06 março 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (37)



1946 (EUA) - NICK HOLMES (Rip Kirby). Criação de Alex Raymond. Detetive particularsofisticado, intelectual. Prefere usar a ciência aos punhos. Durou dez anos nas mãos de Alex, até sua morte trágica em 1956.

1946 (EUA)O REUBEN, a primeira premiação específica para as HQ, cujo primeiro premiado é Milton Caniff.

1946 (JAPÃO)SAZAE-SAN, de Machiko Asegawa, a mais famosa family strip daquele país.

1946 (PORTUGAL) – Jayme Cortez começa sua carreira desenhando para o semanário lusitano O Mosquito.

1946 (EUA) – O pioneiro dos comics books, Max Gaines cria a editora EC Comics. A sigla EC significa Educational Comics. O objetivo do ex-professor Gaines era publicar quadrinhos educativos. O primeiro lançamento da editora foi Pictures Stories from the Bible, quadrinizações de histórias bíblicas.

1946 (EUA) – William Blake Everett retora a desenhar as histórias de Namor, o Príncipe Submarino, mas sem grande entusiasmo de antes. Mais tarde, Everett deixa os comics para dedicar-se a publicidade. E assim, Namor desapareceu.


1946 (EUA) – Dick Tracy (personagem criado por Chester Gould em 1931), começa a usar o rádio transmissor e receptor de pulso antes de ele existir. Foi o primeiro o usar circuito interno de TV (por ele chamado de teleguarda) para verificar possíveis atividades criminosas.

1946 (EUA) – Rube Goldberg funda a National Cartoonists Society, agremiação que todos os anos premia um entre os muitos desenhistas de quadrinhos. O premio oferecido aos ganhadores é o Reuben (derivado de seu nome) que é uma reprodução de uma escultura sua.

1946 (EUA) – Joe Palooka novamente salta das páginas dos quadrinhos para as telas do cinema: Joe Palooka, com direção de Reginald Le Borg; Gentleman Joe Palooka, com direção de Cyril Endfield; e Joe Palooka Champ dirigido por Reginald Le Borg. No ano seguinte, 1947, Le Borg dirige Palooka in the Knockout.

1946 (EUA) – No dia 10 de fevereiro, Harold Foster decidiu celebrar o casamento do Príncipe Valente com a princesa Aleta. Os leitores reclamaram, mas Foster, de certa forma, só estava levando a sério um natural desenvolvimento na vida do seu personagem. Valente, ao contrário dos heróis dos gibis, não tem imunidade contra o tempo. Envelhece como qualquer ser humano, casou-se e teve quatro filhos.

1946 (ESPANHA) – O Coyote, de José Mallorqui, ganha sua versão em quadrinhos, pelas mãos de Francisco Batit.

1946 (EUA) – Jules Feiffer passa a trabalhar como assistente de Will Eisner, o criador do Spirit.

1946 (AUSTRALIA)- O desenhista John Dixon lança duas revistas em quadrinhos – Tim Valour Comics e The Crimson Comet Comics

1946 (AUSTRALIA) – No dia 14 de junho o jornal Sun Herald, de Sydney, traz tela primeira vez uma nova HQ em forma de página dominical em cores – Air Hawk and the Flying Doctores, com desenhos de John Dixon. Air Hawk é uma HQ que retrata de maneira fiel uma região da Australia. Através de uma vela autenticidade gráfica, Dixon mostra toda a paisagem agreste da região central do continente, sua fauna,os aborígenes, seu modo de vida e até mesmo um opulento contraste entre a parte moderna da Austrália com aquela mais conservadora, mais selvagem, mais natural.

1946 (EUA) – Alex Raymond volta à vida civil, em janeiro. Era Major. Voltou co muitas ideias para uma nova tira, Rip Kirby (no Brasil, Nick Holmes).

1946 (EUA) – De 1946 a 1949 é publicada na Thrilling Comics, Princess Pantha. Ela era domadora de feras de um grande circo e queria capturar um gorila gigante para publicidade de seu espetáculo Pantha foi desenhada por Gene Fawcett, Arthur Saaf e Ralph Mayo.

1946 (EUA) – Os dois mestres da fantasia, Walt Disney e o pintor catalão Salvador Dali uniram suas forças para filmar Destino. O projeto, caríssimo, não saiu naquele ano, mas a cada três anos a ideia renascia. E assim Destino ficou relegado de vez à incrível história dos fracassos do cinema. Para Disney, o roteiro era “uma simples historia de amor, topo rapaz encontra garota de seus sonhos e os dois são felizes para sempre”. Para Dali, no entanto, o filme era “a mágica exposição da vida no labirinto do tempo”. Duraria apenas seis minutos. Mas seis minutos de imagens inesquecíveis e surpreendentes, cimo relógios caindo dos céus, telefones monstruosos correndo pelas ruas, esculturas esquisitas ganhando vida de repente. Uma combinação fantástica de desenho animado, filmagens ao vive e efeitos especiais. Muitos achavam que era um projeto muito adiante do seu tempo. Uma pesquisa de mercado apontava grande prejuízos para um investimento desta ordem num filme tão curto e inacessível.


1946 (EUA) – Em abril, a Fiction Comics lançou na edição 43 de Planet Comics, a HQ Futura, textos e desenhos de John Douglas. Futura é o codinome de Marcia Reynolds, secretária acidentalmente teleportada para Vênus, um planeta em guerra. Suas amigas terráqueas, capturadas pelo cabeçudo Mentor, tem seus cérebros substituídos por eletrodos e passam a obedecer cegamente ao pérfido mestre. Como Futura, a jovem lidera a revolução do povo de Cymrada – másculos guerreiros das selvas pantanosas – contra Mentor.

1946 (FRANÇA) – René Pellos cria Durga Râni, Reine des Jungles no magazine Fillette que circulou até 1953. A heroína, embora tenha crescido entre os humanos, optou por viver com os animais da selva africana. As narrativas e diálogos de Durga Râi dispensavam balões – eram compostos mecanicamente.

1946 (LONDRES) – J.Carlos foi um admirável cartunista político, com trabalhos reconhecidos até no exterior: uma antologia publicada em Londres, sob o sugestivo título de The Pen Is Mightier, situa-o ao lado dos mais importantes chargistas que fizeram da I Guerra Mundial um de seus temas.

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