1935 (EUA)
- Milton Caniff cria
na série Terry e
os Piratas uma das
mais interessantes personagensfemininas dos quadrinhos:
Dragon Lady, ou MADAME DRAGÃO. Ao
que parece, Caniff se
inspirou em Joan
Crawford, em um
recorte de jornal
sobre uma mulher pirata
que teria existido de
fato e aterrorizado
os mares da China
nos anos 30 e
em uma lenda chinesa,
segundo a qual
o espírito dos dragões
encarnaria em certos
seres humanos que se
tornariam perigosos
e ameaçadores. Dragon
Lady é, de fato,
um pouco disso tudo.
Uma mulher lindíssima,
meio oriental meio ocidental,
cujo nome verdadeiro
é Lai Choi San,
ou seja, Montanha de
Riqueza, e que
lidera um bando de
piratas.
1935 (IUGOSLÁVIA)
- Andrija Maurovic publica
a história FIANCÉE
OF A SWORD
na revista Oko. É
a primeira publicação
em quadrinhos local.
1935 (BRASIL)
- A Gazeta lança
o tabloide A GAZETINHA
até 1939.
1936 (EUA)
- Surge MARGARIDA, a namorada
do Pato Donald.
1936 (BRASIL)
- Globo lança a
revista GIBI que circula
até 1950.
1936 (EUA)
– GREEN HORNET (Besouro Verde)
estréia no rádio,
criação de George
Trendle e Fran
Striker (o personagem
chega aos quadrinhos
na década de 40).
1936 (PORTUGAL)
Surge a revista O
MOSQUITO, um
dos mais importantes
títulos de HQ
(por lá, Banda
Desenhada
ou BD)
do país. A revista
publica material de
artistas estrangeiros
e locais; destes, um
dos mais importantes
foi Eduardo Teixeira Coelho
(E. T. Coelho ou
ETC);
1936 (BRASIL)
- Carlos Thiré passa
a desenhar no Suplemento
Juvenil publicando
as histórias 0 Gavião de Riff
(nº185), Raffles
(nº210), O Senhor do Oitavo
Pilar (nº255), A
Volta de Raffles (nº387) entre
outros. Seu traço,
simples mas elegante,
fino e requintado,
tornou-o um dos
desenhistas mais apreciados
daquele período: 1936/40.
1936 (BRASIL)
- O personagem
Popeye, de Elzie
Segar chega ao Brasil,
sob o nome de
Brocoió,
no Suplemento Juvenil. A
popularidade internacional
do marinheiro era tal
que Monteiro Lobato o
aproveitou em Memórias
de Emília, uma coletânea
de contos com os
personagens do Sítio
do Picapau Amarelo. Numa
das histórias do livro,
Popeye encarna o colonialismo
americano e vem
ao Brasil para levar
embora o anjinho da
asa quebrada, caído no
sítio de Dona Benta.
Enganado pelos moleques
do sítio, Popeye tem
roubado sua lata
de espinafre que é
substituída por taioba
cozidinha e batida.
Privado de sua
fonte de força, o
marujo toma a única
sova de sua carreira.
1936 (EUA)
– Aproveitando o sucesso
de Mandrake, o King
Features deu ao
roteirista Lee Falk a chance
de criar um outro
personagem. Surgiu assim
o FANTASMA (The Phantom),
primeiro herói mascarado
que estreou nos jornais
norte americanos em 17
de fevereiro de 1936,
em tiras diárias, ganhando
três anos depois (maio
de 1939) a sua
página dominical. As histórias
geralmente começam com
um retrospecto que
conta a origem da
lenda do Fantasma:
“Há 400 anos, um
navio foi atacado por
piratas na costa
de Bengala. Seu único
sobrevivente foi salvo
por nativos e fez
um juramento: combater a
pirataria sob todas
as formas. Surgiu assim
a lenda do Fantasma”.
O Fantasma,
portanto, pertence a
uma nobre dinastia de
Fantasmas que durante
a segunda metadedeste
milênio tem agido
em nome da Justiça.
