1940 (EUA)
- A primeira super-heroína
dos comics foi BLACK WIDOW. Ela apareceu
na revistaMystic Comics
nº 4 (agosto).
Todos os superpoderes
que possuía lhe foram
dados pelo Satanás. Ela
era uma médium que,
assassinada, foi para
o Inferno. Lá, o
Diabo a transformou
em Black Widow, para
que ela voltasse ao
mundo dos vivos e
matasse o maior
número possível de bandidos,
a fim de povoar
o Inferno. Infelizmente,
ela não conseguiu
matar muitos bandidos,
pois só teve quatro
histórias. Seus atores:
George Capitan e Harry
Sahle. Mais tarde, a
Marvel publicou uma outra
heroína com o
mesmo nome, mas sem
nenhum parentesco com essa
diabólica primeira super
heroína dos comics.
1940 (EUA)
- Os animadores
Max e Dave Fleischer
adaptaram com sucesso
para o cinema 17
das histórias de Superman.
1940 (EUA)
- Em fevereiro,
ondas sonoras transmitiam
as frases hoje quase
legendárias: “Mais rápido
que uma bala! Mais
poderoso que uma
locomotiva! Capaz de
pular por cima de
altos prédios com um
simples salto! Veja!
Lá no céu! È
um pássaro! È um
avião! È o Super
Homem!, estranho visitante
de outro planeta, que
veio à Terra com
poderes muito maiores
que os dos mortais.
Super Homem, que pode
mudar o curso de
grandes rios, dobrar
barras de aço com
as mãos; e que,
disfarçado como Clark
Kent, tímido repórter de
um grande jornal de
Metrópolis, luta uma
batalha sem fim
a favor da verdade
e da justiça!”.
Era com essas palavras
que, todos os dias
da semana começava um
novo capítulo das Aventuras
de Super Homem
no rádio. A princípio,
os responsáveis pelo
programa pensaram em
usar dois atores para
marcar a diferença
entre Clark e Super
Homem. Mas, depois, Clayton
Collyer fez os
dois papéis, interpretando
Clark com voz de
tenor, e Super
Homem como barítono.
E a transformação
era mostrada aos ouvintes
com a mudança de
voz no meio da
frase: “Isto é um
trabalho para o
Super Homem!”.
1940 (AUSTRÁLIA)
- A garota selvagem
KAZANDA
(Kazanda, the Wild
Girl) criada peloneozelandês
Edward Brodie Mack (desenhos)
e Peter Amos (pseudônimo
do roteirista australiano
Archie E. Martin) foi
a primeira estrela dos
comics books australianos
a conseguir espaço no
concorrido mercado norte-americano.
Nos EUA apareceu em
Rangers Comics. Flores
enfeitando os cabelos
negros, vestido sumário
de pele de leopardo,
a moça destacava-se
das demais jungle girls
por usar sapatos e
ser dotada de poderes
psíquicos.
1940 (EUA)
– Começam a circulam
as chamadas DIRTY COMICS
(ou eight pagers, por
serem em formatinho
e geralmente com oito
páginas), revistas clandestinas
escritas por autores
anônimos, carregadas
de deboche e sexo
explícito.
1940 (EUA)
- Num domingo, dia
02 de junho, nas
páginas do The
Detroit News os
leitores se depararam
com um novo personagem
na página dos quadrinhos:
era o criminologista
e detetive particular
Denny Colt, perseguidor
implacável de um
arqui-inimigo da humanidade,
o famigerado Dr. Cobra.
Com uma técnica expressionista
de sombra e luz
(tendo como cenário becos
e sarjetas, docas e
cemitérios), com enquadramentos
ousados (uma lápide
em primeiro plano, contra
o céu sem cor
rasgado por árvores
sem folhas), cortes sonoros
e técnica cinematográfica,
a aventura significaria
para os quadrinhos
algo semelhante ao que
Cidadão Kane, de
Orson Welles, representou
para o cinema.
No primeiro
e antológico episódio da
série, ao penetrar no
covil do Dr. Cobra,
Denny Colt, atingidopor
uma terrível descarga de
um produto químico, é
dado como morto pelos
médicos legistas.
Enterrado no Wildwood
Cemetery, ele renasce
horas mais tarde, arromba
a própria tumba e
retoma a perseguição
ao Dr. Cobra (malígma
invenção do Cobra,
o líquido provoca apenas
um ataque de catalepsia
no herói). Colt decide
assumir a personalidade
do SPIRIT.
Então, se muda definitivamente
para o cemitério
onde fora enterrado
e inicia uma longa
e bem sucedida carreira
no combate ao crime.
Will Eisner está para
os quadrinhos como “Cidadão
Kane” para o cinema.
Cortes, ângulos, uso
do som, das sombras,
linguagem revolucionária.
Herói limitado
(como qualquer ser humano)
mas faz do mistério
(ele mora numa sepultura)
e da tenacidade
armas eficazes no combate
ao crime. Usando a
técnica do cinema
expressionista, Eisner prevê
que o após-guerra
não traria a paz,
prevê novas perturbações
para o mundo. O
destino, a fatalidade
e a vingança são
elementos temáticos
comuns a Eisner e
ao cineasta Fritz Lang.
Gênio americano da moderna
HQ, Will Eisner é
considerado pelos especialistas
o inovador da linguagem
dos comics. Seu desenho
apresenta sempre ângulos
inusitados, luzes e
sombras, cortes e
fusões, uso de
som e música através
da onomatopeia, num
texto literário de qualidade.
1940 (BRASIL)
- É lançada a
revista O GURI,
uma das mais importantes
da imprensa brasileira.
Divulgou inicialmente
aventuras espaciais
extraídas da Planet-Comics
e Jumbo Comics americanas.
Parou de circular em
1962.
1940 (EUA)
- Jerry Robinson,
assistente do desenhista
Bob Kane cria o
maior dos inimigos do
Cruzado de Capa
(Batman): O CORINGA. O
vilão estreiou em Batman
nº 1 (primavera
de 1940). Foi a
primeira revista dedicada
inteiramente a Batman.
Nesse número, havia duas
histórias do criminoso
destinado a se
tornar o inimigo principal
de Batman e Robin.
O Coringa foi apresentado
como um assassino
sorridente, que deixava
um sorriso sinistro igual
ao seu nos rostos
de suas vítimas. Entretanto
não se revelou a
origem do Coringa nesse
primeiro número. Somente
onze anos depois, em
Detective Comics nº
186 (fevereiro de 1951)
é que se revelaram
os sdegredos do cabelo
verde, dos lábios vermelhos
e da pele branca
cadavérica. Coringa é
o único vilão dos
quadrinhos que compete
com um herói em
termos de popularidade,
a ponto de ter
chegado a ter
uma revista mensal.
1940 (EUA)
- Com o filme
A Face
do Fuhrer,
Pato Donald ganhou o
primeiro Oscar.
1940 (EUA)
- MARGARIDA
e VOVÓ DONALDA
surgem, criados por
Al Taliaferro.
1940 (EUA) – Orson Welles lança
Cidadão Kane, inspirado na vida do empresário William Randolph Hearst. Por meio
da personagem, ele retratou a imprensa e a vida política norte americana da
época, e renovou a linguagem cinematográfica.
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