ORIGEM DAS HQ
A origem das HQs está no início da civilização humana. Nas inscrições rupestres das cavernas pré-históricas (como as de Lascaux, na França, e Altamira, na Espanha), nos baixos-relevos da Mesopotâmia, nos hieróglifos egípcios (século IV a.C.), nas tapeçarias medievais, nos estandartes chineses, nas vias-sacras e vitrais góticos (séculos V a XIII d.C.). Há uma preocupação constante de narrar acontecimentos através de desenhos sucessivos.
No século XIV, ilustrações europeias introduzem os filactérios (faixas com palavras escritas junto à boca dos personagens) considerados a gênese dos balões. O primeiro exemplar de uma ilustração com um filactério teria sido datado de 1370 (a Tábua Protat, um pedaço de madeira onde um centurião romano, diante do Calvário, aponta um dedo para a cruz e declara: “Vere filius Dei erat iste” - sim, na verdade este homem era o filho de Deus).
A invenção da imprensa, no século XV, e o aperfeiçoamento das técnicas de impressão de ilustrações, como a xilogravura e a litografia, constituem um impulso a mais. No século XIX, o texto passa a acompanhar sistematicamente o desenho – as ilustrações humorísticas já existiam nos periódicos europeus (jornais e revistas) da época. Dentre os exemplos mais célebres de publicações que ressaltavam ilustrações, estão: Le Magasin Pittoresque (surgido na França, em 1833), Punch (Inglaterra, 1841) e Harper’s Weekly (Estados Unidos, 1857).
1509 (ALEMANHA)
- O alemão Albrecht
Duerer narra, em sequência
de gravuras, o drama
da Paixão de Cristo.
1570 – Renovação da
moda, na estamparia.
1600 (INGLATERRA) -
Surge a primeira forma de livro, ilustrado, produzido em massa. Descrevia as
aventuras de shows de marionetes, chamados Punch e Judy.
1646 (ITALIA) – O
padre Massini escrevendo sobre os Caracci, usou pela primeira vez o termo
caricatura.
1649 (ITALIA) – La
Belle Frondeuse, canção ilustrada
1654 (FRANÇA) –
Lanterna mágica de Père Athanasius Kirchner, ancestral do projetor de
slides.
1658 – Orbis
Sensualis Potus – O Mundo Sensível das Crianças – livro de ensino do latim
para crianças por meio de ilustrações do educador checo Comenius.
1700 (EUA) – Benjamin
Franklin utiliza-se de charges e caricaturas como editoriais no sentido de unir
as treze colônias americanas em sua luta pela liberdade.
1731 (INGLATERRA) – O pintor e
gravador inglês William Hogarth pinta um grupo de seis quadros que contam uma
história, A Harlot's Progress (O progresso de uma prostituta).
1765 (EUA) – Paul
Revere grava seu primeiro cartoon.
1796 (ALEMANHA) –
Aluísio Senefelder inventa a lithographie.
1799 (BELGICA) –
Robertson constrói o phantascope.
1808 (BRASIL) – Sob a
direção de Frei Tibúrcio José da Rocha, as oficinas reais lançaram, a 10 de
setembro, o primeiro número da Gazeta do Rio de Janeiro. Jornal oficial,
feito na imprensa oficial, submetido à censura oficial. Desde 1o de junho era
introduzido semi clandestinamente no País o Correio Brasiliense que
Hipolito José da Costa imprimia em Londres.
1811 (BRASIL) – Em 14
de maio é lançado A Idade d'Ouro do Brasil, segundo jornal a aparecer no
país. Surgiu na cidade de São Salvador, capital da Província da Bahia, no
governo de D.Marcos de Noronha e Silva, Conde dos Arcos. Era redigido pelo
bacharel Diogo
Soares da Silva Bivar e pelo padre Ignácio José de Macedo.
Circulou até 1827.
1812 (BRASIL) – É
lançada no mês de agosto As Variedades ou Ensaios de Literatura,
primeira revista a aparecer no país e, como o próprio nome indica, se
relacionava com mais com os assuntos literários.
1812 (INGLATERRA) –
Primeira agência de publicidade inglesa.
1814 (JAPÃO)
- HOKUSAI MANGA. O artista japonês
Hokusai produziu diversos
rolinhos de pano,
com sequências verticais.
Ficaram conhecidas
como Hokusai Manga. E
até hoje a história
em quadrinhos, no
Japão, recebe o nome
de manga. O ideograma
chinês usado por Hokusai
pode ser dividido em
man (“involuntário”
ou “a despeito de”)
e ga (“imagem”).
Os gibis japoneses
se assemelham a lista
telefônica. Tem mais
de 500 páginas. Os
caracteres são escritos
verticalmente em vez
de horizontalmente. E
também a leitura é
da direita para a
esquerda.
1814 (EUA) – Sob influência das
revistas satíricas francesas e inglesas, o New York Post começa a publicar
charge política diária.
1820 (FRANÇA)
- Jean Charles Péllerin
publica asESTAMPAS DE
ÉPINAL. Primeiros quadros militantes e depois histórias edificantes.
Folhas volantes, ilustradas e coloridas pelo método pochoir.
1820 (ESPANHA) – Os Desastres
da Guerra, série de gravuras de Goya.
1822 (EUA) – Com a aparição da
litografia, a imprensa sofre uma transformação radical de impressão, expressão
e comunicação. Surge a história de Caspar Braum e Friedrich Schneider:
Fliegende Blatter.
1822 (FRANÇA) – Primeira
fotografia, de Niepce: A Mesa Posta.
1823 (EUA)- Charles Ellms
publica, em Boston, um almanaque que, pela primeira vez, incluía em suas
páginas, além de anedotas e passatempos, algumas historietas cômicas cuja
aceitação popular superou todas as expectativas.
1827 (FRANÇA)
- MONSENHOR VIEUX-BOIS. Criação
do professor suíço Rudolph
Topffer. Os personagens
estão à procura de
algo aparentemente simples,
mas que acaba provocando
catástrofes.
1829 (FRANÇA) – Claude Genoud
inventa a estereotipia que possibilita a futura impressão em alta velocidade.
1829 (FRANÇA) – Topffer produz
outras histórias em imagens: Voyages et aventures du Docteur Festus e Monsieur
Cryptogame.
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