01 abril 2014

Homenagens - 60 anos (05)



Gutemberg Cruz e história em quadrinhos: É um pássaro? É um avião? Não, é o SuperGuto!



“Desde guri o jornalista Gutemberg Cruz nutre uma imensa paixão pela Nona Arte, popular-mente conhecida como histórias em quadrinhos. Ele cresceu e essa paixão cresceu junto. Em épocas de adolescência os amigos da mesma idade se divertiam jogando bola, soltando arraias e pipas, tentando descolar as primeiras namoradas. Enquanto isso, na Sala da Justiça, Gutemberg editava caprichados fanzines sobre HQs que eram sucesso entre os aficionados de todo o Brasil. Santa precocidade, Batman! Para nós, desenhistas, Guto sempre foi um anjo-da-guarda, um grande incentivador, um valioso e incondicional aliado. Organizou diversas exposições com nossos desenhos e com eles editou e publicou jornais, revistas e livros e ainda por cima sempre fez um belíssimo trabalho voluntário como nosso assessor de imprensa, empreitadas árduas até para o homem que veio de Krypton. E nunca recebeu um centavo por isso tudo. Até porque histórias em quadrinhos nunca deram dinheiro a ninguém neste país. Com excessão do pai da Mônica, é claro. Eis um link para você curtir o belo blog do Guto: http://blogdogutemberg.blogspot.com/ . Guto, véio, vai aqui meu mais fraterno abraço, meu reconhecimento e minha gratidão. Sniff!Burp!Zing!Bang!Crash!Zoom! e Smac! pra você, brode!” (Paulo Setúbal – 07/01/2013 - http://paulosetubalcaricaturas.blogspot.com.br/2009/08/e-um-passaro-e-um-aviao-nao-e-o-super.html)

Gutemberg Cruz, o indecifrável Coringuto


“A lindíssima mostra com trabalhos do cartunista Lage que rolou ano passado na Caixa Econômica da Rua Carlos Gomes nesta afrobaiana Soterópolis, significativa e comovente, foi produzida por Alice Lacerda e Nildão, constituindo-se uma homenagem tocante e mais que justa para um cara de um talento raro que nunca encontrou similar no mundo dos cartuns. Encheu nossos olhos de prazer, nos envolvendo o coração com uma emoção finíssima, conduzindo-nos a uma alegria reconfortante. Estive por lá como fã, como amigo, como colega de traço e até ministrei uma oficina de caricaturas. Tudo que envolveu Lage em vida teve sempre um elevado astral. E nada parece haver  mudado, pois muita coisa boa me aconteceu nas várias vezes que por lá apareci. Uma foi rever meu brodinho Gutemberg Cruz, jornalista e crítico de quadrinhos, gente finíssima,  fundamental incentivador dos cartunistas baianos. Fiquei assaz impressionado com o Guto que de tanto ler e entender de quadrinhos pareceu-me a cada dia ficar mais parecido com os personagens das páginas agaquesisticas. Guto tem horas que fica a cara feita a nanquim do Coringa, The Joker, com direito a risos indecifráveis, esgares arrepiantes, gestual de saltimbanco, proferindo falas carregadas de dubiedades e mistérios insondáveis. Está dando pinta de que qualquer dia desses cada vez que ele falar suas palavras virão envolvidas em um balão de HQ com direito a lotes de onomatopeias do conhecido vilão galhofeiro. Santo irmão gêmeo, Batman! Esta missão começa a ficar perigosa!”




Gutemberg Cruz – um realizador devotado


“Conheço o dinâmico e irrequieto jornalista Gutemberg Cruz desde os tempos da antiga Escola de Biblioteconomia e Comunicação (EBC) atual FACOM/UFBA, quando  tive o prazer de tê-lo como um de meus alunos, que se diplomou em 1979. Desde a década de 1970, portanto, ele já demonstrava muita curiosidade e inquietação no sentido de ocupar espaço e demonstrar para o que veio.  Lia muito, participava de todas as discussões e acima de tudo era – e continua sendo –  um bom questionador, condição sine qua non para um bom jornalista que não teme nada e está sempre disposto a denunciar e a falar com independência, sem se submeter a qualquer tipo de pressão, seja ela econômica, política, social ou de cunho cultural. Manifestava também, ainda na faculdade, um interesse crescente pelas Histórias em Quadrinhos, o que o levou a estudar, se especializando na temática, sendo hoje reconhecido nacionalmente como uma das maiores autoridades do país no assunto.

