1862 (JAPÃO) – Às
vésperas da revolução da Era Meiji, o desenhista inglês Wargman introduz a HQ
no Japão com a primeira revista chamada Japan Punch. Quem se esforçou
para a aceitação e adoção do termo mangá para designar os quadrinhos japoneses
foi Rakin Kitazawa.
1863 (BRASIL) –
Aparece o Bazar Volante, sob a responsabilidade do desenhista francês
Joseph Mill. No dia 18 de outubro desse mesmo ano é lançada outra publicação
humorística, O Merrimac.
1865 (ALEMANHA)
- JUCA E CHICO
(Max und Moritz).
Criação do poeta,
pintor e cartunista
alemão Wilhelm Busch. No
Brasil, foi traduzido
por Olavo Bilac e
editado pela Melhoramentos.
Os dois garotos travessos
e aprontadores foram
criticados imediatamente
pelos pedagogos, como viriam
a ser criticadas
todas as posteriores
criações dos quadrinhos
que mostravam crianças travessas.
Mas os leitores consagraram
os personagens.
1867 (INGLATERRA)
- ALLY SLOPER.
Criação de Ross
Teller e sua mulher,
Emilie de Tessier.
1869 (BRASIL)
- AVENTURAS DE NHÔ
QUIM. Criação do
ítalo-brasileiro Ângelo Agostini.
Sua primeira historieta
com personagem fixo surgiu
na Vida Fluminense.
O título era: As
Aventuras de Nhô
Quim ou Impressões
de uma Viagem à
Corte, considerado o
marco inicial do quadrinho
brasileiro. Contava as
atrapalhadas de um
provinciano em sua
primeira viagem à
corte. A história,
bem humorada, tratava da
viagem que o matuto
Nho Quim fazia de
Minas Gerais até a
corte do Rio de
Janeiro, um percurso
autenticamente nacional.
Fez nove páginas duplas
e depois deixou a
revista. Em 1883
Agostini iniciou As
Aventuras de Zé
Caipora, outro personagem
seriado.
1872 (BRASIL) – É feito o
primeiro recenseamento no país e tem início a
chamada Questão Religiosa. As publicações de humor, de caráter
nitidamente anti clerical, servem da Questão Religiosa para investir contra o
clero.
1872 (PORTUGAL) – É publicada em
Lisboa, em 16 capítulos, com grande sucesso e em três edições, Apontamentos de
Raphael Bordallo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem do Imperador do Rasilb
pela Europa.
Trata-se de uma sátira sobre D.Pedro II, Imperador do Brasil
(Rasilb) e sua viagem à Europa.
1874 (EUA) – Nast desenha o
elefante republicano.
1874 (BRASIL) – No dia 25 de maio
surge A Mutuca, periódico satírico, chistoso e literário. Parou de
circular em 1875. Em 12 de junho Augusto Lessa redige o jornal humorístico O
Jesuíta. No dia 04 de outubro ´re lançado o periódico ilustrado, satírico e
chistoso O Museu Bahiano. Todas as três publicações da Bahia.
1874 (BRASIL) – A 27 de junho,
mantido e ilustrado por Cândido de Faria, surge O Mephistópheles. Em
fins de 1874 começa a colaborar na Vida Fluminense o italiano Luigi
Borgomainerio, sotado por Agostini como “o mais importante artista que tem
vindo ao Brasil”.
1875 (BRASIL) – Além de contar
com a colaboração de Angelo Agostini, O Mosquito ganha a participação do
chargista português Rafael Bordalo Pinheiro. Nesse mesmo ano é lançado a
revista de humor O Mequetrefe que durará até 1893.
1876 (EUA) – Graham Bell
apresenta seu telefone.
1876 (BRASIL) – No dia primeiro
de janeiro a revista Vida Fluminense muda seu nome para O Fígaro, e Angelo
Agostini lança o primeiro número da Revista Illustrada (famosa por seu
caráter crítico e polêmico), que se propõe a ser um semanário, passaria a
quinzenário e, por fim, mensário já na República. Durou até 1900. Circulou,
portanto. No mais vivo período de transição da Monarquia para a República.
1877 (EUA)- Thomas Edison inventa
o fonógrafo.
1878 (EUA)- Fotografias
instantâneas de Muybridge.
1878 (BRASIL) – Surge na Bahia
dois periódicos humorísticos: O Patusco e Satanaz.
1878 (BRASIL) – Também destinada
a durar pouco, mas marcando sua presença na história da caricatura brasileira
através das charges de Rafael Bordalo Pinheiro, circula a revista O
Besouro.
1879 (BRASIL)- Augusto Lessa
lança na Bahia, O Balão no dia 1o de julho. O jornal para de circular em
1888. Reapareceu em 1896.
1880 (EUA) – American Press
Association começa a distribuir chapas gravadas com novelas, ilustrações e
caricaturas para os jornais associados.
1880 (BRASIL) – Aparecem na
Bahia, A Gargalhada, revista hebdomadaria, O Bahiano, redigido
por Augusto Lessa, e Renascimento, publicação quinzenal.
1881 (FRANÇA) – Primeiras leis
sobre a escola pública.
1882 (FRANÇA) – Étienne Jules
Marey inventa o fuzil fotográfico. Versão portátil do aparelho cronofotográfico
para captar as diversas fases de um movimento.
1882 (FRANÇA) – Escola
obrigatória, gratuita.
1882 (BRASIL) – Surge O
Gryphus. Tanto em O Binóculo como em O Gryphus, a presença de um novo
desenhista – Belmiro de Almeida – marca uma revolução na caricatura brasileira
– a adoção do traço contínuo, nervoso e elegante, antepondo-se ao lápis
gorduroso de Agostini e Borgomainerio.
