19 julho 2020

Há 110 anos nascia NICO ROSSO


Neste domingo, 19 de julho, comemora-se os 110 anos de nascimento de Nico Rosso. Desenhista de histórias em quadrinhos, professor e publicitário ítalo-brasileiro, Nico Rosso (19 de julho de 1910 a 01 de outubro de 1981). Trabalhando em todas as modalidades das artes gráficas, considerado um destacado profissional em seu país, Itália, antes de transferir-se para o Brasil em 1947, a convite da Editora Brasilgráfica. No mesmo ano, assumiu o departamento de artes da editora. Em 1948, fez diversas ilustrações de capas e histórias para a publicação do quinzenário O Jornalzinho, da Pia Sociedade San Paolo. Neste jornal, criou vários personagens como: Léo, o Destemido e Capitão Brasil.


Iniciou sua carreira autônoma como ilustrador, capista e quadrinista, colaborando com inúmeras editoras e trabalhando em quase todos os gêneros de quadrinhos, como de histórias, infantil, humor, terror, entre outros. Trabalhou também na Escola Panamericana de Artes, sendo integrante do corpo docente fundador da instituição. Um dos primeiros trabalhos de Rosso no Brasil foi feito para a Gazeta Juvenil, suplemento infantil do jornal A Gazeta. Mais conhecida como A Gazetinha.

Ele teve uma importante contribuição como ilustrador de revistas de terror e humor. Ilustrou famosas revistas de terror, como a Revista Terrir, Revista Estranho Mundo de Zé do Caixão, Contos de Terror e Targo, bem como trabalhos de humor como a quadrinização de Chico Anísio na revista Era Xixo um Astronauta?, Drácula, Naiara. Fez ilustrações e histórias em quadrinhos para as editoras Saraiva, Melhoramentos, EBAL, Continental, La Selva, Taika, Edrel, Editormex, Abril, Minami e Cunha, etc. Canhoto de nascença, desenvolveu habilidades de ambidestrismo durante sua vida profissional, fato este que, mais tarde, permitiu-lhe retomar o desenho no pontilhismo.

13 julho 2020

Dia Mundial do Rock




Hoje, 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock. Esta data é uma homenagem ao estilo musical do Rock n’ Roll, que revolucionou a música e o comportamento social da juventude na segunda metade do século XX. 


Primeiro foi o grito negro que cortou os céus americanos. O negro veio para a América como escravo. Seu grito era o reconhecimento do ambiente novo e hostil que o cercava. Em seguida o grito ia se alterando, assumindo novas formas. A única tábua de salvação era sua musicalidade. Seu lamento se transformou em grito. E o grito ia se alterando, assumindo novas formas Servia de suporte às canções de trabalho e às cantigas de escárnio, aos cânticos religiosos, a spirituals, gospel songs, e às canções de menestréis. Dessa forma, com música, o trabalho tornava-se menos pesado. A mão de obra negra, desde os tempos da escravidão, se refugiava na música (os blues) e na dança para dar vazão, pelo corpo, ao protesto que as vias convencionais não permitiam.


O rock and roll nasceu praticamente da fusão do rhythm & blues (velho blues rural em roupagem urbana) com o country & western). O country era a música rural do “branco pobre” dos EUA e o western a música dos cowboys do Oeste. Assim, houve o encontro de duas grandes correntes populares americanas: a branca e a negra. Uma mistura do velho blues rural, o rhythm & blues urbano, o country (música das zonas rurais brancols), o western (música dos vaqueiros do Oeste) e a tradição folclórica tanto negra (work songs, spirituals, gospels,etc) como branca, de origens americanas ou europeias.


Assim, Elvis Presley juntou o rhythm and blues ao contry and western. Chuck Berry, o blues com o country.  Billy Halley, o boogie, o rhythm and blues e o country, e assim por diante. O resultado foi chamado de rock´n´roll.


Muita gente deve estar perguntando: porque a música europeia se misturou facilmente com a música da África Ocidental? Porque elas são parecidas. Em tempos antigos, a Europa e a África eram ligadas (por parte do mesmo continente) segundo os arqueólogos. Ambos, músicas europeia e africana, usam a escala diatônica (notas brancas no teclado do piano) e empregam em suas canções uma certa quantidade de harmonia.


Em fins de 1950, nos Estados Unidos, a chamada “geração silenciosa”, marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial, viu-se frente a um ritmo até então desconhecido, derivado da sonoridade de um povo marginalizado. O grito e o blues eram afirmações da individualidade do negro. Quando Elvis Presley juntou as duas correntes (o rhythm and blues e o country and western) o produto final, o rock and roll, surgiu carregado de ritmo negro e blue notes. E a voz humana ressurge, depois de um longo silêncio. O rock surgiu como o grito de revolta de uma nova geração.


