1965 (BRASIL)
– Gedeone Malagola lança
pela Gráfica e Editora
Penteado (GEP) o
personagemRAIO
NEGRO.A origem de Raio, lançada no no. 1, era toda baseada
no personagem norte americano Lanterna Verde. Assim como o clone americano,
Raio também era um piloto aéreo, o oficial da FAB Roberto Sales. Na época, a
corrida espacial estava a todo vapor e o Brasil não podia ficar de fora. Assim,
Sales foi o primeiro astronauta brasileiro lançado no espaço. Uma vez fora da
atmosfera, Sales faz contato com um disco voador avariado. Seu ocupante, Lid,
de Saturno, está incapacitado devido aos ferimentos e orienta o terrestre para
que ligue uma espécie de piloto automático que levará o disco de volta ao
planeta de anéis. Agradecido por ter se arriscado para salvá-lo, Lid o
presenteia com um estranho anel, uma arma na verdade, chamada Anel de Luz
Negra, feita com a energia magnética de Saturno, capaz de tornar o terrestre
num verdadeiro super-homem. Foi um
dos primeiros super-herói brasileiro que
mais fizeram sucesso entre os superpoderosos fantasiados criados no País.
1965 (EUA)
- Primeira aparição da
TURMA TITÃ, equipe formada
pelos ajudantes mirins dos
heróis da DC Comics,
na revista The
Brave and the Bold 60, por
Bob Haney e Nick
Cardy (nos anos 80,
a equipe seria reestruturada,
e sob o nome
Os Novos Titãs, viveria
sua melhor fase nas
histórias escritas por
Marv Wolfman e desenhadas
por Geoge Pérez).
1965 (ITALIA)
- Acontece o Primeiro
Congresso Internacional
de Quadrinhos, em
Bordighera (sucedido,
no ano seguinte,
pelo festival de quadrinhos
de Lucca, um dos
mais importantes do
mundo. É no festival
de Lucca que é
entregue o prêmio
Yellow Kid, uma das
mais importantes premiações
para HQ do mundo
(o Yellow Kid foi
considerado o Oscar
das HQ antes da
instituição do prêmio
Eisner)
1965 (EUA) – Criado por Dave Wood
(roteiro) e Carmine Infantino (desenhos) para a revista Strange Adventures
(n.180): O HOMEM ANIMAL. O homem com
poderes animais tinha uma estranha aura que fascinavam os leitores, mas,
aparentemente, nunca os editores. Entre 1965 e 1967 ele teve cinco aventuras
publicadas, para então permanecer no limbo o esquecimento até 1980.
1965 (ITÁLIA)
– Surge a célebre
revista humorística
LINUS.
1966 (JAPÃO)
– MACH GO
GO GO (Speed Racer),
de Tatsuo Yoshida, que
gerou a famosa série
de anime.
1966 (BRASIL) – A pedido do
editor Mino Carta, Mauricio de Sousa lança um personagem bem inusitado nas
páginas do jornal da Tarde. A série NICO
DEMO tinha histórias mudas, em que um garoto de cabelo em formato de
chifrinhos tentava ajudar as pessoas, mas acabava causando todo tipo de
desastre.
1966 (JAPÃO)
- Estréia o anime
MAHOU TSUKAI
SALLY, criação
de Mitsuteru Yokoyama,
série precursora do gênero
Mahou Shoujo (meninas
mágicas). Representantes
famosas, nos mangás,
desse gênero são as
séries Sailor Moon e Sakura
Card Captor; Hani Hani no Suteki na Bouken
(Honey Honey), de Hideko
Mizuno, uma das
pioneiras desenhistas
mulheres de shoujo mangá, até
então elaborados por homens
- a partir de
então, os shoujo
mangá
passam a ser elaborados
exclusivamente por mulheres.
1966 (FRANÇA)
- JODELLE. Criação de
GuyPellaert e Pierre
Bartier. Representa
a introdução da pop
art nos quadrinhos.
Trata-se de um
hino à beleza pagã,
ao não-conformismo e
à liberdade. A personagem
foi baseada na pop
music francesa Sylvie Vartan.
Jodelle é uma espiã que vive em um Império Romano futurista e trabalha para uma
versão satírica do Imperador Augusto. Les Avantures de Jodelle foi uma graphic
novel publicada em 1966, inicialmente na revista Hara Kiri. Em sua missão, a
agente sexy de cabelos ruivos e formas generosas infiltra-se no palácio de uma
rainha a fim de roubar-lhe o diário.
