1967 (EUA)
– FREAK BROTHERS, de
Gilbert Sheldon, outro
artista underground
bastanterepresentativo. História de
três maconheiros ripongas, que dividem o mesmo apartamento: Fat Freddy é um
gordo com apetite colossal; Phineas, um tímido bicho-grilo, e o último,
Freewhelin, um radical de esquerda que odeia o "sistema" e a
política. Situações engraçadíssimas baseadas na tríade sexo, drogas e
rock-and-roll.
Gilbert Shelton, um dos heróis da
contracultura, marcou seu nome na história com os Fabulous Furry Freak Brothers
– algo como os Fabulosos Peludos Irmãos Doidões – personagens símbolos de uma
época, ou como diz um membro do grupo inglês Monty Phyton – marco do humor
moderno – são os quadrinhos que inventaram os anos 1960.
1967 (BRASIL) – O professor José
Marques de Melo funda o Centro de Pesquisas da Comunicação Social e desafia os
alunos de jornalismo, na Faculdade Cásper Líbero, a inventariar o conteúdo dos
gibis editados no país. O resultado dessa pesquisa foi divulgado no seu livro
de estreia – Comunicação Social: Teoria e Pesquisa (1970).
1967 (BÉLGICA)
– VALÉRIAN, Agente espácio-temporal, de
Pierre Christin e Jean-Claude
Mézières, na revista
Pilote.
A saga deste simpático agente responsável por patrulhar o tempo e o espaço
juntamente com sua namorada Laureline tem contornos mais space-opera, com a
presença de grandes impérios
galácticos (o da Terra, especialmente), aventuras
cruzando o espaço sideral e a aparição de inúmeras culturas alienígenas,
antropomórficas ou não, chegando até povos primitivos, barbáricos, pouco
evoluídos, que precisam conviver com espécies capazes de construir tecnologias
que parecem feitas de pura mágica.
1967 (ITÁLIA) Na revista
Sgt. Kirk, aparece
pela primeira vez o
marinheiro CORTO MALTESE, criação de
Hugo Pratt, cujos álbuns
inauguram o chamado
"romance em quadrinhos".
Corto Maltese é a grande criação
de Hugo Pratt. Este marinheiro correu o planeta em aventuras estranhas, sempre
acompanhado pela magia e pelo mistério de grandes enigmas da humanidade,
misturando factos reais com uma vertente fantástica enorme. É muito natural
encontrar Corto sobre a influência de cogumelos, viajando no mundo dos sonhos,
tocando por vezes no mundo real.
1968 (EUA)
– O desenhista Neal Adams
assume a arte do
personagem Batman, devolvendo-lhes
o aspecto sinistro,
como em suas primeiras
histórias.
1968 (ARGENINA)
- CHE, biografia do
guerrilheiro Ernesto"Che"
Guevara, por Hector
Oesterheld e Alberto
e Enrique Breccia (essa
HQ, no entanto, foi
um dos motivos que
determinaram o "desaparecimento"
de Oesterheld pela ditadura
argentina, em 1977.
A obra foi apreendida,
mas republicada recentemente).
Lançada originalmente em 1968 na
Argentina, apenas três meses depois da morte do guerrilheiro nas selvas da
Bolívia, teve papel essencial na popularização de Che como herói
latino-americano. O sucesso do álbum foi estrondoso e deu início a uma terrível
perseguição política aos autores. Em 1973 o livro foi proibido e a perseguição
culminou, em 1977, com a prisão, tortura e assassinato, pela Ditadura
Argentina, de Oesterheld e suas quatro filhas – uma história que chocou a
Argentina e o mundo.
1968 (JAPÃO)
– GOLGO 13, de
Saito Takao, o segundo
mangá mais vendido de
todos os tempos (atrás
apenas de Dragon
Ball).
Surge a revista SHOUNEN JUMP, o mais
conhecido título de
shounen mangá do
país, pela editora Shueisha
(é nessa revista que
surgiram os principais
sucessos do mangá
e, posteriormente, do
anime japonês, como Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Video Girl Ai, Yu-Gi-Oh!, One Piece
e Naruto);
1968 (EUA) - ZAP, ALL NEW ZAP COMICS. Roberto Crumb lança,
de mão-em-mão, o
primeiro número de
ZAP COMIX. De para
cá começou a aparecer
o head comix, HQ
cabeça. Em 1969
o quarto número da
revista ZAP é
apreendida pela polícia.