12 julho 2020

ANÍSIO TEIXEIRA: 120 anos de nascimento


Hoje, dia 12 de julho comemora-se os 120 anos de nascimento daquele que é celebrado como o maior dos educadores brasileiros: Anísio Teixeira (1900-1971). Ele foi um importante teórico da educação no Brasil. Foi o principal idealizador das grandes mudanças que ocorreram na educação brasileira no século XX. Fez parte do movimento de renovação do ensino chamado de Escola Nova. Uma das maiores autoridades educacionais da América Latina, estudando a educação como o maior problema político do Brasil. 


Para ele, a educação deve ser ajustada as condições da sociedade, servindo de instrumento para a mudança e progresso. Dedicou-se inteiramente a área da educação, na qual exerceu cargos relevantes. Situou a educação como talvez o maior problema político brasileiro. Entre suas obras, destacam-se Educação Progressiva, A Educação e a Crise Brasileira, Vida e Educação, e Educação não é Privilégio. Ele foi um dos principais pensadores brasileiros do século 20 e deixou um legado de grandeza universal. Sempre acreditou que a educação era o caminho mais seguro para a democracia, e este foi o seu ideal de vida.


Em Salvador, Anísio escolheu um bairro pobre da capital, a Caixa D´Água para implantar o modelo de escola que queria espalhar pelo país: Centro Educacional Carneiro Ribeiro (nome oficial da Escola Parque) que se tornou um novo modelo de educação integral. Anísio foi mentor de duas universidades: a do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, desmembrada pela ditadura de Getúlio Vargas, e a de Brasília, da qual era reitor quando do golpe militar de 1964.

09 julho 2020

Bordões que marcaram a História do Brasil


Cada momento da República a História registra um bordão, uma máxima, um slogan.



1891 – Marechal Deodoro da Fonseca: “Assino a carta de alforria do último escravo do Brasil”. O “escravo” era o próprio, e a carta, a de renúncia no dia 23 de novembro.



1930 – Washington Luís, tido como presidente frasista: “Governar é abrir estradas” (mote associado ao progresso). “A questão social é um caso de polícia” (sobre as greves).



1937-45 - Getúlio Vargas iniciou a ditadura do Estado Novo com um bordão populista: “Trabalhadores do Brasil”.




“O Brasil vai viver 50 anos em 5” prometia Juscelino Kubitschek entre 1956 e 1961.



Nas eleições de 1960, Jânio Quadros prometeu passar a vassoura no país, com o seu slogan Varre, varre, vassourinha. Crítica aos desvios de verba e corrupção do governo anterior para construir Brasilia.




1969 - O gaúcho General Emílio Garrastazu Médice era dado ao estilo ufanista: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. “Homens do meu tempo, tenho pressa...” (ao discursar assumia ares messiânicos). “Ninguém segura este país”, dizia o departamento de propaganda do governo.



1974-79 - Outro general, desta vez outro gaúcho Ernesto Geisel assumiu a presidência com a missão de iniciar o processo de abertura no país e de levar de volta os militares para os quartéis



1979-85 - Outro general, João Batista Figueiredo foi o escolhido para governar o país. Antes de entregar o poder aos civis, preferiu o mau humor: “Gosto mais do cheiro de cavalo do que do cheiro do povo”. E ao dirigir-se aos jornalistas: “Peço que me esqueçam”.



Em 1985, após o fim da ditadura militar, o slogan do presidente José Sarney tentava focar na busca pela igualdade. O Tudo pelo social acabou naufragando por causa da inflação.




1984 – O presidente Tancredo Neves morreu em 1985, sem conhecer o gosto do cargo, mas é o autor dessas frases, driblando a esquerda e a direita: “Entre a Bíblia e o Capital (o livro de Karl Marx, com as bases econômicas do comunismo) prefiro o Diário Oficial”.



1985-90- O maranhense José Sarney que ficou no lugar de Tancredo, em julho de 1985 soltou o verbo: “O destino não me trouxe de tão longe para ser sindico da catástrofe...”



1990-92 – Fernando Collor na campanha eleitoral: “Caçador de marajás”. “Não me deixem só”. No discurso de posse: “Vencer ou vencer”.





1994-98 - Slogan, usado nas campanhas eleitorais de Fernando Henrique Cardoso à Presidência: "Gente em primeiro lugar".



2003-11 - Luiz Inácio Lula da Silva: "Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar" (em 4 de outubro de 2008, ao comentar os efeitos da crise financeira no país).



2011-16 - Dilma Rousseff: “Na vida a gente não sobe de salto alto”. “O meio ambiente é uma ameaça para o desenvolvimento sustentável”.




2019 - Jair Bolsonaro: "Não houve golpe militar em 1964" (durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, 30 de julho de 2018). "Trabalhadores tem que escolher entre ter direitos ou emprego". Bolsonaro numa entrevista a Joven Pan em maio de 2018.