Tido pelos nativos como
imortal, na verdade
o Fantasma cede o
lugar ao seu sucessor
quando se aposenta,
e o uniforme é
passado de pai
para filho por gerações
sucessivas. O mistério
que ronda o personagem
parece ter sido um
dos principais fatores do
seu sucesso. Embora todos
os leitores saibam que
ele se chama Kit
Walker, seu rosto
jamais foi mostrado.
Mesmo quando o Fantasma
esconde a fantasia
e se disfarça para “percorrer as
ruas da cidade como
um homem qualquer”,
sua aparência é ainda
mais misteriosa, com
chapéu, capote e
óculos escuros. Um personagem
meio fantástico, mascarado,
dominando as selvas
de Bengala com a
ajuda dos pigmeus do
experiente Guran, morando
na caverna da Caveira,
contando também com
a solidariedade de
Capeto, o cão-lobo,
e de Herói, o
cavalo. Depois, o
Fantasma teria a
amizade de Diana
Palmer, a moça
da sociedade que encontra
nele, e no seu
mistério, o que
convém às garotas fascinadas
pelos príncipes encantados.
No Brasil
o Fantasma era exclusividade
do Correio Universal.
Em agosto de 1939
passa a sair no
Globo Juvenil, e posteriormente
também no Gibi. Em
1953 ganha revista própria
pelo selo da Rio
Gráfica. 1936 (EUA)
- Aproveitando o
sucesso de Mandrake,
o King Features deu
ao roteirista Lee Falk a chance
de criar um outro
personagem. Ele foi
o eterno noivo de
Diana. Finalmente casava em
1987. Único herói em
quadrinhos a morrer:
a tarefa de lutar
contra o crime era
transmitia de pai
para filho. Antes alienado,
agora consciente.
1936 (EUA)
- Ka-Zar, conhecido
como o Senhor da
Terra Selvagem, a Marvel,
é um dos personagens
mais antigos da "Casa
das Ideias", e
nasceu nos pulps para
depois migrar para os
quadrinhos. A primeira
versão de Ka-Zar surgiu
na década de 1930.
O personagem se chamava
David Rand e era
uma das diversas "cópias"
de Tarzan existentes
naquele período, como
Sangroo, Kwa, Kroom,
Kooga, Ki-Gor, Sheena e
Jan of the Jungle.
O herói também era
conhecido como Ka-Zar
the Great (que pode
ser traduzido livremente
como Ka-Zar, o Glorioso).
Sua primeira aparição ocorreu
nas páginas da revista
pulp Ka-Zar # 1,
de outubro de 1936,
da Manvis Publishing,
um dos diversos selos
editorias de Martin
Goodman, que também
era o dono da
Timely Comics (que, posteriormente,
viraria a Marvel).Ka-Zar
apareceu nos quadrinhos
em Marvel Comics # 1, o
primeiro título da
Timely.
Essa aventura foi adaptada
por Ben Thompson,
baseada no conto
King of Fang and Claw, originalmente
escrito por Bob
Byrd
1937 (EUA)
- Outro grande desenhista,
Burne Hogarth, dá o
visual definitivo aos quadrinhos
de TARZAN.
O traço vigoroso de
Hogarth foi considerado
o Michelângelo dos
comics. Figurativismo
clássico. Num período
de insegurança, o
herói surge como auxílio,
pois as vitórias imaginárias
do personagem compensam
as falhas da realidade.
1937 (EUA)
- PRÍNCIPE VALENTE.
Criação de Harold
Foster. O jovem
impetuoso Val cresceu,
transformou-se em cavaleiro,
amante, esposo e,
finalmente, pai de
criança. É uma
novela épica. A série
de Príncipe Valente acompanha
sua infância, adolescência,
vida adulta e mesmo
velhice, provida até
mesmo de netos, coisa
inédita e possivelmente
única no mundo dos
grandes aventureiros
dos quadrinhos. O
drama humano do nascimento,
amor, bravura, alegria, dor
tratada com honestidade
e realismo. É a
Idade Média representada
nos quadrinhos. Foi
o primeiro quadrinho
a virar superprodução
hollywoodiana em vez
de seriados e filmes
classe B, com Robert
Wagner no papel principal.
