1985 (EUA)
– Will Eisner publica o
livro QUADRINHOS E ARTE
SEQUENCIAL, um dos
maisimportantes livros
teóricos de HQ. A obra é
uma das maiores referências para quem deseja se aperfeiçoar na arte de contar
histórias através dos quadrinhos. O livro é a coletânea de uma série de ensaios
publicados de forma aleatória na revista The Spirit. No conteúdo há várias
análises de quadrinhos e trechos de histórias, com rico comentário dos
elementos que compõem a montagem de uma revista em quadrinhos.
Segundo Will, "A função
fundamental da arte dos quadrinhos (tira ou revista), que é comunicar ideias
e/ou histórias por meio de palavras e figuras, envolve o movimento de certas
imagens (tais como pessoas e coisas) no espaço. Para lidar com a captura ou
encapsulamento desses eventos no fluxo da narrativa, eles devem ser decompostos
em segmentos sequenciados. Esses segmentos são chamados de quadrinhos”.
1985 (BRASIL)
– Angeli lança o
primeiro número da
revista CHICLETE
COM BANANA
reunindo os quadrinhos
de Rê Bordosa, Bob
Cuspe e outros personagens. Chiclete
teve 44 edições – entre normais e especiais - e durou dez anos, nos quais mais
de 3 milhões de exemplares foram vendidos. Trazia HQs e muito mais: entre
outras coisas, misturava quadrinhos, textos de humor e fotonovelas. A linha da
revista foi definida por Angeli em editorial logo no primeiro número, em
outubro de 1985: “Queremos beliscar a bunda do ser humano pra ver se a besta
acorda”. Com efeito, beliscaram. Nas páginas de Chiclete com Banana surgiram –
ou se consolidaram – personagens inesquecíveis como Bob Cuspe, Mara Tara, Doy
Jorge, Rhalah Ricota e Meia-Oito.
1985 (EUA)
- A DC lança
a saga CRISE NAS INFINITAS
TERRAS
(texto de Marv Wolfman
e arte de George
Perez), com o
objetivo de tornar
seu universo de super-heróis
mais coeso. Serie que interferiu diretamente na
cronologia de diversos super-heróis. Duas forças poderosas e diametralmente
opostas: o bondoso Monitor e o vilão Anti-Monitor, criado como resultado do
mesmo experimento que criou o Multiverso. Anti-Monitor estava ameaçando a
estabilidade do mundo através de uma força da natureza denominada
“antimatéria”, capaz de destruir tudo por onde passava. Ciente deste terrível
fato, o Monitor decide convocar aqueles que julgam capaz de evitarem que
Anti-Monitor atinja seus objetivos assassinos: chamar os maiores heróis de
todos os Universos, para que lutassem para evitar destruição iminente. Um grupo
de heróis foi enviado, sob a tutela de Monitor, com o objetivo de proteger os
maquinários programados para fundir as Terras sobreviventes em uma única Terra,
que fosse capaz de sobreviver à destruição pela antimatéria. Mas Anti-Monitor
não iria deixar isso acontecer sem represálias, e então ataca os presentes,
criando conflitos de dimensões tão grandes que envolvem quase todos os heróis
do Universo DC.
1985 (BRASIL)
– Em junho é criada
a AGÊNCIA FUNARTE DE
QUADRINHOS
BRASILEIROS. Tentativa
de distribuição em
massa, para vários jornais
ao mesmo tempo, do
trabalho de artistas
que estão fazendo tiras
de quadrinhos.
1985 (EUA)
- Em uma história
do Monstro do Pântano,
é introduzido o
personagem
JOHN CONSTANTINE,
que mais tarde ganharia
seu próprio título (Hellblazer).
Pela Marvel, sai MOONSHADOW – um conto de fadas para adultos,
de John M. DeMatteis
e Jon J. Muth.
1985 (ITÁLIA)
- DRUUNA,
de Paolo Serpieri,
uma das mais importantes
personagens eróticas das
HQ italianas.
Como poucos Serpieri era capaz de
transferir para o papel, através de suas hachuras e pinceladas, o aspecto
carnal, quente, úmido e muitas vezes visceral das (des)aventuras de Druuna,
muitas vezes vítima dos joguetes sexuais de toda a
sorte de homens mal
intencionados, deformidades monstruosas e até mesmo transsexuais e outras
mulheres, todos querendo se satisfazer da ingenua heroína, dona de um dos
corpos mais desejosos dos quadrinhos.
Druuna é um HQ com belos traços,
desenhos de anatomia humana feitos com perfeição e aos mínimos detalhes,
cenário, enredo e história fantástica.
