendidos.


Para Zygmunt Bauman a vida moral é um percurso de incerteza contínua. “Ela é construída de tijolos de dúvida e cimentada com surtos de autodepreciação. Uma vez que as linhas divisórias entre o bem e o mal não tenham sido previamente traçadas, elas são estabelecidas no curso da ação, e o resultado desse esforço em termos de traçados de desenho é semelhante a uma sequência de pegadas na areia, e não a uma rede de estrada mapeadas. Assim, a solidão é um morador tão permanente e não exclusível da morada da responsabilidade quanto a ambivalência”.


Muito da inventividade humana se dedica, ao longo da história, a conceber maneiras de se aliviar do fardo. Em tempos pré-modernos, os princípios desses projetos tinham caráter religioso. O núcleo de todo sistema religioso não era a ideia de pecado, mas de arrependimento e redenção. “Nenhuma religião jamais considerou a vida sem pecados uma perspectiva viável, nem propôs um caminho para uma vida sem mal”


Assim, as religiões aceitam a inevitabilidade do pecado e concentram seus esforços nas formas de amenizar a dor pela nítida prescrição do arrependimento ligado à promessa de redenção. “A promessa de uma vida liberta do pecado (agora renomeado como culpa) foi tão somente o projeto moderno de refazer o mundo à medida das necessidades e capacidades humanas, de acordo com um projeto concebido de modo racional”

“O mundo pós moderno, em que as autoridades brotam sem prévio aviso, prega adiar o pagamento. Se a caderneta de poupança era a epítome da vida moderna, o cartão de crédito é o paradigma da pós-modernidade”. “O homem ingressa no mundo ético pelo medo e não pelo amor” sugeriu Paul Ricoeur. O “mundo ético” identificado com a integração sagrada do “estar-com”. O medo em questão é o da lei, estrita e severa.


No que diz respeito a identidade, Bauman informa que o “problema da identidade” moderna consistia em como construir uma identidade e mantê-lo sólida e estável. O “problema de identidade” pós-moderno diz respeito essencialmente à forma de se evitar a fixidez e manter abertas as opções. O lema da modernidade era “criação” já o lema da pós-modernidade é “reciclagem”.

Como Jean Baudrillard não cansava de repetir: este é um mundo de simulacros, no qual as imagens são mais reais que a realidade, onde tudo é uma representação, e, portanto, a diferença entre representação e o que é representado não pode mais ser estabelecida, enquanto todas aquelas imagens “palpavelmente realistas”, vividas, servem só para encobrir a ausência de uma realidade que pudesse, de maneira concebível, sustentar alguma autoridade sobre elas. As realidades se “fundam” em suas ostensivas representações.


ALERTA - Bauman nomeia um time de pensadores contemporâneos que o ajudam a demonstrar por que, na modernidade líquida, estamos condenados a mudar obstinadamente, carregando e reprocessando incertezas. Notem que o tempo todo ele chama atenção para as novas formas da desigualdade no planeta e faz um alerta: na sociedade global, a justiça será obra de acordos, não de consensos.


“O que tempos atrás era apelidado erroneamente de ´pós-modernidade´, e que prefiro chamar ´modernidade líquida´, traduz-se na crescente convicção de que a mudança é a nossa única permanência. E a incerteza, a nossa única certeza. Nossa sociedade não está preocupada com a satisfação de necessidades, desejos e vontades, mas com a commoditização ou recommoditização do consumidor. Daí o sentido de obsolescência e descartabilidade que nos persegue”.


“As celebridades tornaram-se um fenômeno curioso. Elas parecem nos avisar que chegou a hora de rever o famoso veredicto de Descartes, ´penso, logo existo´, alterando-o para ´sou visto, logo existo´. E tão mais existo quanto mais visto for - seja na TV, nas revistas glamourosas, no Facebook. Como sugere o psicanalista francês Serge Tisseron, os relacionamentos significativos passaram do campo da intimité para o da extimité - ou seja, extimidade. Celebridades encarnam essa nova condição, funcionando como estrelas-guias, padrões a serem seguidos. Mostram o caminho para as massas que sonham e lutam para se tornar commodities vendáveis. Tudo isso comprova o apagamento da sacrossanta divisão entre a esfera privada e a esfera pública. Transformamo-nos numa sociedade confessional: microfones são fixados no cofre-forte dos nossos mais recônditos segredos, violando aquilo que só poderia ser transmitido para Deus ou para seus mensageiros plenipotenciários. Hoje esses microfones se encontram conectados a alto-falantes que bradam nossas vidas em praça pública”.

---------------------------------------------------------------------

Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929). Na Galeria do Livro, em outubro: Oficinas do Mês das Crianças.

Musicas, poemas e quadrinhos para a mente e o espírito

QUADRINHOS – Começa hoje a primeira edição do Festival Anual de Quadrinhos (FAQ) e vai até domingo no Shopping Salvador e na RV Cultura e Arte. Entre os convidados estão Maurício de Sousa que vai receber o primeiro Troféu Lucas pela contribuição dos quadrinhos nacionais, André Dahmer (Malvados), Rafael Grampá (Mesmo Delivery), Fábio Moon & Gabriel Bá (Daytripper), Gustavo Duarte (Có!, Taxi), Laudo Ferreira (Yeshuah), Caeto (Memória de Elefante), além dos baianos Antonio Cedraz (Xaxado), Flávio Luiz (O Cabra), Bruno Aziz (Rock Sujo), entre outros.

O evento é promovido pela Multi Planejamento Cultural e pela Fala Menino Produções, com o objetivo de fazer parte fixa do calendário cultural da Bahia, incentivando e difundindo a produção dos quadrinhos brasileiros. A programação promete atividades como exposições, oficinas e lançamento de livros e revistas. Além do Festival, as duas produtoras também estão à frente do I Salão de Humor da Bahia, que recebeu inscrições de 141 obras entre tiras, cartuns e charges de artistas de todo o Brasil.



