O tango inspirou grandes obras de
diversos artistas em diferentes meios artísticos, seja no cinema, na
moda, nos
quadrinhos, na literatura, no teatro e nas artes plásticas. O tango tem sido
uma inspiração para os filmes desde a invenção do cinema. Como a cena de tango interpretada
por Rudolph Valentino no filme “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”. “Tango”,
de Carlos Saura é imperdível.
A música e a dança aparecem
também no filme de James Cameron, “True Lies” com Arnold Schwarzenegger e Jamie
Lee Curtis. E a famosa dança de
Al Pacino em “Perfume de Mulher”. Não se pode
esquecer o clássico “Último Tango em Paris”, com Marlon Brando e Maria
Schneider, do cineasta Bernardo Bertolucci. Muitos outros filmes, através dos
anos, apresentaram o tango, além dos musicais “Chicago”, “Rent” (Os Boêmios) e
“Moulin Rouge”.
Nas histórias em quadrinhos o
tema que me vem à lembrança é a imortal criação do italiano Hugo Pratt, Corto
Maltese que atravessa meio mundo para procurar velhos amigos na Argentina
("Tango Argentino"), mas tem diversas obras que aborda o assunto.
Por sua forte sensualidade, o
tango que foi, a princípio, considerado impróprio a ambientes familiares, mais
tarde o ritmo herdou algumas características de outras danças de casais como as
corridas e quebradas da habanera, mas aproximou-se mais o par e acrescentou
grande variedade de passos. Os dançarinos mais exímios compraziam-se em
combiná-los e inventar outros, numa demonstração de criatividade.
Da ancestral e complexa relação
entre os seres humanos, fora dos ambientes populares e dos prostíbulos (onde
imperava nos
subúrbios), o tango perdeu um pouco da lendária habilidade dos
bailarinos.
Admitido nos salões, abdicou das
coreografias mais extravagantes e evitou posturas sugestivas de
uma intimidade
considerada indecente, numa adaptação ao novo ambiente. A entrada da mulher na
dança acrescentou vida, beleza e sensualidade no baile.
A dança é um ritual. Os
dançarinos, impassíveis estão sempre sérios e com o olhar fixo. Em nenhuma
dança o olhar desempenha um papel tão importante quanto o tango. As pernas são
fundamentais, cruzam e entrecruzam em
movimentos rápidos e o movimento do corpo
é dramático.
Assim, o tango é o grande
protagonista cultural da vida da cidade, e talvez a maior contribuição de
Buenos Aires à cultura popular universal. Não é só música ou dança, o tango é
uma maneira trágica de viver. Um sentimento triste que se baila.
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