“Gutemberg Cruz possui o maior acervo bibliográfico existente na Bahia sobre  Quadrinhos.  Registre-se que seu interesse pelos Quadrinhos é anterior à sua entrada na Faculdade, pois já atuava na área. Só não sei dizer se sua fase de roqueiro influenciou no processo e de que maneira ou por quem ele foi influenciado. Considerando seu interesse e contatos que mantinha com o grande chargista baiano Kalunga, não quero afirmar, mas talvez este tenha sido um de seus  inspiradores.

“Como jornalista profissional teve passagem por todos os jornais diários da Salvador ao longo de sua própria história de vida. Trabalhou tanto nos veículos impressos como nos eletrônicos, ou seja, na Tribuna da Bahia, no Diário de Notícias, no Correio da Bahia e no jornal A Tarde, além de ter desempenhado funções no IRDEB, na TV Itapuã e nas emissoras de rádio Piatã e Bandeirantes, quase sempre na área cultural, tendo se destacado como  editor de cultura no jornal Bahia Hoje. Depois que deixou o jornalismo diário passou a trabalhar como coordenador de comunicação da União dos Municípios da Bahia, editando entre outras coisas o jornal da UPB e distribuindo matérias de interesse do municipalismo para todos os veículos existentes no território baiano.  Neste trabalho que executa há quase três décadas ele vai, com certeza, se aposentar para se dedicar mais ainda ao estudo, à leitura e à pesquisa sobre quadrinhos, que é a sua grande paixão, e sobre outros temas vinculados à comunicação e à história da Bahia de um modo geral.

“Com isso Gutemberg Cruz passou a ser também um dos profissionais que mais conhecem a realidade dos municípios, devido aos contatos diários com os prefeitos  e  às inúmeras viagens que costuma fazer pelas cidades baianas. No tempo em que eu exercia a editoria de municípios do jornal A Tarde (leia-se suplemento A Tarde Municípios), Gutemberg era uma de nossas mais valiosas fontes de informação bem como fornecedor de fotografias exclusivas para ilustrar nossas matérias. E em
assim falando, Gutemberg de certa forma participou ativamente, contribuindo para o sucesso que aquele suplemento obteve enquanto esteve em circulação. Devido ao seu espírito empreendedor, ele nunca deixou de colaborar também com outro produto cultural que lancei na Bahia e que marcou época: a revista de arte e cultura NEON.

“Falar sobre Gutemberg Cruz como um todo se torna difícil devido às inúmeras frentes de atuação que ele abriu, se destacando em todas, seja como historiador, como jornalista, como pesquisador de quadrinhos ou como autor de livros que marcaram época na Bahia e que figuram hoje nos acervos como referência para determinados temas.  Com ousadia, por exemplo, aproveitando as comemorações dos 450 anos de Salvador, em 2009, ele lançou o livro intitulado  Bahia, um estado d’alma, no qual ele mostra uma Bahia cheia de imagens, sensações, emoções, com todos os seus encantos, cheiros e os sons dos atabaques. No livro, além de narrar curiosidades, ele desvenda mitos e lendas da Bahia, naturalmente sem desmitificá-las. Além deste, ele é autor também de livros tais como:  Humor Gráfico na Bahia – O traço dos Mestres (1995), que foi premiado com o 8º Troféu HQ Mix, em 1996;  Feras do Humor Baiano (1997) e Gente da Bahia (1997).

“Considerando essa dificuldade, vou tentar a partir de agora, de maneira rápida e direta, registrar fatos que contribuem para que possamos identificar o jornalista, meu amigo, Gutemberg Cruz como uma das maiores autoridades em Quadrinhos do Brasil. Assim sendo, foi no início da década de 1970 que ele lançou um jornalzinho mimeografado a álcool sobre história em quadrinhos: Na Era dos Quadrinhos, que tem sido identificado por alguns pesquisadores como sendo o segundo fanzine brasileiro dedicado ao assunto. Na época, qualquer curioso no tema sabia da existência desse jornalzinho. Em sua primeira fase foram publicados 37 exemplares entre julho de 1970 a julho de 1973, quando deixou de circular, retornando alguns anos depois, circulando apenas cinco números, impressos em offset, no período de janeiro a maio de 1977”. (Sérgio Mattos - Jornalista diplomado, professor e doutor em Comunicação)

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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.

Um comentário:

Unknown disse...

meo nome es Pierre guevel estou procurando familia de Herberto Sales. conheci ben este senhor ele es meo paia na litteratura o perdi .conheci afamilia del a esposa Jurassi a filha Heloisa e un neto perdao por meo portugues .herberto sales falo d emi no livro subsidiario confissoes memorias e historias. alguen pode me ajudar a entrar en contacto merci