1924 (EUA)
- ANINHA, A PEQUENA
ÓRFÃ (Little Orphan Annie). Criação
de Harold Gray.Soap
Opera polêmica devido às
posições direitista
do autor. Aninha, acompanhada
de seu cão Sandy
tinha a proteção do
poderoso Daddy. Era
a primeira HQ a
defender uma ideologia
reacionária: defesa da
propriedade privada exaltando
o paternalismo dos
ricos. O tom das
aventuras era eminentemente
dramático. Essa fórmula
agradou ao público
leitor. As histórias
da personagem de cabelos
encaracolados eram parábolas,
contos moralistas, cheios
de alegorias e caracterizações.
1924 (EUA)
- WASH TUBBS.
Criação de Roy
Crane. Tubinho era um
sujeito baixinho,
de óculos, barrigudinho,
não muito inteligente,
mas com especial talento
para se envolver em
trapalhadas, ou melhor,
aventuras. O traço
do desenhista no momento
inicial apresentava
maneirismos humoristas,
e as situações,
apesar de se desdobrarem
em capítulos, eram cômicas.
Os quadros já eram
desenhados em papel
craftint, o que
permitiu ousados usos
do cinza nas texturas.
Isso resultou em fortes
consequências para a
concepção do que
viria a ser o
“realismo” em HQs.
Crane foi o primeiro
autor a criar ganchos
conectando os episódios
sem que se tratasse
só de manter o
leitor interessado na
peripécia, mas na
evolução, no desdobramento
da trama. Ele foi
o primeiro artista a
urdir tramas longas e
críveis, cuidadosamente
arquitetadas. Era leitor
assíduo de Charles
Dickens e de
Herman Melville, o que
lhe forneceu referências
diferenciais. Crane foi
que abriu a porta
para o aparecimento
de aventureiros de
todo tipo nas HQs
de jornal e, pouco
mais tarde, nos gibis.
Tubinho ganhará, mais
tarde, um amigo, que
acabará "roubando"
o papel principal
da história, o Capitão
César. César é considerada
como a primeira HQde aventura.
1925 (FRANÇA)
- ZIG ET PUCE. Criação de
Alain Saint-Ogan, mestre
dessa arte durante vinte
anos, na França, e
sua fama ultrapassou
as fronteiras de seu
país. A dupla foi
criada em plena época
das 'melindrosas' e
do 'charleston'. Eram
dois meninos - um
gordinho e o
outro magro - aos
quais se juntou, no
ano seguinte, o pingïm
Alfred.
Esses três
viveram dezenas de
aventuras, em muitas
partes do mundo, sempre
procurando chegar aos
Estados Unidos da
América, que, naquela
época, era o sonho
de todo adolescente.
Tendo aparecido em um
jornal para adultos -
o Dimanche Illustré -
foi surpreendente o
sucesso dessa história.
Saint-Ogan revelou-se
um observador vivo e
cheio de humor da
vida francesa, quando as
aventuras dos meninos
os levavam à França.
Zig e Puce marcam
uma época importante
para as HQ francesas
por empregar seu criador
exclusivamente os balões
e, em geral, um
cenário tirado ao
vivo para os quadrinhos,
fixando os lugares
por onde viajavam os
personagens.
1925 (BRASIL)
- Benedito Bastos Barreto,
o Belmonte, cria um
dos mais famosos personagens
paulistano das primeiras
décadas do século,
o JUCA PATO.
O personagem - a
personificação do povo
paulistano, segundo alguns
- era um homem
de preto, minúsculo
e macrocéfalo, que
pagava sempre o “pato”
pelos desmandos dos políticos
e pela insensatez
dos burocratas. De
óculos e, quase sempre,
com o dedo para
o ar, Juca Pato
protestava contra a
carestia de vida,
os buracos das ruas
ou o aumento de
impostos.
Juca Pato
foi um sucesso porque
criticava os poderosos
e defendia a coletividade.
Seu nome ficou tão
popular que foi
usado para as mais
diversas finalidades
e produtos. Existiam bares,
caramelo, água sanitária,
graxa de sapato, tudo
com o nome de
Juca Pato. Baixinho,
careca, com “óculos
de aro, sempre de
fraque e polaines,
o personagem surgiu nas
páginas do Folha
da Noite e foi
publicado até a
morte de Belmonte,
em 19 de abril
de 1947. Foi um
personagem marcante na
vida da cidade paulista.
1925 (ESPANHA) – Tem início a
publicação da revista Pinocho, e publicam-se as primeiras traduções de comics
americanos.
1925 (EUA) – Gus Meins faz o
desenho animado de Os Ciúmes de Buster, baseado no personagem de Outcault,
Buster Brown.
1925 (EUA) – A revista New Yorker
é fundada.
1925 (BRASIL) – É lançada na
Bahia a revista de humor A Luva, com caricaturas de Raimundo Aguiar,
Paraguassu e outros. Durou até 1932.
1926 (EUA)
- O crítico Gilbert
Seldes elogiou os quadrinhos
de George Harriman (Krazy
Kat) no seu livro
SEVEN LIVELY
ARTS. Foi a
primeira historieta
elogiada por um
crítico.
Nesse mesmo ano
Krazy Kat é tema
de balé, música de
John Alden Carpenter.
1926 (ARGENGTINA) – É lançado a
revista Pololo.
1926 (BRASIL) – Aparicio Torelly,
o Barão de Itararé, lança A Manha. O semanário ridicularizava as pessoas
e instituições de seu tempo. Ora circulando, ora obrigado a fechar por pressões
políticas ou aperturas financeiras, resistiu até a década de 50. Tinha como
lema: “Órgão de ataques...de riso”.
1927 (ALEMANHA) – Rudolf Rose
cria Witwe Knolle, a mulher gorducha com seu cachorro Achille.
1927 (EUA) – A 08 de outubro
estreia O Cantor de Jazz com Al Jolson. Então começa o cinema falado.
1927 (BRASIL) – De 15 a 30 de
novembro, no hall do pavimento térreo do edifício sede da Companhia Linha
Circular, em Salvador, o caricaturista Raymundo Aguiar realiza sua exposição de
charges. Foram 26 charges desenhadas e coloridas a aquarela em que se fixam
motivos e flagrantes genuinamente baianos, de nossos costumes e de nossa vida
tradicional.
1927 (BRASIL)- Antonio Gabriel
Nassara publica sua primeira caricatura no jornal O Globo.
1927 (ARGENTINA) – Dante
Quinterno cria a série cômica Aventuras de Don Gil Contento para o
jornal A Crítica, de Buenos Aires.
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