1966 (ITÁLIA)
- SALÃO DOS QUADRINHOS
EM LUCCA.
O professor da Universidade
de Roma, Romano Calise,
convenceu o prefeito
Martinelli a hospedar
o Salão dos Quadrinhos
em Lucca, prometendo
associar o nome
da cidade toscana aos
dos comics, no mundo
todo. Lucca, seria a
Cannes dos Quadrinhos.
E assim foi. O
cineasta Federico Fellini,
declarou a imprensa
que cobria o Festival
de Lucca: “Se fiz
cinema, devo aos
quadrinhos”.
1966 (EUA)
- SURFISTA PRATEADO.
Criação de Stan
Lee e John Buscema.
Herói mais cultuado da
Marvel Comics. Um tipo
romântico. Um ser
errante nas ondas
do cosmo. O vigilante
do espaço. Roupa indestrutível
de prata. Prancha galática.
Cheio de problemas
existenciais. Ironicamente,
quando surgiu, estava a
serviço de um
dos maiores vilões: Galactus.
Desafiar o mestre
o fez um herói.
Apelo intelectual para
leitores de nível.
O personagem, um dos mais
cultuados das HQs em todos os tempos, foi criado em 1966 pelo roteirista Stan
Lee e pelo artista Jack Kirby como uma adição não planejada a história do
Quarteto Fantástico que apresentaria o predador de planetas Galactus. Kirby deu
a idéia, pois achava que o todo-poderoso ser cósmico precisava de uma espécie
de arauto. A prancha, grande destaque do personagem, foi adicionada porque o
desenhista já estava cansado de espaçonaves. Inicialmente desconfiado da idéia
do parceiro, Lee começou a dar uma caracterização e profundidade ao Surfista.
Após a publicação da história, os escritórios da Marvel foram inundados de
cartas positivas dos fãs, clamando por mais aparições do herói, que ganhou uma
história solo em novembro de 67. na quinta edição de "Fantastic Four
Annual", e um título próprio no ano seguinte. Vários escritores e
desenhistas de renome deram sua contribuição ao Surfista, tais como John
Buscema, Möebius e Jim Starlin.
O Surfista Prateado era
originalmente Norrin Radd, um jovem nobre astrônomo do planeta Zenn-La.
Concordou servir como arauto a entidade semideus Galactus, a fim conservar
Zenn-La. Os poderes enormes concedidos, uma película prateada sob a pele e um
veículo espacial similar ao formato de uma prancha de surfe - modelada a partir
de uma fantasia de infância de Radd - o permitem vaguear pelo cosmos,
procurando por planetas novos e desabitados para que Galactus os consuma.
1967 (FRANÇA)
- PRAVDA, LA SURVIREUSE. Criação
de Guy Pellaert.
Reforma ao máximo
os seus potenciais
eróticos: mini-saia
pela cintura, coxas enormes
e grandes botas pretas.
Foi inspirada na cantora
Françoise Hardy. A
heroína circula no
seu bolide de duas
rodas, chefiando uma gang
feminina, precursora
das radicais Woman´s Lib.
A personagem é da safra de
heroínas eróticas europeias que surgiram no rastro de “Barbarella”. Mas
“Pravda” bebia nas águas do psicodélico e da chamada “pop art”. Publicada
originalmente em capítulos, na revista francesa Hara-Kiri, a protagonista é
líder de uma gangue de motoqueiras que percorre os Estados Unidos quase nua,
vestindo vistosas botas pretas e com fisionomia calcada na cantora Françoise
Hardy.
Pravda , La
Survireuse:
https://www.youtube.com/watch?v=CZKpXf43OfI
1967 (FRANÇA) – BLANCHE EPIPHANIE. Criação do desenhista Georges Pichard. Blanche era uma heroína romântica ingênua. Com um humilde emprego de entregadora de cheques, ela passava as noites remendando os trapos que de dia eram rasgados pelos clientes do banco, que sempre a assediavam. Mas a moça tinha um defensor mascarado, o herói Défendar, identidade secreta de um estudante de ciências, vizinho do quarto da moça. A história foi publicada com muito sucesso pela V Magazine e depois dela vieram outras heroínas criadas por Pichard, a maioria loiras, rechonchudas e com sardas no rosto.
1967 (FRANÇA)
- BANDE DESSINÉE
ET FIGURATION
NARRATIVE, Exposição
de quadrinhos no Museu
du Louvre
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encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço
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(Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras,
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