1948 (ITÁLIA)
– TEX, de
Giovanni Luigi Bonelli
e Aurelio Galleppini
(é o início da
Casa Bonelli -anteriormente,
Edizioni Audace, atualmente
Sergio Bonelli Editore -
, a maior editora
das HQ italianas),
que posteriormente, sob
o comando de Sergio
Bonelli, filho de
Giovanni, lança títulos
célebres: Zagor
(1961),
de Guido Nollita – pseudônimo
de Sérgio Bonelli – e
Gallieno Ferri], Mister No (1975,
de Nollita e Ferri),
Ken Parker (1977,
de Giancarlo Berardi e
Ivo Milazzo, considerada
a melhor HQ de
faroeste da editora),
Martin Mystère (1982,
de Alfredo Castelli),
Dylan Dog (1986,
de Tiziano Sclavi) entre
outros.
Tex Willer surgiu em revista
semanal como um cowboy solitário. Depois, vira ranger. Casou-se com Lilith, uma
índia dos Navajos. Kit Carson entrou na história. E o índio Tiger Jack. O
personagem antecipa o spagetti western do cinema italiano, pois foi pioneiro em
retratar a saga da conquista do oeste norte americano, com os olhos italianos.
1948 (ITALIA) - Tex nasceu num
momento difícil para seu país de origem. Era o pós guerra e a Itália tentava se
reorganizar. Quase tudo ia mal, exceto a produção dos quadrinhos que, àquela
altura, começava a crescer. Durante a II Guerra Mundial, Mussolini,
inesperadamente, riscou do mapa os quadrinhos americanos (com exceção de
Mickey), a ponto de os desenhistas locais serem convocados para terminar às
pressas as aventuras já iniciadas de Flash Gordon, Mandrake e outros. Se, por
um lado, isso deu margem a edições apócrifas desses personagens, por outro serviu
par estimular a produção nacional e proporcionar o surgimento de novos
talentos. Muitos profissionais se formaram e se aperfeiçoaram nesse período. Um
novo estilo editorial começava a se firmar – as revistas em forma de tiras.
Pequenas, em formato horizontal e tiragem semanal, 32 páginas com cerca de três
quadros cada uma, elas logo se tornaram um must na Itália, não só por causa do
preço acessível, mas também pelo seu conteúdo. O formato de tiras durou quase
20 anos. Do primeiro número, em 1948, até o último, em 1967, foram 36 séries,
que correspondiam a um número ainda maior de aventuras. Quando as histórias em
tiras s esgotaram, Bonelli e sua equipe foram produzindo outras inéditas e
dando prosseguimento à série.
1948 (ITALIA) – No início Tex
cavalgava sozinho. Seu cavalo, Dinamite, nem sequer tinha nome. Mas, aos
poucos, foram surgindo os seus pares, autênticos companheiros de aventura. O
primeiro deles foi o índio Jack Tigre. Mais tarde foi a vez de Kit Carson.
Finalmente o próprio filho de Tex, Kit Willer, fruto de sua união com a bela
índia Lilyth (Lírio Branco), filha do chefe navajo Flecha Vermelha. Daí a
estreita ligação de Tex com os índios, dos quais é um dos mais ardorosos
defensores contra o massacre indiscriminado imposto pelos brancos.
1948 (EUA) – Spencer Gordon
Bennett e Thomas Carr realizam o seriado cinematográfico com o heroi de
quadrinhos Brick Bradford.
1948 (ITALIA) – A Casa Editrice
Arc lança La Jungle, publicação semanal com Pantera Bionda. O
palco era
as selvas de Bornéu e os inimigos, soldados japoneses invasores. Foi publicado
durante dois anos (1948-50) em 108 números de La Jungle. E acabou sendo vítima
da furia dos moralistas italianos que a achavam imoral. A pressão foi tanta que
a partir do n.33, a tanga da garota começou a aumentar. E continuou crescendo.
De duas peças passou a uma só, cobrindo cada vez mais seu corpo. Logo, a tanga
acabou virando um saiote. Até quer, para ridículo da situação, Pantera Bionda
passou a usar um vestido de manga. Pantera Bionda foi escrito por Gian Giacomo
Dalmasso e
desenhada por Enzo D. Magni (Ingman).
1948 (EUA)
- POGO. Criação
de Walt Kelly, personagem
central de uma
complexa fábula satírica
sócio-política. Uma característica:
as letras nos balões
eram inusitadas: um
tipo prolixo, por exemplo,
tinha letras góticas. É
a primeira reação americana
à crise, com animais
questionando os seres
humanos.
1948 (EUA)
– A Marvel lança a revista
All-WesternWinners 2,
com a primeira aparição
do CAVALEIRO NEGRO.
