A maior e uma das mais belas
baías da costa brasileira, a Baía de Todos os Santos, encanta a todos
que a
visitam pelo grande número de ilhas tropicais, com praias e vegetação
paradisíacas, e pela extrema riqueza histórica de seu cenário, pontilhado de
igrejas, fortalezas, belos solares coloniais e sedes de fazendas. Já foi, nos
séculos XVII e XVIII, o maior porto marítimo do Hemisfério Sul. Em seus 1.100
km² de extensão, abriga 56 ilhas, recebe as águas doces de inúmeros rios e
riachos, além de ter debruçada em seu entorno a primeira capital do Brasil e a
maior do Nordeste, Salvador da Bahia, e mais de dez municípios.
A Baía, além de abranger todas as
praias da capital em um trecho que vai da tradicional Praia da Ribeira até a
bem estruturada Praia do Flamengo, oferece ao visitante os encantos de Madre de
Deus, a simplicidade da Ilha dos Frades e o clima pitoresco da famosa Ilha de
Itaparica. Tida como área núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a
baía é bordejada por exuberantes manguezais nos estuários dos rios Paraguacu,
Subaé, Jaguaripe, Cobre, dentre outros, em mais de 60% do seu limite,
apresentando uma riqueza de flora e fauna com inigualáveis paisagens de costões
rochosos e praias arenosas, restingas e apicuns, com a singularidade de agregar
duas pequenas baías em seu interior: a Baía do Iguape e a de Aratu.
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A praia do Farol da Barra
sinaliza o começo da Baía de Todos os Santos. Ao todo, 16 municípios são
banhados por suas águas, cerca de três milhões de baianos vivem nos arredores
da baía, que também é um parque industrial fundamentado na indústria química e
de exploração, refino e processamento de petróleo, além da indústria de
celulose e de extração e beneficiamento de recursos minerais. Uma das maiores
atividades comerciais desenvolvidas na baía é a capacidade hoteleira, a qual
está dentro dos padrões internacionais. Em síntese, mais de 60% da geração de
capital na Bahia se concentra neste ambiente exuberante por natureza.
HISTÓRIA DA “COROA DOS MARES” -
Em 1501, um ano após o descobrimento do Brasil, Américo Vespúcio chegou na Baía
de Todos os Santos, dia em que coincidiu com o feriado de Todos os Santos (1º
de novembro), fato que acabou por originar o nome da baía. Os índios
tupinambás, que ali habitavam, chamavam a baía de “Kirymuré” (Paraguaçu). Todos
que se aventuravam a navegar ao sul do Atlântico Ocidental aportavam para
reabastecimento fácil, principalmente de água potável, descanso ou reparos, na
Baía de Todos os Santos. O local ficou logo conhecido como “estação de
engarrafamento” e “ponto de refresco”, passando a ser uma referência
obrigatória para os visitantes no litoral brasileiro.
Com 515 anos, a Baía de Todos os
Santos tem muita história para contar. Sua região já foi palco de
batalhas em
defesa do território nacional, de naufrágios e outras lutas. Atualmente, os
barcos, escunas, lanchas, catamarãs, ferry-boats e veleiros navegavam em suas
águas motivados pelas suas belezas e encantos. Maior ilha da Baía, a Ilha de
Itaparica, com 240 km², é ainda um dos referenciais turísticos do Estado.
“Cerca de pedra” em tupi, Itaparica possui um potencial extraordinário de
recursos naturais, guardando recantos de grande beleza natural, situados em
lugares bucólicos, de extrema beleza. A ilha foi emancipada de Salvador em 1833
e elevada à cidade em 30 de julho de 1962, depois foi desmembrada, passando a
ter dois municípios: Itaparica e Vera Cruz.
CADA LUGAR UM ENCANTO - Já a Ilha
dos Frades é uma das menores e é também uma das mais importantes do ponto de
vista paisagístico. Dona de exuberante floresta atlântica, a ilha conta com
milhares de árvores nativas, inclusive pau-brasil. Tem a forma de uma estrela
de 15 pontas e em cada extremidade está cada uma de suas belas praias. É também
considerada uma Reserva Ecológica, com tombamento municipal aprovado em 1982.
Na ilha se encontram as ruínas de um armazém onde os escravos chegados ficavam
de quarentena e um entreposto onde os escravos engordavam antes de serem
vendidos.
A Baía também abriga a primitiva
Ilha de Maré, Cajaíba, Bimbarras, Saraíba, Matarandiba, Fontes, Ponta dos
Garcês, além de Parques de Salvador, como o de Pituaçú e do Abaeté. Para quem
busca a prática de esportes náuticos, caminhadas, banhos e pesca, Salinas da
Margarida é uma ótima opção. Criado recentemente, o município foi por muito
tempo um dos pontos de veraneio mais procurados pelos moradores da região e da
capital.
Outras duas cidades “tocadas” pela Baía é São Francisco do Conde e
Saubara.
Primeira Estação Ecológica da
Baía de Todos os Santos, a Ilha do Medo é só beleza. A restinga com exuberante
bosque de árvores de mangue é a vegetação predominante. A ilha é envolta de
mistérios e lendas, a começar pelo próprio nome. Entre diversas lendas, os antigos
contam que os negros faziam trabalhos de candomblé para amedrontar os brancos
da região, e para afastar os negros, os jesuítas teriam colocado gatos
selvagens na ilha. Verdade ou não, ainda hoje a Ilha do Medo, que continua
desabitada, é povoada por gatos.
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