1961 (BRASIL)
– Um grupo de desenhistas
brasileiros (entre eles
Jayme Cortez, Julio Shimamoto,
Flávio Colin) se reuniu
disposto a defender
o quadrinho nacional,
acabando de vez
com o imperialismo
norte-americano. Com manifesto,
acusaram as editoras
que só publicavam
histórias estrangeiras,
transmitindo assim uma
realidade alienígena.
As editoras boicotaram
o movimento. Para se
defenderem, as quatro
editoras (Ebal, Rio
Gráfica, Abril e
O Cruzeiro) criaram uma
cópia do Comics Code
norte-americano, que chamaram
de CÓDIGO DE
ÉTICA.
Esse código
garantia que as
histórias, apesar de
estrangeiras, não eram
nocivas à formação
de jovens leitores.
Nocivas eram -
segundo eles – as
histórias de terror
publicadas pelas editoras
paulistas (La Selva,
Outubro), que não
se submeteram ao código.
A lei que regulamentava
a publicação de histórias
nacionais chegou a
ser decretada, mas nunca
foi cumprida. O mercado
de trabalho drasticamente
cortado: as editoras
pequenas fecharam as
portas, e as
grandes se recusavam
a fornecer trabalho aos
desenhistas que estavam
ligados ao movimento.
Eles então fundaram uma
cooperativa no Rio
Grande do Sul, a
CETPA (Cooperativa Editora
de Trabalho de Porto
Alegre), que sói
publicava histórias
sobre temas nacionais,
mas que acabou pouco
tempo depois. A conturbada
situação política da
época, acabou aniquilando
completamente o movimento.
1961 (BRASIL) – CASCÃO faz sua estreia nas tiras de
jornal do Cebolinha. A inspiração para o personagem veio das lembranças de
Mauricio de Sousa sobre um garoto que andava junto com o Cebola de Moji das
Cruzes e estava sempre sujo.
1962 (EUA)
– LITTLE ANNIE
FANNY, de Harvey
Kurtzmann e Bill
Elder, na revistaPlayboy, a
princípio uma sátira
a Aninha, a Pequena Órfã, mas
que ganha identidade
própria. Um sucesso que durou três décadas, embora sempre confinado às
páginas da Playboy.
1962 (EUA)
- Em uma história
da revista Flash
123,
o Flash da Era
de Prata (Barry Allen)
encontra o da
Era de Ouro (Jay
Garrick), dando início,
assim, ao multiverso
(diversas realidades
da Terra coexistindo
em diferentes frequências,
e constantemente se
cruzando, algo que
se torna muito comum
nas HQ de super-heróis).
1962 (ITALIA)
- DIABOLIK,
de Luciana e Angela
Giussani. Diabolik, criado por duas irmãs italianas, foge do arquétipo
de Killing, Kriminal,
Cattivik, etc.
protagonistas de histórias em quadrinhos, o personagem é um anti-herói, um
ladrão astuto e calculista4. Ele foi o precursor do chamado "fumetti
neri" (quadrinhos negros), inspirou diversos personagens italianos que
possuem a letra "K":
1962 (BRASIL) – O elefante JOTALHÃO criado por Mauricio de Sousa
para uma campanha do Jornal do Brasil, mas, como o projeto foi cancelado, logo
se tornou personagem de apoio nas tiras de Raposão, na Folha da Manhã. Em pouco
tempo, o tímido elefante se tornou mais popular que o astro da tira.
1962 (FRANÇA)
– IZNOGOUD,
de René Goscinny e
Jean Tabary. O nome Iznogoud soa como o inglês
"he's no good" ("ele não presta") ou "is no
good", em inglês tosco. Trata-se do Grão-Vizir Iznogud que ambiciona ser
califa e elabora diversos planos para usurpar o trono do califa Haroun El
Poussah (Haren Al Mofaddah, Harrum Ahal Mofadah ou Harun Al Mofad, no Brasil).
Seu bordão é "Eu quero ser califa no lugar do califa"
1962 (EUA)
- HULK.
Stan Lee e Jack
Kirby criam para a
Marvel, Hulk. Bruce
Banner é vítima de
seu raio e vira
monstro verde. Revoluciona
o conceito de super-herói:
monstros deformados.
1962 (EUA)
- HOMEM ARANHA.
Stan Lee e Steve
Ditko lançam em agosto
a melhor criação de
anti-herói dos anos
60: Homem Aranha, símbolo
do personagem da editora
Marvel. Problemas
pessoais e assistenciais.
Foi mordido por uma
aranha atômica. Questiona
a si mesmo. É
perseguido. Sua movimentação
marca sua dificuldade
em ser humano: contorcido
como sua personalidade.
O visual é a
psicologia. Ao contrário
dos super heróis tradicionais,
seres perfeitos, o Aranha
fez sucessopor ser
um cara que tem
problemas de dinheiro
e crises depressivas.
O herói ganhou revista
própria em março
de 1963.
A Marvel Comics alcançou sucesso
com Quarteto Fantástico e Hulk, e buscava um terceiro título para adicionar à
sua crescente biblioteca de super-herói. O principal roteirista da editora,
Stan Lee recebeu a missão de criar um novo heroi. Homem Aranha fez sua estreia
em agosto de 1962, na revista Amazing Fantasy 15.
1962 (EUA)
- THOR.
Stan Lee e J.Kirby
lançam pela Marvel adaptação
da mitologia nórdica: Thor.
Saem as máscaras do
teatro grego, entram os
deuses e semi-deuses.
Odin, o pai deu
de Thor é o
seu cristo. É o
primeiro com super
poderes divinos. Revive
o deus que manda
seu filho para salvar
a Terra. Suas armas,
o anel e o
martelo. Sua bíblia,
o gibi. Único ser
capaz de empunhar o
martelo encantado,
Thor vivia na Terra
oculto sob a forma
mortal do médico Donald
Blake. Sempre que se
encontrava diante de
uma situação de emergência,
o dr. Blake abandonava
sua forma franzina para
se transformar num
vigoroso defensor da
justiça.
1962 (FRANÇA)
- BARBARELLA. Criação
de Jean Claude Forest.
É o início do
domínio do sexo
feminino nos quadrinhos,
antevendo a liberação
feminina. Ficção científica.
A saga futurista
era comandada por uma
loira escultural, com
lábios à la BrigitteBardot e uma versatilidade
a toda prova – a
moça vencia e convencia
seus oponentes intergaláticos
empunhando armas de
fogo ou simplesmente
despindo-se. Geralmente,
valia-se da segunda
opção.
Vítima frequente
da censura, ganhou versões
em álbum pela Eric
Losfeld, Dargaud e
outras publicações parisienses.
Foi o sucesso desta
série que desencadeou,
na Europa, o início
das discussões e estudos
“sérios” sobre o
papel das HQ na
cultura, ao mesmo
tempo em que, no
rastro de Barbarella,
apareciam outras séries
de cunho erótico, como
Jodelle
(França, 1966, de
Guy Pellaert e Pierre
Bartier), Phoebe
Zeit-Geist (Eua,
1967, de Michael O'Donoghue
e Frank Springer)
e Saga de Xam
(França, 1968, de
Nicolas Devil), entre
outras. Além disso,
Barbarella ganhou,
em 1968, uma adaptação
cinematográfica, por Roger
Vadim. A primeira aventura
de Barbarella saiu no
Brasil em 1964, com
tradução de Jô
Sores e produção da
Linográfica Editora.
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