Ele veste capa e
roupa preta e uma
máscara para esconder
o rosto, caça os
bandidos com seu
cavalo, Satan. Assim
ficou conhecido o Cavaleiro
Negro, temido por bandidos
de todo o Oeste.
No Brasil foi publicado
pela RGE e chegou
a alcançar mais de
200 edições.
1948 (BRASIL) – Gilberto Freyre
defende o valor educativo das histórias em quadrinhos na Câmara dos Deputados,
quando parlamentar pelo seu Estado, Pernambuco, eleito pelos universitários.
Ele queria que fosse consagrado esse gênero e pedia que, através dos
quadrinhos, fossem divulgadas às crianças e adultos a vida de grandes
brasileiros como José Bonifácio, Oswald Cruz, Vital Brasil, Santos Dumont,
Cândido Rondon e mitos outros. E citava a advertência de uma psicóloga para
quem os símbolos, as imagens e s desenhos de boas HQs ajudam até mesmo os
adultos de hoje a ajustarem suas personalidades ao mundo contemporâneo, mais
existencial do que abstrato.
1948 (EUA) - O desenhista Charles
Schulz vende seu primeiro cartoon ao The Saturday Evening Post
1948 (BRASIL) – Millor Fernandes
assinando Vão Gõgo e Carlos Estevão lançam no Diário da Noite a tira cômica
diária, Ignorabus, o Contador de Histórias.
1948 (EUA) – A Columbia Pictures
produz o seriado de 15 capítulos Superman, com Kirk Alyn no papel principal.
1948 (EUA) – Rube Goldberg ganha
o prêmio Pulitzer graças às suas charges políticas.
1948 (BRASIL) – A Editora Brasil
América lança a revista Mindinho, onde, entre os personagens Hortelino
Troca Letras, Gaguinho, Laura Jane e Tiguinho, surgia Pernalonga - o irrequieto coelho dos desenhos da Warner
que, mais tarde, ganharia sua própria revista.
1948 (EUA) – Um novo filme, O
Amigo Alegre estreia com um fabuloso contrato para a televisão tendo como
personagem principal Cisco Kid. Com o sucesso, a série de tevê foi
imediatamente adaptada para quadrinhos.
1948 (EUA) – Tim Holt era
um popular cowboy de westerns B produzidos pela RKO que acabou
chamando a
atenção de Vincent Sullivan e Raymond Krank da Magazine Enterprises. Licenciar
cowboys do cinema para publicação em quadrinhos já não era mais novidade na
época. Hopalang Cassidy, Tom Mix, Gene Autry e Roy Rogers já estavam nos
quadrinhos há algum tempo. O escritor Gardner Fox e o desenhista Frank Bolle
transportaram para o papel as aventuras do famoso cowboy das matinês. O n.14 da
revista A-1 Comics foi um sucesso, mais dois números de A-1 com Tim Holt
novamente um grande êxito.
1948 (FRANÇA) – Em 16 de julho a
França resolve impedir que “os efeitos maléficos” (vingança, homicidio, conduta
imoral) promulgando uma lei destinada a controlar, sob a diligência de uma
comissão nomeada pelo Ministério da Justiça, as várias publicações apresentadas
aos jovens. O artigo II desta lei (lei 49/956) estipulava que tais publicações
não deviam incluir “qualquer ilustração, narrativa, cronica, rubrico ou
inserção que apresentasse sob um aspecto favorável o banditismo, a mentira, o
roubo, a preguiça, a tibieza, o ódio, a depravação ou quaisquer atos
qualificados como crime ou delito, ou de natureza a desmoralizarem a infância e
a juventude”. E foi justamente a revista Tarzan a mais combatida porque atingiu
uma tiragem de 300 mil exemplares. O que se reprovava em Tarzan era quase a
nudez do herói, considerada chocante. Também se resmungava com as curvas
sugestivas das heroínas.
1948 (ITÁLIA) – A produção
italiana do pós guerra se diferenciava da internacional porque incorporou um
gênero literário muito popular na época, o folhetim. Finalizando a história em
seu momento mais emocionante e deixando um gancho para o capítulo da semana
seguinte - tal como os famosos seriados do cinema ou as novelas televisivas, os
folhetins encantaram uma geração e alcançaram na Itália a sua expressão máxima,
favorecendo o surgimento de grandes impérios editoriais especializados nesse
tipo de literatura.
1948 (EUA) – É lançado o primeiro
número da revista The Lone Ranger com reprises das histórias de jornal
de Charles Flanders. Só no começo da década de 50, a partir do n.38 de sua
revista, surgiram histórias inéditas. Eram escritas por Paul S. Newman e
desenhadas por Tom Gill. Com isso a revista teve sucesso e circulou até o n.145
(1962) e foi retomada de 1964 a 1977 (mais 28 números).
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