1976 (BRASIL)
– No mês de fevereiro
os habituais leitores da
seção quadrinhos da Folha
de São Paulo sentiram-se
surpreendidos. A tira
normalmente ocupada por
Mônica, Cebolinha
e demais personagens
do desenhista Mauricio de
Sousa apareceu sem nenhuma
ilustração, apenas “balões”.
Neles, Cascão, figura que
se recusa a qualquer
contato do corpo
com a água, anunciava
sua partida para algum
lugar ignorado, receoso de
uma suposta e iminente
inundação causada pela
ruptura da represa
Billings. Durante esse
período, o desenhista
trocou animada correspondência
com seus leitores.
E tudo causado por
um acidente ocasional:
“Na falta de uma
ideia para a tira
daquele dia, ocorreu-me
a do desaparecimento
do Cascão já que
as águas da represa
Billings ameaçava invadir
São Paulo”. No
dia 11 de março,
no Centro Campestre
do Sesc, Cascão reapareceu
(um ator vestindo as
roupas características e
com a cabeça igual
ao personagem) para
a criançada, um raro
momento dediversão
para as crianças da
cidade. Para Maurício
de Sousa, o “acidente”
do desaparecimento do
Cascão foi mais um
episódio a fazer
com que a HQ
seja considerada como
um potente meio de
divulgação.
1976 (BRASIL)
– O garoto Édson Arantes
do Nascimento passa a
reviver suas travessuras
em busca de uma
bola de futebol pelos
campos como PELEZINHO,
principal elemento da
12a família de personagens
do desenhista de quadrinhos
Mauricio de Sousa.
O contrato, planejado
desde fins de 1969,
foi firma em abril
de 1976 e prevê
a distribuição diária
de tiras para jornais
brasileiros e, principalmente
no exterior.
1976 (BRASIL)
– Orlando Miranda lança
pela Editora Summus o
livro TIO PATINHAS
E OS
MITOS DA
COMUNICAÇÃO. Ele discute,
entre outros assuntos,
a circularidade que
acompanha o duplo
emprego da palavra
massa. Miranda fez uma
pesquisa junto ao
público leitor das
HQs de Walt Disney.
A partir de uma
amostragem que estratifica
os entrevistados tomando
como critério a situação
sócio-econômica, o autor
pode mostrar como que
essa estratificação possibilita
uma leitura diferencial
dos quadrinhos.
1976 (EUA)
– A King Features Syndicate
lança a tira WOODY
ALLEN, com desenhos
de Joe Marthen. O
traço é caricatural,
livre e rápido. O
humorista da paranoia,
agora passa a ser
visto nos quadrinhos.
Através de um
humor refinado, usando e
abusando da sutileza
de jogos de ideias,
temas rarisimamente abordados
nos quadrinhos não são
tabus tão rigorosos
nesta série.
1976 (ITÁLIA)
– Miguel Paiva assina
a quadrinização de
AS MEMÓRIAS
DE CASANOVA,
editada em Milão
ao lado de outros
desenhistas consagrados
como Guido Crepax, Enric
Sió, Enrique Breccia.
1976 (ARGENTINA)
– Pablo José Hernández
escreve a tese
PARA LEER
A MAFALFA,
publicado pela Editorial
Precursora.
1976 (BRASIL)
– A decoração para o
Baile de Yemanjá no
Clube Português, em Salvador,
tem como tema: YEMANJÁ,
UMA HISTÓRIA
EM QUADRINHOS.
No painel desenhos de
Zé Carioca, Pererê, entre
outros com balões e
onomatopeias. O trabalho
é de Freddy Sue,
fã de quadrinhos.
Na época, fazia muito
sucesso o suplemento
A Coisa (de humor
e quadrinhos) na
Tribuna da Bahia.
1976 (BRASIL)
– A Editora Bloch lança
OS TRAPALHÕES
em quadrinhos, com
desenhos de Mário
Lima. Já o Centro
Acadêmico Armando Salles
Oliveira (Campus de
São Carlos – USP) lança
a revista udigrudi em
quadrinhos VIXE,
com trabalhos de Cassiano
(assina Roda), Itapê,
Henrique (Bartsch),
Cardoso, Luis Paulo
e Messias. É relançada
a revista SACAROLHA,
de Primaggio Mantovi pela
Editora Abril.
1976 (BRASIL)
– Em março é lançado
o primeiro número de
MATURI, a revista
de quadrinhos de menor
tamanho (12 X
8). Maturi revelou nomes
novos, publicou inclusive
material inédito de
Henfil, época em
que o criador dos
Fradinhos morou em
Natal. Em Mossoró é
lançado o único
número da revista em
quadrinhos MOMENTO,
contando a história
da Abolição da escravatura.
E o professor
Walfredo P. Brasil
(ex-Dom Lucas Brasil)
lança o ensaio “Quadrinhos,
sua razão de ser
social e estética”.
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