28 abril 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (63)



1976 (BRASIL)No mês de fevereiro os habituais leitores da seção quadrinhos da Folha de São Paulo sentiram-se surpreendidos. A tira normalmente ocupada por Mônica, Cebolinha e demais personagens do desenhista Mauricio de Sousa apareceu sem nenhuma ilustração, apenasbalões. Neles, Cascão, figura que se recusa a qualquer contato do corpo com a água, anunciava sua partida para algum lugar ignorado, receoso de uma suposta e iminente inundação causada pela ruptura da represa Billings. Durante esse período, o desenhista trocou animada correspondência com seus leitores. E tudo causado por um acidente ocasional:Na falta de uma ideia para a tira daquele dia, ocorreu-me a do desaparecimento do Cascão que as águas da represa Billings ameaçava invadir São Paulo. No dia 11 de março, no Centro Campestre do Sesc, Cascão reapareceu (um ator vestindo as roupas características e com a cabeça igual ao personagem) para a criançada, um raro momento dediversão para as crianças da cidade. Para Maurício de Sousa, oacidentedo desaparecimento do Cascão foi mais um episódio a fazer com que a HQ seja considerada como um potente meio de divulgação.

 

1976 (BRASIL)O garoto Édson Arantes do Nascimento passa a reviver suas travessuras em busca de uma bola de futebol pelos campos como PELEZINHO, principal elemento da 12a família de personagens do desenhista de quadrinhos Mauricio de Sousa. O contrato, planejado desde fins de 1969, foi firma em abril de 1976 e prevê a distribuição diária de tiras para jornais brasileiros e, principalmente no exterior.



1976 (BRASIL)Orlando Miranda lança pela Editora Summus o livro TIO PATINHAS E OS MITOS DA COMUNICAÇÃO. Ele discute, entre outros assuntos, a circularidade que acompanha o duplo emprego da palavra massa. Miranda fez uma pesquisa junto ao público leitor das HQs de Walt Disney. A partir de uma amostragem que estratifica os entrevistados tomando como critério a situação sócio-econômica, o autor pode mostrar como que essa estratificação possibilita uma leitura diferencial dos quadrinhos.


1976 (EUA)A King Features Syndicate lança a tira WOODY ALLEN, com desenhos de Joe Marthen. O traço é caricatural, livre e rápido. O humorista da paranoia, agora passa a ser visto nos quadrinhos. Através de um humor refinado, usando e abusando da sutileza de jogos de ideias, temas rarisimamente abordados nos quadrinhos não são tabus tão rigorosos nesta série.

1976 (ITÁLIA)Miguel Paiva assina a quadrinização de AS MEMÓRIAS DE CASANOVA, editada em Milão ao lado de outros desenhistas consagrados como Guido Crepax, Enric Sió, Enrique Breccia.

1976 (ARGENTINA)Pablo José Hernández escreve a tese PARA LEER A MAFALFA, publicado pela Editorial Precursora.

1976 (BRASIL)A decoração para o Baile de Yemanjá no Clube Português, em Salvador, tem como tema: YEMANJÁ, UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS. No painel desenhos de Carioca, Pererê, entre outros com balões e onomatopeias. O trabalho é de Freddy Sue, de quadrinhos. Na época, fazia muito sucesso o suplemento A Coisa (de humor e quadrinhos) na Tribuna da Bahia.

1976 (BRASIL)A Editora Bloch lança OS TRAPALHÕES em quadrinhos, com desenhos de Mário Lima. o Centro Acadêmico Armando Salles Oliveira (Campus de São CarlosUSP) lança a revista udigrudi em quadrinhos VIXE, com trabalhos de Cassiano (assina Roda), Itapê, Henrique (Bartsch), Cardoso, Luis Paulo e Messias. É relançada a revista SACAROLHA, de Primaggio Mantovi pela Editora Abril.

1976 (BRASIL)Em março é lançado o primeiro número de MATURI, a revista de quadrinhos de menor tamanho (12 X 8). Maturi revelou nomes novos, publicou inclusive material inédito de Henfil, época em que o criador dos Fradinhos morou em Natal. Em Mossoró é lançado o único número da revista em quadrinhos MOMENTO, contando a história da Abolição da escravatura. E o professor Walfredo P. Brasil (ex-Dom Lucas Brasil) lança o ensaioQuadrinhos, sua razão de ser social e estética.


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