A revista Zap Comix não foi a
primeira publicação alternativa de quadrinhos, mas seu sucesso fez eclodir o
movimento que consolidou o Comix Underground (o quadrinho alternativo
norte-americano: comix diferencia-se dos comics comerciais) e seu criador, o
abilolado Robert Crumb, é considerado o influenciador dos artistas que se
preocupam em fazer quadrinhos fora das convenções do mainstream.
1968 (EUA)
- MR. NATURAL .
Criação de Robert
Crumb. Barba longa, carequinha, uma bata sujinha como única vestimenta,
Mr. Natural não é particularmente esperto ou sábio, não é especialmente intuitivo
ou perspicaz, é ligeiramente tarado, escatológico e profundamente antiético.
Ele distribui conselhos a um bando de seguidores à beira do retardamento
mental, e os conselhos são do tipo: "Quando acordar de manhã, você deve
lavar os pratos da noite. Então cante uma melodia qualquer, de sua própria
escolha. Então, chame por alguém - que não seja eu. Então vá até a mercearia e
compre alguns aspargos".
1968 (FRANÇA)
- SAGA DE
XAM, Criação de
Nicolas Devil. Extraterrena
vem ao nosso planeta
em diferentes épocas. Xam
é um planeta habitado
exclusivamente por mulheres.
Para salvar a raça
xamiana, a Grande
Senhora designa Saga
em missão à distante
Terra, cujos segredos poderiam
conter a chave da
vitória. Em sua
espaçonave de luz,
Saga atinge a Terra
em plena
época das cruzadas.
A partir daí começam
as aventuras de Saga
através de um
verdadeiro redemoinho
espaço-temporal-visual, entre o
surrealismo, a arte
nouveau e o
naturalismo desenvolve-se
o desenho de Devil,
explodindo nos poemas
visuais do fim.
É um dos mais raros e autênticos
exemplares de graphic novel psicodélica, sendo um símbolo artístico da segunda
metade do século 20. As detalhadas páginas de Saga de Xam foram desenhadas em
grandes quadros e, ao serem reduzidas ao tamanho de um livro, resultou-se na
diminuição das letras e é necessário uma lupa para lê-las.
O livro, impresso em
papel de 300 gramas, é extremamente raro e muito valorizado ao longo dos anos
por colecionadores de todo o planeta, mesmo por nunca ter sido reimpresso. Esta
obra é relacionada à emancipação sexual feminina dos anos 60.
1968 (FRANÇA)
- LA NEUVIÉME
ART. Depois do
movimento estudantil
na França, a esquerda
intelectual pegou nos
comics underground dos
EUA e a BD
tornou-se conhecida
como La Neuvième Art.
1969 (EUA)
- FALCÃO. Sam
Wilson adotou a identidade
de Falcão, tornando-se
o primeiro norte americano
negro a virar super
herói na Marvel. Suas
aventuras ao lado
do Capitão América trouxeram
tanta popularidade que
a editora resolveu dar
um passo umtanto
ousado para a época.
A partir da edição
134 da revista do
Capitão (fev. 1971),
a série deixou de
chamar-se simplesmente
Captain America para
virar Captain America and
The Falcon. Para os
complexos anos 70,
marcados pela luta
dos negros por direitos
iguais, parecia a
atitude correta que
um personagem de ideais
tão justas quanto Rogers
cedesse espaço no
título de sua revista
e seu parceiro.
Os heróis atuaram juntos
sob esse título conjunto
por mais de sete
anos, até a edição
222, de junho de
1978.
1969 (JAPÃO)
– KOZURE OKAMI
(Lobo Solitário),
de Kazuo Koike e
Gozeki Kojima (essa HQ,
na década de 80,
seria o responsável
pela entrada dos mangás
japoneses no ocidente),
e DORAEMON,
de Fujiko F. Fujio
(pseudônimo usado pela
dupla Hiroshi Fujimoto e
Motoo Abiko), um dos
mais famosos mangás infantis
do Japão.
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