Interrompemos
nossa Cronologia das Histórias em Quadrinhos por alguns dias para publicar
essas homenagens dos amigos
60
NÃO TEM NOVES FORA
“O jornalista Gutemberg Cruz é homem
culto, capaz de destinar o salário do mês para adquirir livros e outros
produtos da indústria cultural. Deveria ser tratado como exceção,
assegurando-lhe certos cuidados apropriados a quem foge da regra. Quantos de
nós sabe sequer a décima parte do que ele conhece sobre história-em-quadrinhos?
Nessa área, justo seria que alguma das melhores universidades concedesse-lhe o
Título de Notório Saber. A UFBA, por exemplo, onde ele se bacharelou em Comunicação,
não faria favor se o distinguisse.
“O conheço há muitos anos e acompanho
seu trabalho desde quando editava o segundo caderno do nascente Correio da
Bahia na década de 1980. Em seguida, transferiu sua experiência e ousadia para
o Bahia Hoje. Há, pelo menos, três ou quatro focos permanentes no arguto olhar
de Gutemberg Cruz: os quadrinhos, o cinema, a Bahia e o erotismo. Ele está na
web desde 2006 com o seu http://blogdogutemberg.blogspot.com.br/, onde se pode
constatar que a multiplicidade de assuntos de que ele é capaz de tratar com a
afeição e o respeito é ainda maior do que a quantidade que anunciei.
“Movido pela admiração que tenho por
ele, sempre que posso o presenteio com algum livro, suplemento, revista ou
recorte de jornal a respeito de história-em-quadrinhos. Mais do que um gesto de
afeição, faço isso pelo respeito que tenho devido à referência que ele é como o
nosso mais persistente estudioso sobre a matéria. Esse respeito move-me também
aos eventuais lançamentos de livro que ele publica.
“O visito sempre que o professor doutor
Sérgio Mattos almoça no Centro Administrativo da Bahia (CAB), pois elegemos o
restaurante da União das Prefeituras da Bahia (UPB), instituição para a qual
Gutemberg Cruz dedica muito da energia dele e de sua capacidade de tomar
inciativas que valorizem o trabalho dos administradores das municipalidades
baianas. Nesses encontros esporádicos, a conversa é animada. Esquadrinha a
atualidade e o passado, ocasião em que o jornalista nos oferta o melhor do seu
tirocínio e ironia.
“O título que escolhi para esta pequena
crônica estampa a certeza de que nestes 60 anos de vida que ora nosso amigo
celebra não houve ocasião em que ele brincou com ou perdeu tempo. Cada minuto
foi utilizado para a recolha, a seleção, a reflexão de informações dos muitos
universos de conhecimento que ele pretende abarcar.
“Gutemberg Cruz é o único contemporâneo
que conheço que sai de férias com o projeto exclusivo de ler, ler e ler. E,
distinto do que se poderia imaginar, ele não se encastela na soberba. Ao
contrário, cada dia mais ele cultua a simplicidade e o compartilhamento, assim
como aguça o olhar de misericórdia com que generosamente banha a todos nós”. (Luis Guilherme Pontes Tavares. Jornalista,
produtor editorial e professor).
Um
breve depoimento
“Da história em quadrinhos ao
experimentalismo da linguagem na década de 1970, um sonhador, Gutemberg Cruz é
uma referência no jornalismo cultural da Bahia. “Na Era dos Quadrinhos” editado
pelo jornalista foi um marco da imprensa alternativa. Sem vaidade, na sua
humildade franciscana, mas atento às manifestações contemporâneas, acima de
tudo dedicado a profissão, sua paixão primeira sempre foi a história em
quadrinhos, divulgador, crítico, editor, incentivador. Tinha uma virtude, buscava
a novidade, abrir espaço e transgredir numa Bahia ainda provinciana.
Inquietação que levou Gutemberg a se aproximar de um pioneiro da crítica das
histórias em quadrinho no Brasil e um
dos criadores do emblemático
poema/processo, Moacy Cirne.
“Quando esteve à frente do “caderno de
cultura” do jornal Correio da Bahia, teve uma atuação decisiva e democrática na
divulgação e na crítica das artes na Bahia, contribuindo para o fortalecimento
do circuito cultural e a credibilidade do jornalismo baiano. Confesso que tive
o privilégio, naquele momento difícil para a arte contemporânea no circuito
cultural de Salvador, contar com o apoio do jornalista e editor para divulgar
meus trabalhos e manifestar as minhas ideias. Muitíssimo obrigado Gutemberg”. (Almandrade, artista plástico, poeta e
arquiteto)
A
cruz dos 60
“Gutemberg Cruz é uma figura singular.
Culto, generoso, de fácil comunicação e sempre aberto a desafios. Jornalista
ético, informado, de conduta impecável. Nunca apelou para o marketing do
escândalo. A notícia para ele era a verdade e suas consequências. Pesquisador,
com notável capacidade de desvendar minúcias, que contribuem para o acervo
nacional do conhecimento.
“Foi editor do então Correio da Bahia,
fundado no final dos anos 70. Trabalhou no jornal mais de
uma década, sempre
com uma postura conciliadora e libertária. Em 1979 Gutemberg nos convidou para
escrever sobre artes plásticas, que continuamos até os dias atuais. Formou uma
equipe de especialistas na área cultural dando a todos a mais ampla forma de se
expressar, inclusive não mudava os títulos da matéria que são sempre
direcionadores. Compreendia que cada texto crítico, tinha suas especificidades
e a alma do autor. As segundas-feiras trazia um resumo dos acontecimentos
culturais da cidade e nas sextas-feiras o que de mais importante ia acontecer
no final de semana. Direcionava o grande público ao lazer, ao prazer e as artes
em geral. Sua paixão por histórias em quadrinhos é conhecida. Memória
prodigiosa cuida de arquivar tudo que é de interesse cultural.
“Gutemberg Cruz ao completar 60 anos, já
tem um legado respeitável. Uma imagem carismática e comovente”. (César Romero. Abril – 2014, psiquiatra,
artista visual, crítico de arte – ABCA – AICA, membro da Diretoria da ABCA
– Comissão de Credenciais)
Amigo
de todos
“Gutemberg Cruz. Difícil definir essa
forte personalidade, mesmo assim vou tentar encontrar
adjetivos para falar
sobre ele. Desde quando conheci o admirei, por ser uma pessoa, que compartilha
seus conhecimentos, com quem bate à sua porta, foi o meu caso, daí em diante
comecei a observá-lo e não é diferente com os demais. Amigo de todos, excelente
profissional da Comunicação Social (Jornalista), crítico, apaixonado pela
cultura regional, história de quadrinhos é uma de suas características.
“Tive o prazer de ser seu colega, no
curso de Pós-graduação em Jornalismo Cultural e ‘ele’ era a pessoa chave, nas
tardes de sábados, era o menestrel da turma, sem sua presença o turnão de aula
não teria sabor, as críticas do cotidiano fazia com que ele levantasse o astral
de todos nós. Resumindo o jornalista, escritor, poeta e contista Gutemberg Cruz
é um exemplo de amigo, não tenho dúvida, cada história que ele conta em versos,
prosas, ou texto corrido vai marcar a imortalidade de um grande amigo das sagradas
letras que a Bahia possui. Gut, para os íntimos, meu abraço”. (Itamar
Ribeiro, jornalista, radialista e professor)
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