14 fevereiro 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (28)



1940 (EUA) - A primeira super-heroína dos comics foi BLACK WIDOW. Ela apareceu na revistaMystic Comics 4 (agosto). Todos os superpoderes que possuía lhe foram dados pelo Satanás. Ela era uma médium que, assassinada, foi para o Inferno. Lá, o Diabo a transformou em Black Widow, para que ela voltasse ao mundo dos vivos e matasse o maior número possível de bandidos, a fim de povoar o Inferno. Infelizmente, ela não conseguiu matar muitos bandidos, pois teve quatro histórias. Seus atores: George Capitan e Harry Sahle. Mais tarde, a Marvel publicou uma outra heroína com o mesmo nome, mas sem nenhum parentesco com essa diabólica primeira super heroína dos comics.


1940 (EUA) - Os animadores Max e Dave Fleischer adaptaram com sucesso para o cinema 17 das histórias de Superman.

1940 (EUA) - Em fevereiro, ondas sonoras transmitiam as frases hoje quase legendárias:Mais rápido que uma bala! Mais poderoso que uma locomotiva! Capaz de pular por cima de altos prédios com um simples salto! Veja! no céu! È um pássaro! È um avião! È o Super Homem!, estranho visitante de outro planeta, que veio à Terra com poderes muito maiores que os dos mortais. Super Homem, que pode mudar o curso de grandes rios, dobrar barras de aço com as mãos; e que, disfarçado como Clark Kent, tímido repórter de um grande jornal de Metrópolis, luta uma batalha sem fim a favor da verdade e da justiça!. Era com essas palavras que, todos os dias da semana começava um novo capítulo das Aventuras de Super Homem no rádio. A princípio, os responsáveis pelo programa pensaram em usar dois atores para marcar a diferença entre Clark e Super Homem. Mas, depois, Clayton Collyer fez os dois papéis, interpretando Clark com voz de tenor, e Super Homem como barítono. E a transformação era mostrada aos ouvintes com a mudança de voz no meio da frase:Isto é um trabalho para o Super Homem!.

1940 (AUSTRÁLIA) - A garota selvagem KAZANDA (Kazanda, the Wild Girl) criada peloneozelandês Edward Brodie Mack (desenhos) e Peter Amos (pseudônimo do roteirista australiano Archie E. Martin) foi a primeira estrela dos comics books australianos a conseguir espaço no concorrido mercado norte-americano. Nos EUA apareceu em Rangers Comics. Flores enfeitando os cabelos negros, vestido sumário de pele de leopardo, a moça destacava-se das demais jungle girls por usar sapatos e ser dotada de poderes psíquicos.


1940 (EUA)Começam a circulam as chamadas DIRTY COMICS (ou eight pagers, por serem em formatinho e geralmente com oito páginas), revistas clandestinas escritas por autores anônimos, carregadas de deboche e sexo explícito.

1940 (EUA) - Num domingo, dia 02 de junho, nas páginas do The Detroit News os leitores se depararam com um novo personagem na página dos quadrinhos: era o criminologista e detetive particular Denny Colt, perseguidor implacável de um arqui-inimigo da humanidade, o famigerado Dr. Cobra. Com uma técnica expressionista de sombra e luz (tendo como cenário becos e sarjetas, docas e cemitérios), com enquadramentos ousados (uma lápide em primeiro plano, contra o céu sem cor rasgado por árvores sem folhas), cortes sonoros e técnica cinematográfica, a aventura significaria para os quadrinhos algo semelhante ao que Cidadão Kane, de Orson Welles, representou para o cinema.

No primeiro e antológico episódio da série, ao penetrar no covil do Dr. Cobra, Denny Colt, atingidopor uma terrível descarga de um produto químico, é dado como morto pelos médicos legistas. Enterrado no Wildwood Cemetery, ele renasce horas mais tarde, arromba a própria tumba e retoma a perseguição ao Dr. Cobra (malígma invenção do Cobra, o líquido provoca apenas um ataque de catalepsia no herói). Colt decide assumir a personalidade do SPIRIT. Então, se muda definitivamente para o cemitério onde fora enterrado e inicia uma longa e bem sucedida carreira no combate ao crime. Will Eisner está para os quadrinhos comoCidadão Kanepara o cinema. Cortes, ângulos, uso do som, das sombras, linguagem revolucionária.


Herói limitado (como qualquer ser humano) mas faz do mistério (ele mora numa sepultura) e da tenacidade armas eficazes no combate ao crime. Usando a técnica do cinema expressionista, Eisner prevê que o após-guerra não traria a paz, prevê novas perturbações para o mundo. O destino, a fatalidade e a vingança são elementos temáticos comuns a Eisner e ao cineasta Fritz Lang. Gênio americano da moderna HQ, Will Eisner é considerado pelos especialistas o inovador da linguagem dos comics. Seu desenho apresenta sempre ângulos inusitados, luzes e sombras, cortes e fusões, uso de som e música através da onomatopeia, num texto literário de qualidade.

1940 (BRASIL) - É lançada a revista O GURI, uma das mais importantes da imprensa brasileira. Divulgou inicialmente aventuras espaciais extraídas da Planet-Comics e Jumbo Comics americanas. Parou de circular em 1962.

1940 (EUA) - Jerry Robinson, assistente do desenhista Bob Kane cria o maior dos inimigos do Cruzado de Capa (Batman): O CORINGA. O vilão estreiou em Batman 1 (primavera de 1940). Foi a primeira revista dedicada inteiramente a Batman. Nesse número, havia duas histórias do criminoso destinado a se tornar o inimigo principal de Batman e Robin. O Coringa foi apresentado como um assassino sorridente, que deixava um sorriso sinistro igual ao seu nos rostos de suas vítimas. Entretanto não se revelou a origem do Coringa nesse primeiro número. Somente onze anos depois, em Detective Comics 186 (fevereiro de 1951) é que se revelaram os sdegredos do cabelo verde, dos lábios vermelhos e da pele branca cadavérica. Coringa é o único vilão dos quadrinhos que compete com um herói em termos de popularidade, a ponto de ter chegado a ter uma revista mensal.

1940 (EUA) - Com o filme A Face do Fuhrer, Pato Donald ganhou o primeiro Oscar.

1940 (EUA) - MARGARIDA e VOVÓ DONALDA surgem, criados por Al Taliaferro.

1940 (EUA) – Orson Welles lança Cidadão Kane, inspirado na vida do empresário William Randolph Hearst. Por meio da personagem, ele retratou a imprensa e a vida política norte americana da época, e renovou a linguagem cinematográfica.

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