BLACK SEMBA – Quem vem se destacando na música pop afro baiana é o cantor e percussionista Magary Lord. Em seu trabalho ele mescla sons da Bahia e Angola com black music dos EUA. Para comprovar basta ouvir seu segundo disco, Escutando Magary. Há uma profusão de rítmos: semba, kuduro, kizomba (angolanos), zouk (Antilhas), bachata (favelas dominicanas), samba de bordão, chula, samba de roda (Brasil), jazz, soul, rock (EUA), reggae (Jamaica) e samba reggae (Bahia). O experimentalismo percussivo do rapaz está agitando a noite baiana. Vale conferir.


ENCANTAMENTO – Uma graphic novel surpreendente: Homem Gravidade Zero, da Editora Jaboticaba. Escrita por Leo Slezyngir, filósofo e literato formado pela Universidade de Boston em Literatura e Filosofia com co-autoria de Filippo Croso e desenhos de Kris Zullo. O álbum conta a história de um botânico sonhador que busca muito mais do que aparências. Ele embrenha-se nas florestas do Peru, conhece um xamã e entra em outra dimensão espiritual. A obra filosófica não trata só de temas cotidianos, mas de um processo de descoberta e transformação. Vale a pena mergulhar nesse trabalho e fazer a travessia pelos mistérios do ser, realidades paralelas para questionar sua própria realidade.


VERSO LIVRE – O CD Rosa Fuba, do grupo baiano Pirigulino Babilaque apresenta 19 faixas inspiradas, todas compostas por Pietro Leal e parceiros (Guto Miranda, Vinicius Nunes, Davi Brandão, Bernardo Fialho, entre outros). O grupo é formado por Pietro Leal (voz e violão), Gugu Pinto (percussão e vocais), Guto Miranda (guitarra e percussão), Vinicius Nunes (baixo e vocais), Davi Brandão (guitarra) e Rafael Menduyn (bateria e vocais). Momentos brilhantes no álbum são os versos livres recitados como Coisa de Mulher:


Quem foi que disse

Que homem não gosta de flor?

Que não acha o por do sol lindo?

Qual homem nunca dormiu chorando?

Qual deles nunca acordou sorrindo?


Quem te falou que pra ser homem de verdade

Não pode sentir medo

Nem tremer a ponta dos dedos

Nem sentir saudade?


Confesso que a gente não nasceu com a manha

Que nem mulher quando se assanha

Pedindo um pouco de carinho

Chega faceira, devagarzinho

Faz um chamego, bebe uma taça de vinho


Não muito diferente do cabra valente, enfezado

Basta pôr o amor do seu lado

Logo recebe um cheiro no pé do pescoço

Vai ver ficar manso o cabra que era um grosso

Tem que acabar com esse negócio

De tanto casamento, tanto divórcio

Que fulano é, ou fulana não é

Que isso é coisa de homem,

Que aquilo é coisa de mulher


Quero encher o peito e soltar o grito

E entrar na igreja todo bonito

Ir até o padre e dizer Amém,

Se isso é coisa de mulher,

Eu quero ser mulher também.



Tem ainda Guarda-Chuva, Feliz foi Ary Barroso, O Nó e o Laço, O Feitiço da Mulher Borboleta. Pirigulino Babilake traz canções que passeiam por diversos estilos da música brasileira e tem como forte característica a refinação poética da canção. O CD irradia poesia em toda parte.


POESIA - O compositor e ensaísta paulistano Miguel Wisnik, um dos mais importantes teóricos brasileiros da canção, lançou o álbum duplo Indivisível, quarto disco de sua carreira. Produzido por Alê Siqueira, que assina a produção de discos de nomes como Marisa Monte, Bebel Gilberto e Omara Portuondo, o trabalho traz 25 músicas, todas cantadas por Wisnik, entre faixas autorais, parcerias e versões. Cada um dos discos do duplo é dedicado a um instrumento principal. O primeiro álbum, capa bege, conta com o piano de Zé Miguel Wisnik para construir o clima mais denso dos arranjos das primeiras 13 músicas do trabalho. Já o segundo, capa azul, elege a leveza e a precisão do violão de Arthur Nestrovski que desenha as 12 canções seguintes. Parcerias com nomes como Chico Buarque, Jorge Mautner, Marcelo Jeneci, Guinga, Alice Ruiz, Luiz Tatit, Paulo Neves e Zé Tatit pontuam todo o trabalho. Nesse trabalho ele traz poemas musicados, dentre reles, “Os Ilhéus”, de Antonio Cícero (irmão de Martina Lima), “Mortal Loucura”, de Gregorio de Matos, “Tenha Dó das Estrelas”, de Fernando Pessoa, “Anoitecer”, de Carlos Drummond de Andrade, entre outras. Para ouvir e refletir.


LIVRO – A cidade de Cachoeira está de parabéns. De 11 a 16 deste mês será realizada a Primeira Feira Literária Internacional da Bahia (Flica) com uma programação de debates e atrações musicais gratuitas. O evento aquece a economia local e muda o clima na cidade histórica.


De 28 de outubro a 06 de novembro será realizado no Centro de Convenções da Bahia, a 10a Bienal do Livro da Bahia. Esperamos que este evento respeite o público ao abrir os portões porque nos anteriores muitas editoras só foram montar seus estandes nos últimos dias. E muitas abriram sem os lançamentos prometidos, expondo livros encalhados. É o mesmo que se espera de um evento desse porte: respeito ao público!.

------------------------------------------------------------------------

Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929). Na Galeria do Livro, em outubro: Oficinas do Mês das Crianças.