03 fevereiro 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (19)



1934 (BRASIL) - No dia 14 de março é lançado no matutino A Nação o tabloide SUPLEMENTO INFANTIL, depois Suplemento Juvenil, o primeiro tabloide nacional a circular três vezes por semana e que revolucionou o jornalismo brasileiro. Revolução que se consolidou, em seguida com o aparecimento do Globo Juvenil, Gibi e as revistas que concretizaram a possibilidade de, levando seus leitores ao mundo da fantasia, fazê-los fruir também conhecimentos culturais e iniciação científica, ambos imprescindíveis para a compreensão da realidade e da dinâmica da vida. Foi a partir da revolução do Suplemento Juvenil, com o lançamento de Flash Gordon, Jim das Selvas, Tarzan, Mandrake, Dick Tracy, Príncipe Valente e da expansão desse movimento que as tiras diárias de quadrinhos e os cadernos coloridos publicados aos domingos trouxeram maior vitalidade aos jornais, com interesse para toda a comunidade.

1934 (BRASIL) - No primeiro número do Suplemento Infantil surge uma das primeiras HQs de aventura desenhada no Brasil, AS AVENTURAS DE ROBERTO SOROCABA OU OS EXPLORADORES DA ATLÂNTIDA, de Monteiro Filho. Durante 12 números, Monteiro Filho desenhou a série, mas ele não dispunha de tempo para fazer os quadrinhos e, por várias vezes, tentou dar um final feliz ao episódio.

Quando conseguiu o casamento do herói com a mocinha, encerrou a historieta com as iniciais GD (que significa Graças a Deus). A partir do número 15, sempre apoiado por João Alberto, Adolfo Aizen consegue transformar seu suplemento num caderno independente, que custava 100 réis e ganhava o nome de Suplemento Juvenil, estabelecendo com o leitor um contato permanente através de concursos, que acabou por revelar jovens talentos como o maranhense Fernando Dias da Silva. O suplemento foi editado até 1944.

1934 (URUGUAI) - Foi criado o Conselho da Infância, encarregado de supervisionar as publicações, bem como todo setor recreativo referente à juventude.

1934 (EUA) - No dia 16 de abril o King Features Syndicate comeca a distribuir a série RADIO PATRULHA (Radio Patrol), escrita por Eddie Sullivan e desenhada por Charles Schimidt. Essa tira nada mais era do que o reaproveitamento de uma outra tira, Pinkerton Jr lançada um ano antes por um jornal independente de Boston. Sob nova roupagem, o garoto Pinky e o seu cão Irish vivem suas aventuras juntamente com o Sargento Pat, o agente Sam e a detetive Molly. A série durou até o fim da década de 40.  Nessa época, o novo herói era o policial, humilde servidor do Estado e da legalidade. Os meios de comunicação de massas, inclusive as HQs, criavam uma consciência coletiva, influenciando o povo para uma maciça mobilização a favor da ordem.

1934 (FRANÇA) - PROF. NIMBUS. Primeira tira diária em jornais franceses, criação de Pierre Daix. Pantomina muda. Um homenzinho careca, sempre bem vestido, com um visual marcante: um fio de cabelo em forma de interrogação.

1934 (EUA) - No dia 11 de junho, é lançado no New York American Journal, MANDRAKE, criação de Lee Falk e Phil Davis. Alguns meses depois (03 de fevereiro de 1935) era também lançada como páginas dominicais em cores. De início, Falk fizera de seu herói um mágico verdadeiro, quase um feiticeiro, conferindo-lhe poderes sobrenaturais. Mas logo decidiu transformá-lo em um tipo mais humano, destituindo-o de sua capacidade extraordinária. Assim, todos os poderes mágicos de Mandrake acabaram sendo apenas frutos de hipnotismo e da ilusão.


Desde o princípio acompanhado pelo fiel criado Lothar, encontraria alguns anos depois a sua eterna noiva Narda, uma princesa europeia por quem se apaixonou numa das primeiras aventuras e que passaria a seguí-lo e viver em concubinato permanente com ele. O trio viajaria pelos quatro cantos do mundo, visitando os mais distantes reinos (até mesmo fora desta galáxia), ou envolvido em situações esdrúxulas na grande metrópole. A caracterização de Mandrake é bem fiel à época em que surgiu: fraque com capa e cartola (como convém a um mágico internacional), cabelo emplastrado de brilhantina e bigodinho aparado à Clark Gable. Mas, embora não tinha envelhecido, Mandrake foi se modificando através dos tempos. Nos anos 30 e 40 era um romântico.

Antes Mandrake tratava o rei africano com uma cortesia que apenas salientava ainda mais a distância entre o servo e seu amo: atualmente, a relação é de igualdade. De início, Falk parecia abordar com mais frequência o mistério, o fantástico e a aventura. A década de 50 trouxe a Falk uma certa tendência ao gênero policial. Em fins dos anos 60 e década de 70, os ingredientes da ficção científica estavam totalmente inseridos na história, com Mandrake visitando outras galáxias e sendo também visitados por seres extraterrenos. No Brasil, Mandrake teve início de suas publicações no Suplemento Juvenil nº101, de 10 de agosto de 1935, edição de sábado. A aventura se intitulavaSorcin, o sábio louco.
 

1934 (EUA) – Nasce LULUZINHA (Little Lulu), pelas mãos de Marge Henderson Buell, considerada pioneira do sexo feminino na profissão de cartunista. Garotinha de cachos sempre vestida de vermelho. É uma menina muito consciente do seu papel de mulher, não dando folga para os garotos levarem a melhor.
 


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Um comentário:

Unknown disse...

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