30 janeiro 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (17)



1933 (EUA) - No dia 21 de agosto, os jornais norte-americanos, encabeçados pelo New YorkAmerican Journal começam a publicar as aventuras de um novo herói chamado BRICK BRADFORD, do roteirista William Ritt e o desenhista Clarence Gray. Inicialmente distribuídas pela Central Press Association, mais tarde pela King Features Syndicate, as façanhas de Brick tornaram-no um dos grandes clássicos da Era de Ouro dos Quadrinhos. Suas primeiras aventuras eram bastante longas, e duravam cerca de um ano, ou até mais. William Ritt aproveitou a antiga teoria dos mundos e submundos no universo atômico para construir a exploração romanesca que viveriam Brick e seus companheiros.


As aventuras de Brick possuem uma mistura de ingenuidade e mistério da mais fantástica fantasia. Com seubalão do tempo, Brick fez uma sequência extraordinária de viagens através dos mais variados séculos, desde a pré-história até um futuro incrivelmente distante. Antecedeu Flash Gordon em cinco meses, como ficção científica. O texto introduziu a viagem no tempo. As aventuras do cavaleiro do espaço ora são policiais, ora fantásticas, ora de ficção científica. Viaja através do espaço e do tempo à procura de um tesouro de piratas ou de uma civilização do futuro, buscando penetrar os segredos do átomo.

1933 (BRASIL) - No verão de 1933, o jornalista Adolfo Aizen visitou o Daily Mirror, em New York, e ali conheceu os maiores nomes dos comics, entre os quais Alex Raymond, Milton Caniff, Bob Ripley. Impressionado com o que viu e com o apoio de Oswaldo da Sylveyra, Monteiro Filho, Roberto Macedo e Luis Peixoto, Aizen conseguiu fundar o Suplemento Juvenil.

1933 (EUA) - É lançada FUNNIES ON PARADE, primeira revista de HQ, distribuída a titulo de propaganda, pela sociedade Procter and Gamble (produtora de produtos de beleza). Em virtude do sucesso dessa edição, publicaram-se várias outras, tais como Famous Funnies em 1934 (reproduzindo, como a primeira revista publicada, as séries aparecidas na imprensa) e New Fun, em 1935, a primeira revista original de HQ.

1933 (EUA) - No dia 30 de janeiro vai ao ar, pela primeira vez, THE LONE RANGER (O Cavaleiro Solitário), com episódios de meia hora de duração, três vezes por semana. E foi sucesso imediato. A personagem surgiu apenas para ser ouvido (e não visto). Criação de George W. Trendle, proprietário da WXYZ, estação de rádio de Detroit, e do escritor de livros de bolso, Francis Striker. The Lone Ranger cavalgou pelo rádio, sempre sob o som da protofonia de William Tell (Guilherme Tell) até 03 de setembro de 1954.

A saga do conhecido herói começou quando seis rangers do Texas, comandados pelo Capitão Dan Reid, foram emboscados por Butch Cavendish e sua quadrilha. Todos os rangers morreram, exceto o irmão mais moço do capitão, que foi salvo pelo índio Tonto, a quem, anos atrás, salvara a vida. Tonto cavou seis sepulturas (uma ficou vazia) e John Reid vestiu uma máscara e partiu, em companhia do índio, atrás de Cavendish e de qualquer outro fora da lei, nascendo assim a lenda de The Lone Ranger.

Na sepultura vazia ficara a identidade de John Reid, que a partir de então estaria usando a sua máscara, não tendo mais uma  identidade sem ela. Ele era apenas e sempre The Lone Ranger. O vingador que percorria o Oeste corrigindo as injustiças foi um sucesso que não se limitaria apenas à rádio. em 1938 o herói passa a sair em tiras diárias e páginas dominicais para jornais. Desenho de Charles Flanders.

1934 (EUA) - FLASH GORDON. Criação de Alex Raymond. Para concorrer com Buck Rogers, oKing Features lançou uma ficção científica que sobrepujaria todas pelo desenho que deu um visual de antecipação no design do futuro. Seu desenho neobarroco recria a aventura espacial no campo de ficção científica, que tem no Planeta Mongo uma referência temática obrigatória em se tratando da FC mais clássica, mais acadêmica.

Para alguns críticos, o maior quadrinho de todos os tempos. Um Gustave Doré contemporâneo. Antecipou a minissaia e os foguetes aerodinâmicos. Além dos belos desenhos, foi um pioneiro em design, prevendo linhas futuristas que viviam a ser adotadas no mundo real anos depois: a minissaia, os foguetes espaciais, a energia atômica, o trem Osaka-Toquio. A própria Força Aérea Americana chegou a pedir ao King Features Syndicate (KFS) as provas prévias das páginas domingueiras para ver como o artista anteviu a aerodinâmica. Depois de sua morte (1956), a Nasa, inclusive, utilizou, por diversas vezes, desenhos seus pura colocar em prática soluções impossíveis de serem resolvidas apenas pela ciência, confirmando a célebre frase de Albert Eisnstein:A imaginação é mais importante que o conhecimento.

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