Não se
tratava de uma
tira, mas de uma
prancha dominical
que primava pela ilustração
impecável, enquanto desenho
e reconstituição da
Idade Média, e por
um texto de primeira
qualidade que se
equilibravam tão bem
que seu autor dava-se
ao luxo de recusar
o uso dos balões.
Na série, seu criador
utilizou como base
para suas narrativas,
acontecimentos e lendas
coletados em centenas
de livros sobre a
idade média. O Príncipe
Valente nunca existiu
em tiras diárias. Produzido
originalmente em cores,
no entanto, mesmo hoje,
em coleções retrospectivas
em diversos países do
mundo, é reeditado
em preto e branco.
1937 (ITÁLIA)
- Rino Albertarelli
e Walter Molino criam
KIT CARSON. O
surgimento do fumetto
a cavallo (versão do
western americano)
só veio reforçar o
mito da bravura indômita
invencível dos cowboys
celerados e seu
estilo de vida.
1937 (EUA)
- TOM E
JERRY. Criação de
William Hanna e
Joseph Barbera. Os personagens
- o rato e
o gato - vivem
as situações mais incríveis
que terminam, invariavelmente,
numa perseguição desenfreada
por cômodos e ruas,
às vezes com a
vitória de Tom
com Jerry triunfando.
A dupla deu a
Metro a oportunidade
decompetir no mercado
de animação com a
Warner Brothers e a
Columbia. Tom &
Jerry eram os desenhos
mais caprichados tecnicamente
de sua época. Eram
também os mais rápidos
e os mais violentos.
A questão
da violência foi longamente
discutida entre Hanna,
Barbera e a
MGM. Tom seria submetido
a toda espécie de
desastres, nas suas
tentativas de capturar
Jerry, mas, por mais
cruel que fosse o
tratamento que o
rato lhe dispensasse,
reaparecia sempre ileso
no fragmento seguinte.
Tom teria de despertar
medo, mas também piedade,
e Jerry deveria ser
querido, apesar de
inevitavelmente vencedor.
As crianças assimilaram
bem aquela violência
- achavam eles -,
porque, comparativamente,
ela ainda seria menor
que a dor dos
filmes dos Três Patetas.
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2 comentários:
Gutemberg... Parabéns pelo Blog... só gostaria de retificar que O Fantasma não era exclusidade do Correio Universal, apesar da publicação da primeira tira do O Fantasma foi no American Journal em 17 de fevereiro de 1936, no Brasil, sua primeira publicação ocorreu em 28 de março de 1936, nas paginas do Correio Universal, uma publicação carioca independente, que circulava aos sábados em 220 jornais do pais naquela época, segundo o jornalista Sergio Augusto, renomado articulista de quadrinhos dos anos 60, escreveu no jornal O Estado de São Paulo e depois foi na "Gazeta Infantil" edição 169, publicado em Dezembro de 1936.
Com o lançamento do O Globo Juvenil em 12 de junho de 1937 as historias do O Fantasma começaram na edição de nº 12 deste semanário com a segunda historia do Fantasma chamada “Os Piratas do Céu” que, fora publicada pelo “Correio Universal” em 1936 e republicada num encadernado em 1937.
No GIBI trisemanal, as historias do Fantasma teve uma chamada de capa no numero 33 em 02 de agosto de 1939 e saindo com a historia “A liga dos homens perdidos” no numero 36 deste semanário com o nome de “O Fantasma Voador”.
Bom dia... continuando na ideia de aprimoramneto de informações para seu blog... gostaria de retificar a informação que voce colocou.."1936 (BRASIL) - Globo lança a revista GIBI que circula até 1950."... na realidade o Gibi começou em 19 de abril de 1939 e terminou no numero 1739 em 31 de maio de 1950.
Como tambem quando voce informa sobre o inicio das publicações das historias do O Fantasma no Brsil..."No Brasil o Fantasma era exclusividade do Correio Universal. Em agosto de 1939 passa a sair no Globo Juvenil, e posteriormente também no Gibi."... na realidade ele começou a sair no Correio Universal em 16 de março de 1936 e na Gazeta Infantil em Dezembro de 1936, no O Globo Juvenil em julho de 1937 e no Gibi em agosto de 1939. Espero que tenha contribuido para manter seu blog bem informado.
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