1934 (EUA)
- FERDINANDO (Li’l
Abner), um típico
caipira americano, faz a
sua estreia nosjornais
norte-americanos em agosto,
levando a assinatura
do até então desconhecido
All Capp (Alfred Gerald
Caplin), que logo
aboliria o seu
nome do meio e
acrescentaria um segundo
“p” ao sobrenome.
Nascia assim uma das
mais importantes história-em-quadrinhos
de todos os tempos.
Ferdinando Buscapé era
um rapaz de seus
eternos 19 anos
que morava com a
mãe e o pai,
Chulipa e Lúcifer
Buscapé, na miserável
Brejo Seco, nas montanhas
do Kentucky. Nesse lugarejo
inexistente nos mapas
se desenvolvia todo
o universo de personagens
que enriqueceriam ainda
mais a série: Violeta
Buscapé (após 18
anos de tentativas
conseguiu agarrar Ferdinando
no Dia de Maria
Cebola e casar em
1952 por pressão da
opinião pública americana),
os famigerados Scraggs,
a imunda Dulçurosa
Suino e dezenas de
outros.
A grande
novidade da tira
- não só os
personagens eram caipiras,
como falavam exatamente
como tal. O humor
de Ferdinando tem suas
raízes nas fábulas e
nas lendas rurais norte
americanas e é
fruto da grande depressão
dos anos 30. Personagens
e mitos, tradições
e hipocrisias, convenções
e preconceitos serviram
para Capp criassem um
mundo de sátiras ao
canibalismo industrial,
ao macarthysmo, à
política de ajuda
aos países subdesenvolvidos,
às alianças militares,
à sociedade de consumo
e, em suma, ao
próprio “american
way of life”.
Al Capp foi apontado
pelo romancista americano
John Steinbeck como o
maior escritor contemporâneo
e por este indicado
à consideração da
comissão do Prêmio
Nobel, de 1953.
1935 (EUA)
– O major Malcolm Wheeler-Nicholson
cria a editora NATIONAL ALLIED
PUBLISHING, que daria
origem à DC Comics.
Aliás, o primeiro título
da National, NEW FUN COMICS,
revoluciona por apresentar
HQs inéditas (até então,
as revistas em quadrinhos
limitavam-se a recompilar
tiras de jornal). Esses
anos iniciais, no entanto,
não foram fáceis para
as revistas que iam
surgindo. Todas traziam
material extremamente
pobre, sem qualquer comparação
com grandes aventuras
que se podia ler
diariamente nos jornais.
O primeiro herói da
editora é o
DR OCULTO, criação
de Jerry Siegel e
Joe Shuster. A explosão
criativa dos comic
books (revistas que os
americanos chamam) aconteceu
somente a partir
de junho de 1938
com o lançamento
do Superman, o primeiro
e mais imitado herói
dos comics. Ele foi
uma espécie de modelo
para muita coisa que
surgiu depois e que
acabou desenvolvendo a
gigantesca indústria
dos comics americanos
que se espalhou pelo
mundo todo.
1935 (ESPANHA)
– CUTO,
de Jesus Blasco.
1935 (EUA)
- Publicado pela primeira
vez, como tabloide dominical,
no dia 17 de
fevereiro, e, em
tiras diárias, a partir
de 1936, o REI
DA POLÍCIA MONTADA (King of the
Royal Mounted). A série
é creditada a Zane
Grey, o famoso autor
de western, embora Grey
provavelmente não a
tinha escrito. Foi desenhado
pela primeira vez por
Allen Dean. A ação,
passando-se no Canadá,
nas montanhas geladas, nas
planícies, nos rios,
nas florestas, cria um
ambiente que foge
um pouco ao tradicional.
Ao mesmo tempo, os
temas são facilmente
reconhecíveis e não
fogem do convencional
do gênero. Conta as
façanhas do Sargento
King da Real Polícia
Montada do Canadá.
Ele é um devotado
membro da famosa corporação
canadense e, como
tal, sempre agarra o
seu homem, por mais
perigoso que seja
e aonde quer que
vá.
Os temas
para King são uma
mistura do que
normalmente está nos
faroestes tradicionais
com algumas particularidades
típicas. É a
eterna luta contra ladrões
de gado e de
pele, contrabandistas, espiões
de toda espécie de
mau elemento. A série
foi cancelada dos jornais
em 1955. No mesmo
ano parece outra série:
criada por Flanders,
The Lone Ranger (O
Zorro).
1935 (EUA)
- Surge a DC. Com
ele teve início o
protótipo da moderna
revista em quadrinhos.
Até então, as poucas
publicações de quadrinhos
existentes nada mais
eram que reimpressões
de tiras diárias e
páginas dominicais
de jornal. Com New
Fun Comics (fev.
1935) foi lançada a
revista de HQ
com material inédito (o
que os americanos
chamam de comic book).
Esses anos iniciais,
no entanto, não foram
fáceis para as revistas
que iam surgindo.
Todas traziam material extremamente
pobre, sem qualquer comparação
com grandes aventuras
que se podia ler
diariamente nos jornais.
A explosão criativa dos
comic books aconteceria
somente a partir
de junho de 1938,
com o lançamento
hoje como a mais
importante revista de
quadrinhos já publicada,
pois nela surgia Superman, o
primeiro e mais
imitado dos heróis
dos comics. Ele foi
uma espécie de modelo
para muita coisa que
surgiu depois e que
acabou desenvolvendo a
gigantesca indústria
dos comics americanos,
que se espalhou pelo
mundo todo.
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