1982 (ESPANHA) - Em setembro a revista
Vampirella nº108 inicia a publicação de uma série chamada Torpedo, escrita por Sanchez Abuli e desenhada por Alex Toth.
Trata-se de uma história de gangsters na década de 30, bem no estilo de velhos
filmes noir. Mais tarde o espanhol Jordi Bernet passa a substituir Alex Toth na
série Torpedo, com roteiros de Sanchez Abuli.
1982 (EUA)
– Sob a direção de
Steven Lisberger é lançado
o filme TRON (dos estúdios
Disney), um dos
pioneiros em aliar
cinema e computação
gráfica. O filme
é uma fábula cibernética
em que apenas o
roteiro humano falha:
óbvio e diluitivo.
Tron é a luta
do homem sobre sua
cria informática. Um
“pool” de produtores
norte-americanos da computação
gráfica, seguindo dicas
de uma trinca de
consultores visuais (dentre
os quais o artista
Moebius) concebeu os
cenários tridimensionais.
1982 (EUA)
- É lançada DREADSTAR, de
Jim Starlin.
1982 (EUA)
– O cineasta John Huston
dirige o musical ANNIE, a
partir da peça teatral
montada na Broadway
por Mike Nichols. Huston
conseguiu transpor para
o cinema todoi o
brilho, sentimentalismo
e o colorido da
peça teatral, baseada na
pequena órfã Annie
dos quadrinhos. No
papel principal a menininha
Aileen Quinn, sardenta como
a Annie dos gibis,
consegue ser espontânea
e graciosa, enriquecendo
a sua personagem.
No mesmo ano Wes
Craven dirige o filme
O MONSTRO
DO PÂNTANO
(The Swamp Thing), baseado
no personagem de quadrinhos.
O filme tem no
elenco Dick Durock no
papel do monstro e
o vilão Arcane (Louis
Jourdan).
1982 (INGLATERRA)
– V DE
VINGANÇA, de Alan
Moore e David Lloyd,
na revista Warrior
(que também publica
MARVELMAN (Miracleman
nos EUA), de Moore
e Alan Davis – a
obra chega aos EUA
em 1988, de carona
no sucesso de Watchmen,
e ganha adaptação
cinematográfica em 2006,
por James McTeigue.
V for Vendetta é
um sombrio thriller futurista,
encenado sob uma
atmosfera orwelliana,
que une a tradição
do suspense britânico
a paralelos com a
ascensão do nazismo
na Alemanha dos anos
30. O hiper-realismo
dos desenhos de David
Lloyd, utilizando reproduções
de fotos xerocadas,
sugere ao leitor imagens
de um filme antigo,
de colorido desbotado.
1982 (BRASIL)
– Angeli cria os
personagens MEIAOITO
e NANICO.
Meiaoito é descendente
direto do anarquismo
italiano. A boininha
xadrez serve muito mais
para disfarçar a careca
crescente que para
lembrar as raízes.
Barba, óculos escuros e
o capote misterioso
completam a indumentária.
Cópia xerocada e reduzida
do líder e mentor
intelectual. Nanico segue
Meiaoito pelas suas
vigílias noturnas aos
botecos da cidade.
1982 (JAPÃO)
– AKIRA,
de Katsuhiro Otomo (uma
das HQ de ficção
científica mais influentes
domundo, e grande
representante do gênero
gekigá,
ou mangá underground, gênero equivalente
ao dos quadrinhos
“adultos” ocidentais
(Otomo também dirige, em
1988, a adaptação
de Akira para
anime, bem como os
filmes Memories, de
1996, e Steamboy,
de 2004, exemplos
da contribuição do
autor para a animação
japonesa), e Kaze no Tani no Naushika (Nausicäa
do Vale do Vento),
de Hayao Miyazaki,
um dos mais importantes
animadores japoneses
da atualidade, à
frente do estúdio de
animação Ghibli (dentre
a obra de Miyazaki
nos animes, podemos destacar:
Tenku no Shiro Rapyuta (Laputa
- Castelo no Céu,
1986), Tonari no Totoro (Meu
Vizinho Totoro, 1988),
Mononoke Hime (Princesa Mononoke,
1997, o maior sucesso
de bilheteria nos cinemas
japoneses), Sen
to Chihiro no Kamikakushi (A
Viagem de Chihiro, 2001,
o primeiro anime japonês
a ganhar o Oscar
de Melhor Longa-Metragem
de Animação, em 2003),
Hauru no Ugoku Shiro (O
Castelo Animado, 2004),
entre outros.