1883 (EUA) – Surge a revista Life.
1883 (BRASIL) – As Aventuras
de Zé Caipora, de Angelo Agostini surge na Revista Ilustrada. Seu
tipo físico é do
caboclo de pés
descalços, barriga proeminente
e notável às situações
mais escabrosas. As
Aventuras de Zé
Caipora ganharam as
páginas da Revista
Ilustrada em 1883.
Interrompidas várias vezes,
35 capítulos foram republicados
na revista Don Quixote,
outros tantos inéditos sairiam
em O Malho, até
15 de dezembro de
1906, quando as peripécias
de Zé Caipora desapareceram
para sempre.
Aventureiro,
cômico e romântico,
Caipora tornou-se
popular rapidamente.
Suas peripécias pelo interior
do País e pelas
florestas alimentavam
a imaginação dos leitores.
O traço fino e
realista de Agostini
dava vida a boiadeiros,
onças, sucuris, macacos e
índios. Além de
inaugurar um estilo
que inspirou quadrinhos
das décadas seguintes,
Ângelo Agostini criou cenas
em dois planos, referência
do teatro medieval,
e também abriu caminho
para a sensualidade,
criado a primeira heroína
dos quadrinhos: a
índia Inaiá, protetora
e guia de Zé
Caipora, que, com
os seios à mostra,
representa o mito
das amazonas.
1883 (BRASIL) – Augusto Lessa e
José Alvares do Amaral lançam na Bahia O Encouraçado, periódico que dura
até 1888.
1883 (EUA) – Segundo Thomas
Cravem, Florence e Sidney Weiss no livro Cartoon Cavalcade, a primeira história
em quadrinhos foi Ally Slippery Day, de A.B.Frost.
1884 (INGLATERRA) – Hally
Sloper's Half Holiday, primeiro jornal humorístico. Ally Sloper, de
F.Thomas é considerado como a primeira história em quadrinhos inglesa.
1884 (FRANÇA) – Suplemento
ilustrado do Petit Journal.
1885 (BRASIL) – A presença de
Cotegipe à frente do governo o torna alvo das mais acres caricaturas.
1885 (BRASIL) – Na Bahia aparecem
O Faísca, periódico humorístico de Raymundo Bizarria. Parou de circular
em 1887. Em agosto surge o periódico O Diabrete.
1886 (FRANÇA) – Reportagem
fotográfica de Nadar para o jornal Le Figaro.
1886 (BRASIL) – Contando com a
colaboração de Belmiro de Almeida, é lançado o periódico Rataplan.
1887 (FRANÇA) – L' arroseur
arrose, de Vogel. Imagens populares que inspira o cinema.
1887 (EUA) – A linotipo de
Mergenthaler.
1887 (BRASIL) – O afastamento de
Pedro II faz com que recrudesçam as charges envolvendo Cotegipe.
1887 (BRASIL) – Na Bahia, João
Friolo, Angelo Pitou e Rabelais Junior lançam o periódico humorístico A
Traça. Durou até 1888.
1888 (FRANÇA) – Emile Reynaud faz
o desenho animado Le Bon Bock.
1888 (BRASIL) – Aós a assinatura
da Lei Áurea, Angelo Agostini recebe, em um banquete, das mãos de Joaquim
Nabuco, o título de cidadão brasileiro. Logo depois, viaja para a Europa.
1888 (FRANÇA (FRANÇA) – A
epopeia, sombras chinesas de Caran d'Ache.
1888 (BRASIL) – No dia 04 de maio
começa a circular na Bahia, O Neto do Diabo, jornal crítico, literário e
chistoso. Para de circular em 1889. No dia 06 de julho surge também na Bahia, O
Diabo, periódico crítico, chistoso e moralizador. Para em 1889.
1889 (BRASIL) – A causa
republicana é abraçada, e, depois, aplaudida pelas revistas de humor.
1889 (FRANÇA) – Une partie de
Campagne, de Christophe.
1889 (BRASIL) – No dia 09 de
setembro, nasce Luis Gomes Loureiro, que mais tarde cria para a revista Tico
Tico, o pretinho de recados Benjamin.
1889 (FRANÇA)
- LA FAMILLE FENOUILLARD. Criação
do professor Georges Colomb.
Primeira HQ com
continuação na próxima
semana. Agenor Fenouillard
e sua esposa Léocadie
representam o casal
consumidor por excelência.
Eles têm duas filhas,
todos querem ser sofisticados
e têm pretensão
cultural.
1890 (FRANÇA) – Aparece a
historieta de Christophe da série Les Facéties du Sapeur Camember.
1892 (EUA) – Surge The Little
Bears (Os Ursinhos) de James Swinnerton no Examiner de San Francisco. A
primeira historieta diária com personagens fixos.
1892 (FRANÇA) – Emile Reynaud faz
o desenho animado Pantomines lumineuses. Os desenhos não foram ainda
animados em movimento com o auxílio da câmara. Foi apresentado no Musée Grévin,
em Paris.
1893 (EUA) – New York World
publica a primeira página em cores desenhada por Walt Mc Dougall. Era um
suplemento dominical do dia 09 de abril.
1893 (FRANÇA) – Christophe traz
para o cenário da França, L'idée fixe du Savant Cosinius e Les
Malices de Slick et Ploch.
1894 (EUA) – O New York World
publica a primeira tira de Richard Outcault com o título The Origin of New
Species, or the Evolution of the Crocodile Explained (A Origem de uma nova
espécie, ou a Evolução do Crocodilo Explicado). Era de fato uma nova origem. E
uma nova espécie. O gênero pegou.
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