Muita gente procura
a chave do sucesso, mas ela não existe. Para alcançar o sucesso é preciso
primeiro acreditar no que faz e batalhar, ir fundo, persistir. No baralho
cigano a chave abre portas, é um baralho positivo. Receber a chave de casa
significa segurança. Na música popular brasileira diversos cantores e
compositores apresentaram a chave em diversas formas e situações. Adriana
Calcanhoto na música “Metade”, canta um momento de perda dos sentidos (diz a
letra: “Eu ando tão triste, eu ando pela sala/Eu perco a hora, eu chego no
fim/Eu deixo a porta aberta/Eu não moro mais em mim/Eu perco a chave de casa/Eu
perco o freio/Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio/Onde será que você
está agora?”)
Frejat e Leoni em
“A Chave da Porta da Frente” cantam a força do relacionamento sincero de uma
forma mais franca (“Becos escuros/Ruas desertas/Sombras, sussurros/Noites e
frestas/Frio na espinha/Beijos roubados/Sexo e vertigem/Amor e pecado//Tudo que
um dia já foi o motivo/Pra tanto mistério e prazer/Apodreceu nosso fruto
proibido/E eu vim aqui hoje só pra dizer//Eu quero te olhar de um lugar
diferente/Eu quero a chave/A chave da porta da frente/Eu quero agora e eu quero
pra sempre”
Dicro compôs e
Bezerra da Silva canta a descoberta da “Chave do Milagre”: “Dentro de mim havia
uma igreja/fechada desde o dia em que nasci/com a porta enferrujada de
pecado/mas a chave do milagre eu abri...”.
Dudu Nobre compôs e cantou “A Chave do seu Coração”: “A lua/Eterna companhia/Parceira
na poesia/Que eu fiz outro dia pensando em você/Testemunha até raiar o dia/A
tristeza e a alegria/Da paixão que irradia esse imenso prazer/Procuro na
filosofia a razão/Viajo é tanta fantasia, ilusão/No céu, no mar, na imensidão/É
singular essa nossa paixão/Quero a chave do seu coração/Quero poder te amar/Não
é brincadeira/Quero poder te amar/Uma noite inteira/Me aqueça com esse
calor/Que embala a nossa paixão/Menina esse nosso amor/Toca fundo meu coração”.
A Banda Vexame
descobre a traição em “A Cópia da Chave” (“Planejei uma longa viagem/somente
pra ver se ela não me traia/quis saber se a desconfiança era apenas ciúme
demais que eu sentia/levei minhas roupas na mala/e a cópia da chave sem ela
saber/voltei mais tarde/vi a porta fechada/a luz apagada/entrei sem bater/no
quarto com a luz da rua/de repente eu vi/ o que eu não queria ver...”).
Já o grupo
Apocalipse 16 em “A Chave da Vida” canta: “A chave da vida está em sua mão, em
sua mão está o poder da decisão”. Marina Lima em “Chave do Mundo” faz
descoberta (“Eu também posso brilhar/brilhar/mas a chave do mundo/é ser
exatamente assim como ele cruel como o mundo/ e tão simples eu queria ser assim
como ele, cruel como o mundo...”). Moreira da Silva surpreende com “Chave de
Cadeia”: “Você mulher é uma chave de cadeia,/me paga ceia pra depois poder
falar,/você sabia que eu era da orgia/quem entra na chuva é pra se molhar./ Dá
um guarda aí chuva que o temporal não agüento mais...”.
Everaldo Cruz e
Paulinho Rezende aprendem a perdoar na composição que Beth Carvalho canta “A
Chave do Perdão”: “Assim foi meu coração/que eu tive que adubar/com uma paixão
breve e passageira/só não repare a desordem/na casa e no coração/ambas as
portas abri/com a chave do meu perdão/bendito seja quem parte/e aprende a
voltar/das profundezas de tão longo/e triste adeus/seja bem-vindo meu amor/aos
braços meus”.
“Joga a Chave” grita os Demônios da Garoa
cantando: “Não perturbo mais teu sono/Chego a meia noite sim/Ou então a
qualquer hora//Joga a chave meu bem/Aqui fora tá ruim demais/Cheguei tarde
perturbei teu sono/Amanhã eu não perturbo mais (...) Faço um furo na
porta/Amarro um cordão no trinco/Pra abrir pro lado de fora/Não perturbo mais
teu sono/Chego à meia-noite sim/Ou então à qualquer hora”
A “Chave de Vidro”
é a composição de Sérgio Godinho que diz: “Luar de agosto,/quem queimará/ chave
de vidro/em que porta partirá/luz de setembro/quem cegará/comboio azul/em que
estação parará”. Já Bidu Reis em “A
Chave” canta: “Chave pequenina, entre chaves esquecida,/só eu sei que tu
vivestes tua vida vem minha vida,/ chave pequenina, hoje entregue ao
desalento,/foste a muda testemunha dos meus dias de tormento,/chave pequenina,
do meu lar abandonado,/viste um sonho fracassado, entre beijos de ilusão,/tu
que abriste tantas vezes nossa porta,/da mulher, tu não abriste a porta má do
coração...”.
“Quando, seu moço,
nasceu meu rebento/não era o momento dele rebentar/já foi nascendo com cara de
fome/e eu não tinha nem nome pra lhe dar/como fui levando, não lhe sei
explicar/fui assim levando ele a me levar/e na sua meninice ele um dia me
disse/que chegava lá/olha aí/olha aí/olha aí, ai o meu guri, olha aí/olha aí, é
o meu guri/e ele chega//Chega suado e veloz do batente/e traz sempre um
presente pra me encabular/tanta corrente de ouro, seu moço/que haja pescoço pra
enfiar/ me trouxe uma bolsa já com tudo dentro/chave, caderneta, terço e
patuá/um lenço e uma penca de documentos/pra finalmente eu me identificar, olha
aí/olha aí, ai o meu guri, olha aí...”. Canta Chico Buarque em “O Meu Guri”.
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