Numa
aula, Michel Pastoureau, titular da cadeira de História da Simbólica Ocidental da Escola
Prática de Estudos Superiores (Sorbonne, IV Secção), começou por assumir ser daqueles que julga que a cor é um fenômeno cultural estritamente cultural, e que se vive e define diferentemente segundo as épocas, as sociedades e as civilizações.
Dizia
não haver nada de universal na cor, nem na sua natureza, nem mesmo na sua percepção. Por isso não acreditar, de todo, na possibilidade de um discurso científico unívoco sobre a cor unicamente fundado nas leis da física, da química e da matemática. Para ele uma cor que não é vista é uma cor que não existe (e neste sentido dá de bom grado razão a Goethe em oposição a Newton), sublinhando que o único discurso possível sobre a cor é o de natureza antropológica.
Foi
assim, nesta dimensão de estudo da cor, que Pastoureau começou por questionar a função simbólica das cores começando pelo estudo dos Anéis Olímpicos. A constelação dos cinco anéis (pretendendo representar os cinco continentes e daí a dimensão universal do movimento olímpico) adotada entre 1912 e 1914, surge pela primeira vez na bandeira olímpica nos Jogos de Antuérpia, em 1920. As três primeiras cores eleitas pretendiam cumprir considerações étnicas, ou mesmo rácicas: o preto para África, o amarelo para a Ásia e o vermelho para a América. Mas relativamente à eleição das outras duas cores o processo tornou-se deveras bem mais complexo, pois escolher a cor branca para o anel da Europa (seguindo o modelo de eleição dos três anéis anteriores) resultaria numa verdadeira provocação. Então surge a primeira convenção: a de eleger a cor azul para a Europa.
Seria
então o azul da civilização ocidental, o mesmo azul que a cultura Muçulmana elegeu desde a
Idade Média e até mesmo nas sociedades do Extremo Oriente, que a tornaram desde o século XVI a cor simbólica do Cristianismo. Foi também esta, a cor (anexada ao branco), que a Europa utilizou para os seus códigos e sistemas sociais a partir do século XVIII, e por fim até a cor que veio a tomar lugar na própria bandeira do Conselho da Europa.
Eleito
o azul, restava portanto uma cor: o verde. E um continente: a Oceania – considerado o quinto e último (aqui só porque a Oceania foi o último continente descoberto pelos Europeus). Assim, “por exclusão de partes”, a Oceania foi contemplada com o privilégio de ganhar o verde. E passamos assim a ter o verde da Oceania.
As
cores podem, a depender da situação, promover euforia, aumentar ou diminuir a pressão sanguínea, levar à depressão ou tranquilizar.
Cinza
– É o intermediário entre o preto e o branco e tem um efeito fortemente depressor.
Branco
– É a luz, a somatória de todas as cores. Na natureza é a ausência de perigo. Sugere libertação, limpeza, higiene.
Preto
– Relacionada à testosterona, representa agressividade, distanciamento, autoridade, disciplina.
Vermelho
– Estimula os jogos, o dinamismo, a ação, a energia, a violência, aumenta a pressão sanguínea.
Laranja
– Considerada um sub vermelho, esta cor traz dificuldade em conciliar racional e emocional, e induz a comportamentos irrefletidos. É também a que mais sobressai.
Amarelo
– É entre as cores a que mais estimula o intelecto, a criatividade. Representa o sol, princípio da vida, e também luzes de emergência, alerta.
Verde
– A mais relaxante. Ansiolítica, diminui a ansiedade, refresca, restaura.
Azul
– Causa a impressão de que o tempo passa mais lentamente. Acalma, seda, faz diminuir a pressão sanguínea.
Violeta
– Mistura entre vermelho e azul, é a mais correlacionada ao misticismo.
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