A saga vai de 1985 até 2003, o quadrinho
traz bastante ação e tensão e muito erotismo, com algumas cenas explícitas.
O enredo acontece em um futuro
apocalíptico onde uma doença amedronta a todos, um vírus que transforma seres
humanos em mutantes; o espírito de porco nos humanos reina, tanto humanos
quanto mutantes são pervertidos e covardes, tudo que é de podre e desumano
reina nesse ambiente
mórbido. Druuna — que é a protagonista — se prostitui para
conseguir antibióticos para ajudar seu namorado. Ela perambula pela cidade
mórbida, passando por grandes perigos.
1985 (JAPÃO)
- APPLESEED, de Masamune Shirow,
autor mundialmente consagrado
por suas obras de
ficção científica.
1985 (EUA) - SANDMAN. Criado pelo roteirista britânico Neil Gaiman, o soturno personagem habita o reino dos sonhos. Na trama, ele é Morpheus, um ser eterno, membro da família dos Perpétuos e rei do Sonhar, local para onde todos os seres vivos viajam quando adormecem. A partir dessa premissa, Gaiman presenteou os leitores com algumas das melhores HQs de realismo fantástico das últimas décadas. A revista The Sandman durou 75 edições e gerou dezenas de personagens que aparecem em complexos arcos de histórias. Um dos maiores roteiristas da nova geração, retoma um tema antigo dos comics e provoca uma alteração no enfoque literário, iniciando uma série de gibis e mini-sériesmarcantes.
No folclore anglo-saxônico,
Sandman ("homem-areia", em português) é uma entidade ligada ao sono e
aos sonhos, que aparece em lendas e histórias infantis. Quando a editora DC
Comics o levou pela primeira vez aos quadrinhos, em 1939, transformou-o em um
super-herói com direito a identidade secreta (Wesley Dodds), uniforme colorido
e armas especiais. Em 1974, a editora criou uma nova versão para o herói, com
poderes ligados aos sonhos, nova roupa e outro alter ego (Garrett Sanford e,
após a morte dele, Hector Hall). Na versão de Gaiman mudou o rumo. Sandman,
agora, era uma espécie de entidade divina responsável pelo sonhar.
1986 (EUA)
- CAVALEIRO DAS TREVAS. Criação
de Frank Miller. A
partir de 1986, o
autor passou a ser
mais importante do que
o personagem Batman. Graças
a Frank Miller, influenciado
pelos mangas japoneses
e atores europeus de
álbuns, o criador
passou a dialogar de
novo com o leitor,
superando a crise
dos editores. Tal como
no cinema, o quadrinho
agora é do autor.
Não do mocinho. É
a consagração das
mini-séries.
O homem morcego
está aposentado e Bruce
Wayne com 50 anos.
Num mundo caótico, extremamente
violento e à
beira de uma Terceira
Guerra, o Cavaleiro
das Trevas retorna tão
brutal quanto seus inimigos.
Com O Cavaleiro das Trevas Frank
Miller consolidou a concepção de um Batman brutal e psicótico. Bruce Wayne está
velho. Na primeira sequencia de quadrinhos o vemos desafiar a morte em uma
manobra suicida em uma corrida de carros. Gotham está mais violenta do que
nunca e Batman o quer possuir novamente, mas ele resiste. Por quê? Porque se
sente inseguro, tem medo de não estar à altura do Homem-Morcego...
1986 (EUA)
- WATCHMEN. Criação de
Alan Moore. Considerada
a melhor história em
quadrinhos do período.
Enquanto Miller salvou
os super heróis, Moore
tentou assassiná-los. Uma
saga em narrativa
de diversos planos. Complexa
rede intrincada de conspirações,
metáfora e psicologia
tecida sob a tênue
linha do assassinato
de mascarados. Moore
e Gibbons extrapolam
todos os limites dos
quadrinhos e mostram
que super heróis não
são necessariamente para
crianças.
1986 (EUA)
- O DEMOLIDOR.
Ressurge no grafismo
expressionista de Bill
Sienkiewicz, com roteiro
de Frank Miller na
aventura “Amor e
Guerra”. Mistura diversas
técnicas gráficas,
do aerógrafo à aquarela,
da colagem crayon pastel
e o resultado
é um impacto visual
da narrativa.
-----------------------------------------------------------------
Quem desejar adquirir o
livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra
encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço
Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra
(Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras,
28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de Deus, 22, Pelourinho).
E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no
RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.
Nenhum comentário:
Postar um comentário