PERÍODO DE ENTRESSAFRA NA DÉCADA DE 70 (1970-1979) -----------------------------------
A recessão econômica que tem início em 1973, em função da crise do petróleo, provoca queda nos títulos. Algumas criações isoladas se destacam, como Garfield, Hagar e Corto Maltese. Além dessas, destacam-se também os seguintes fatos:
1970 (ITÁLIA)
- CORTO MALTESE.
Criação de Hugo
Pratt. Homem do mundo,
o marinheiroCorto, romântico
aventureiro em situações
místicas e belas
mulheres, em tom
nostálgico e poético.
Desenhos com incrível
economia de linhas,
linguagem de cinema.
Personagem de aventuras,
vivendo na década
de 1910. Seu universo
é o estranho,
o fantástico. Filho
da Real Armada Britânica
com a bela e
misteriosa Nima de
Gibraltar, bem conhecida
ao largo da costa
africana, Corto não
sabe o que é
preconceito racial e
não se priva de
defeitos necessários
a qualquer anti-herói.
1970 (FRANÇA)
- PAULETE.
Criação de Wolinski
e George Pichard. Ela
é uma deliciosa
jovem milionária, vítima
das taras de todos
os homens. Paulette era uma herdeira de um império industrial, mas com ideias socialistas. Tudo era desculpa que ela se desnudasse. Seu companheiro de aventuras era um velho de mais de oitenta anos, transformado em uma linda jovem morena, o que causava situações embaraçosas. A personagem foi publicada em capítulos entre 1970 e 1976 na revista francesa Charlie O movimento de erotismo elegante francês teve grande influência em outras partes do mundo, especialmente na Itália, inclusive conseguindo a atenção de leitores adultos.
1970 (EUA)
– DOONESBURY, de
Garry Trudeau, sátira política
e primeira HQ a
ganhar o Prêmio Pulitzer,
em 1975. Para os leitores desatentos, é apenas uma
tirinha em quadrinhos no jornal diário. Entretanto, nem todas as publicações
que veiculam a série Doonesbury nos EUA gostaram da abordagem satírica que o
autor fez da lei antiaborto que está em vigor no Texas e em tramitação no
Estado da Virgínia.
1970 (BRASIL)
– Lançada na efêmera
– um único número revista
Grillus da Faculdade
de Arquitetura da
UFRGS, RANGO,
de Edgar Vasques conquistou
logo seu fã clube
no campus e adjacências.
Em 1973, Vasques é
convidado a cobrir
as férias do cronista
Luis Fernando Veríssimo.
Assim, Rango aparecia na
grande imprensa diária. Trinta
dias depois, Veríssimo
no posto, o Rango,
atendendo a pedidos,
ganhava seu própria
espaço. Em 1974
a LP&M lança em
livro.
1970 (BRASIL)
– Levada, sapeca, dentuça,
charmosa, dona de
força incomum, mas, sobretudo,
umacriança brasileira,
Mônica e sua turma
conquistaram milhares de
fãs. Em maio a
Editora Abril lança
a revista MÔNICA,
uma das mais importantes
no panorama dos quadrinhos
no Brasil.
1970 (EUA)
– CONAN, O
BÁRBARO, personagem
literário criado por
Robert E. Howard em
1932, nos pulps, chega às
HQ, pela editora Marvel
(texto de Roy Thomas
e desenhos de Barry-Windsor
Smith; o nome que
ia se sobressair
na arte de Conan,
no entanto, é o
de John Buscema, nos
anos seguintes).
1970 (EUA)
- Inicia-se a célebre
saga LANTERNA VERDE E
ARQUEIRO
VERDE, de Denny
O’Neill e Neal
Adams, onde, dentro de
uma HQ de super-heróis,
discutem-se temas sociais
e uso de drogas;
É criado o célebre
evento San Diego Comic Con, uma
das maiores convenções
de HQ da atualidade,
sediada na cidade
de SanDiego, estado
da Califórnia, EUA
(nesse evento, atualmente,
também acontece a entrega
do prêmio Eisner, o
“Oscar” das HQ).
1970 (FRANÇA)
- LONE SLOANE. Criação de
Philippe Druillet.
Um cowboy espacial que
habita uma megalópolis
futurista. Começou a experimentar designs
inovadores em seus
quadrinhos, páginas em negrito, elementos de art nouveau,
templos indianos e catedrais góticas se misturam em painéis gigantescos de
arquitetura estranha e fascinante, que dava um sabor de desconhecido para as
suas space operas. Já com o apelido de arquiteto do espaço, Druillet teve suas
historias de Lone Sloane coletadas em um álbum chamado “Les 6 voyages de Lone
Sloane“, considerado a sua obra prima.
1970 (BRASIL)
– De 23 a 28
de novembro no Museu
de Arte de São
Paulo é realizado
o CONGRESSO INTERNACIONAL
DE HISTÓRIAS
EM QUADRINHOS.
Simultaneamente foi aberta
uma Exposição Internacional
de HQ no mesmo
local, mostrando a evolução
do gênero desde 1900.
O professor Francisco
Araújo introduz a cadeira
de HQ no curso
de Comunicação da
Universidade de Brasília.
É também incluída no
curso de Editoração
da Escola de Comunicações
e Artes da USP,
pela professora Sônia Luyten.
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