1982 (ITÁLIA)
– Milo Manara lança a
série H.P. E GIUSEPPE
BERGMAN em que
presta uma homenagem
a Hugo Pratt.
1982 (BRASIL)
– No dia 20 de
setembro o Caderno
B do Jornal do
Brasil passa a publicar,
todos os dias, de
segunda a sábado,
dez tiras nacionais
das 20 que edita.
São elas: Vereda
Tropical, de Nani;
Avis Rara, a tira
de estreia de Bruno
Liberati; Zarzan, de Cláudio
Paiva; O Pato,
de Ciça; Doutor
Baixada, de Luscar;
As Mil
e uma Noites,
de Paulo Caruso; A
Turma do Pé Sujo, de Davilson;
Cebolinha,
de Maurício de Sousa;
Lar, Doce,
Lar, de Hubert
e Agner; e As
Cobras, de Luiz
Fernando Veríssimo.
1983 (EUA)
– RONIN,
de Frank Miller; AMERICAN FLAGG, de Howard
Chaykin. Ronin deu início à publicação das minisséries com temática mais
adulta. Começando no Japão feudal, a HQ mostra um jovem samurai que busca
vingar a morte de seu mestre. No confronto final contra o assassino, Ronin e o
demônio Agat acabam aprisionados numa espada mágica, ressurgindo séculos depois
numa caótica e altamente tecnológica
Nova York do futuro. O roteiro se
desenrola a partir daí, contando com muitos duelos de espadas, cenas do Japão
feudal e hordas de robôs.
A obra de Chaykin, American
Flagg, chamou bastante atenção pela violência e sexismo presentes, algo ainda
impensável em uma era pré-Watchmen nos quadrinhos mainstream. Reuben, o
personagem principal, não tinha do que reclamar, já que era frequente ele
dividir a cama com alguma de suas eventuais amantes. Mas a série tinha outros
méritos. Os protagonistas estavam longe de um ideal romantizado de herói, sendo
pessoas falíveis e moralmente imperfeitas. O próprio Reuben é descrito
por
Amanda Krieger como “um cafetão em potencial, canalha, meio perverso, cruel,
mas joga limpo”.
Chaykin usou uma linguagem publicitária, com páginas cheias de
onomatopeias e letreiros chamativos. A narrativa usava a programação da Tv como
contraponto narrativo para apresentar aos leitores os detalhes do universo de
Reuben Flagg sem precisar recorrer a enfadonhos textos introdutórios. Esse
recurso seria utilizado anos depois por Frank Miller em “Batman – O Cavaleiro
das Trevas”. Mesmo não sendo lembrada ao lado de outras obras que se fizeram
clássicas, “American Flagg!” tem sua importância por antecipar a mudança que
ocorreria nos quadrinhos nos anos seguintes, e influenciou alguns autores
contemporâneos, como o Warren Ellis e o Brian Michael Bendis. Em seu primeiro
ano a série recebeu nove prêmios Eagle Awards.
1983 (EUA)
- Em uma história
dos Omega Men, personagens
interplanetários da DC
Comics,aparece pela
primeira vez o
personagem LOBO, um dos
heróis mais violentos
das HQ (por Keith
Giffen e Roger Slifer,
mais tarde por Alan
Grant e Simon Bisley,
sob novo conceito).
Sua diversão principal
é matar. Ele é
um verdadeiro mestre nessa
arte e quando aceita
um contrato, duas coisas
são consideradas como
cláusulas principais
pelo czarniano: se a
morte será rápida ou lenta.
Nada nem ninguém póde
impedi-lo de cumprir
um acordo. Lobo é
um caçador de recompensas
intergaláctico, mercenário
e assassino de sangue
frio.
1983 (BRASIL)
– A D´Arte lança FRANKENSTEIN, com
desenhos de Rodolfo
Zalla e textos de
Maria Godoy. E José
Joaquim Marinho lança
uma coletânea com sete
histórias completas
da ARTE SACANA DE
CARLOS ZÉFIRO,
pela Edfitora Marco Zero.
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