Interrompemos
nossa Cronologia das Histórias em Quadrinhos por alguns dias para publicar
essas homenagens dos amigos
Mestre
do jornalismo
“Um mestre do jornalismo, da pesquisa e
das descobertas de grandes talentos; amante das artes de
uma maneira incomum,
um arquivo memorável de grandes histórias; um amante da música, da literatura,
do teatro, do cinema, mas acima de tudo dos quadrinhos. Sabe tudo! Um
conhecedor sensível do que há de melhor em termos de cultura ao seu redor e à
distância. Um amigo incansável, daqueles
que a vida nos premia com a generosidade farta que só os grandes seres humanos
possuem. Esse é Gutemberg Cruz!
“Tive o privilégio de trabalhar com ele
no Caderno de Cultura do Correio da Bahia, quando ele era o editor, numa época
em que este era sem dúvidas o melhor espaço impresso de divulgação e informação
para as artes de todas as tendências de Salvador. Que aprendizado maravilhoso!
Quantas viagens, entrevistas deliciosas, descobertas incríveis, conteúdo de
primeira; tantas matérias formatadas em seu arquivo pessoal, cedido à
publicação por seu generoso prazer de dividir conhecimento! Quanta sensibilidade
em perceber talentos que ainda pulsavam latentes em artistas que hoje brilham
no cenário internacional... O tempo passou depressa demais... Lá se vão alguns
pares de anos (não vou dizer quantos, nem sob tortura! rs), mas o privilégio
continua na amizade, no carinho, no respeito, traduzidos na admiração que tenho
por você! Obrigada por ter marcado a minha trajetória profissional tão
positivamente!
“Que seus 60 anos sejam um marco de
sucesso em todos os setores da sua vida e que continue fazendo o que lhe faz
feliz, porque você merece o melhor, por ser o melhor!” (Alcidéa de Oliveira – Jornalista – Rio de Janeiro – RJ)
Identidade
cultural
“No meu caso, falar de Gutemberg Cruz é
fácil. Conheci ele em 1997, época em que fundava o Jornal da Chapada. Não vou
esquecer nunca as dicas que me deu no início da careira como editora chefe de
um periódico regional. Sempre muito franco e prestativo, Gutemberg falava das
suas experiências como pesquisador de arte, cultura e política, e não hesitava
ao tecer críticas ao sistema. Nos vemos pouco devido ao corre-corre do nosso
trabalho, mas seu ofício a frente da assessoria de imprensa da UPB e como
escritor merece destaque, sem falar que nunca deixou de honrar a tarefa de ser
um olho público em uma época em que falta opinião dos jornalistas.
“Exímio comunicólogo e pesquisador,
Gutemberg, além de conhecer a Bahia, tem conhecimento da identidade cultural e
administrativa de muitos municípios especialmente os da Chapada Diamantina.
Eterno guardador de datas alusivas à imprensa baiana, eu mesmo me reportei
muitas vezes aos seus préstimos nesse sentido. Acredito que nenhum jornalista
do interior, por mais experiente que seja, tenha tantos elementos informativos
sobre a imprensa regional e da capital do que Gutemberg Cruz”. (Deninha Fernandes. Editora Chefe do Jornal
da Chapada)
Pura
Paixão
“Gutemberg, você foi um dos heróis da
minha adolescência. Você faz parte de uma das coisas mais especiais que vivi na
minha adolescência que foi meu encontro com os quadrinhos. É verdade que eu já
pesquisava, já tinha iniciado minha aventura em torno dos quadrinhos quando te
conheci. Mas você me proporcionou algumas experiências fantásticas! Robert
Crumb, foi você quem me apresentou. E que apresentação! Jamais vou esquecer uma
manhã dentro da Fundação Casa de Jorge Amado quando você exibiu um documentário
sobre o mestre, durante um curso sobre a história dos quadrinhos, que tive o
prazer de participar. Foi lá que criei Dona Dedé, meu primeiro personagem
verdadeiramente pensado, pesquisado e registrado.
“Foi você quem me fez procurar o Lage,
na TVE, com minhas histórias de Dona Dedé debaixo do braço. Ele leu cada página
que mostrei, deu risada, e me incentivou a produzir mais.
“Uma história de participação,
envolvimento e realização nas artes gráficas, aqui na Bahia. Como não admirar e
não ser grato a Gutemberg Cruz?
“Como não se orgulhar? E eu sei que ele
dedicou muitos anos de sua vida aos quadrinhos, a movimentação, à realização de
eventos por pura paixão. Não foi favor a nada nem a ninguém. Foi amor! Parabéns
Gutemberg!” (Wilton Bernardo, artista gráfico)
Sorrimos,
brigamos e voltávamos ao grude de sempre
“Não tem distância certa Eu tinha 16
anos quando vi Gugu pela primeira vez, no nosso segundo ano do curso
científico, no Central. A gente colou de um jeito que onde um estivesse o outro
também estaria. Fora as reuniões do Clube de Quadrinhos, eu estava em todas as
ondas. Os amigos da época eram Paulo Dourado, que partiu pra o teatro, e
Gaudemar, um magrinho de Catu que já bebia e fumava feito uma caipora, enquanto
eu e Gugu vibrávamos só em pensar no sorvete vendido na porta do colégio. Gugu
era a minha conexão com as letras, com a arte.
“Por causa dele, antes de entrar na
Ufba, eu já vivia em consumindo livros, frequentando salas de cinema, em
exposições, shows. Já na EBC (hoje Facom) eu e uns outros fazíamos farra e ele
me levava pra casa depois de longa espera pelo último buzu que pegava a gente
na Barroquinha pra deixar na Cidade Nova. Minha família gostava porque eu
chegava pelas mãos de um cara sério, sóbrio. Meu irmão mais velho, Tom, curtia
a cultura musical de Gugu e trocavam em miúdos durante horas tudo sobre a bossa
nova e outros sons.
“Sorrimos muito, brigamos demais e
voltávamos ao grude de sempre sem nem precisar um pedir perdão ao outro.
Fizemos caminhos diferentes no jornalismo, mas ficaram pra sempre as lembranças
bacanas e engraçadas como do tempo da Rádio Cruzeiro, quando o nosso chefe, seu
Alírio, aconselhava a gente assim: ‘Não andem com viados porque não fica bem
pra vocês’. É isso. É tudo isso. Gugu, você sempre vai estar na minha vida,
ainda que eu esteja em outro continente. Ninguém lhe esquece. E salve o mais
novo sessentinha. Vida longa!!” (Marlene Lopes, jornalista, Gerente na empresa Núcleo
de Comunicação - Angola)
Marlene
(foto) na época do relato
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