1902 (EUA)
– CHIQUINHO (Buster Brown). Criação
de Richard F. Outcault.
O personagem játinha
aparecido em 1897,
como figurante no Yellow
Kid, trabalho anterior do
mesmo criador. Garoto de
família burguesa,
vestido de terno
de marinheiro, acompanhado
pelo cão Tige, era
tão terrível como todos
os outros garotos do
gênero. Terminava
sempre sendo punido com
palmadas. Por se
tratar de pequeno-burguês
de classe média e
ter conclusões moralistas,
foi aceito pelos leitores
dos jornais. No Brasil,
foi publicado em O
Tico Tico desde 1905,
decalcado como Chiquinho.
Buster parou em 1910
e Chiquinho (desenhado
por artistas nacionais)
durou até a década
de 50. Os personagens
conheceram o sucesso
através do merchanding
de roupa e sapatos
tipo Buster Brown. Buster
Brown popularizou um
sapato preto com uma
tira e coleirinha
com presilhas. A demanda
foi tão grande que
foi criado a firma
Brown Shoes Company. Logo,
as escolas do mundo
todo adotaram o prático
sapato que servia tanto
para meninas como para
meninos, aumentando
ainda mais as vendas
do produto.
1903 (EUA) – Surge Sandy
Highflyer, de Charles Kahles, a precursora das historietas de aventuras.
1903 (EUA) – O primeiro filme
narrativo americano: O Grande Assalto de Trem, de Edwin S. Porter.
1903 (EUA)
- DE CABEÇA
PRA BAIXO
(Upside Downs).
Criação do ilustrador
e gravador holandês Gustave
Verbeck. Durante dois
anos, todos os domingos,
o autor conseguia
a proeza de narrar
uma história normal e
uma continuação do
mundo sem pé nem
cabeça de Little Lady
Lovekins e Old
Man Muffaro, de cabeça
para baixo. Uma inovação
jamais repetida. Sua importância
está no fato de
que após ler cada
história, basta virá-la
de cabeça para baixo
para que a ação
continue sem interrupção.
1904 (EUA) – Nasce a primeira
tira jornalística: A.Piker Cherk, de Claire Briggs, no American de
Chicago.
1904 (ESPANHA) – Surge a revista
infantil En Patufet.
1905 (EUA)
- LITTLE NEMO NA
TERRA DOS SONHOS.
Criação de Winsor
McCay. Todos os domingos
uma página inteira de
jornal trazia, em cores,
os sonhos de um
menino que, invariavelmente,
terminava no último
quadrinho caindo da
cama e despertando
para a realidade.
Com seu desenho surrealista,
enquadramentos panorâmicos,
grandes perspectivas
e jogos de cortes
e sequências, prenuncia
o cinema de vanguarda
e, além disso, a
obra introduz o elemento
da continuidade nas
HQ (a situação apresentada
sendo interrompida no
momento crítico para
continuar no dia
seguinte). Uma viagem
onírica, ligeiramente
surreal, com toques
de art-nouveau. O
pequeno Nemo está
sempre acordando no último
quadro de cada página
semanal. Graficamente
inovadora, para os
padrões da época,
trata-se de uma
série com elevado potencial
poético. Visualmente
rico, criativo, McCay inovou
a distribuição dos
quadros, verticais
ou horizontais, usando
amplamente as cores,
as grandes angulares.
Depois da morte de
McCay, o Museu de
Arte Moderna, de New
York, solicitou originais
à sua viúva, para
compensar o silêncio
da crítica de arte
à sua época. McCay
está para os quadrinhos
como Griffith está para
o cinema – com ele,
define-se uma nova
linguagem no universo
da indústria cultural.
1905 (FRANÇA)
– Surge a revista
LA SEMAINE
DE SUZETTE,
dirigida ao público
infantilfeminino.
Dentre as principais
atrações da revista,
está a personagem
BÉCASSINE,
de Jacqueline Rivière e
Joseph Porphyre Pinchon, considerada
a primeira personagem
feminina protagonista
de uma HQ. Na sua simplicidade (e
servilismo), Bécassine sempre com intenção de melhor servir, muitas vezes ouve
as coisas erroneamente, interpretando-as a seu modo e causando situações
engraçadas.
1905 (BRASIL)
- O TICO
TICO. No dia
11 de outubro a
editora O Malho
lançava O Tico
Tico, que viria a
ser o marco inicial
das publicações dedicadas
às crianças no Brasil.
Foi a primeira revista
infantil brasileira
de grande significação
editorial e primeiro
grande mercado que se
abriu ao desenhista
brasileiro. Calcado na
revista francesa La
Semaine de Suzette.
O Tico-Tico resistiu até
fevereiro de 1962.
As edições semanais foram
dando espaço às mensais
e depois bimestrais,
aos almanaques e especiais
dirigidos a pais
e professores, até
que, finalmente, com
a marca excepcional
de 2097 edições e
quase 57 anos de
existência, encerrou uma
saga ainda não igualada
pela revistas infantis nacionais.
Marco de nossas publicações
infantis, deixou de
circular no início
da década de 60,
derrotado pelos super-heróis
norte americanos dos gibis.
Circulou, porém, por
mais de 50 anos,
a infância de muitos
brasileiros, passando a
fazer parte do imaginário
coletivo da cultura
nacional.
1905 (BRASIL) – Na Bahia é
lançada a Revista do Brasil.
1905 (EUA) – Winsor McCay, com
pseudônimo de Silas, publica no Evening Telegram, Dreams of the Rarebit
Fiend (Sonhos de um Comilão)
1906 (EUA)
- Lyonel Feininger,
mais tarde um pintor
célebre, de nacionalidade
alemã, cria para as
tiras diárias do Chicago
Tribune várias histórias
das quais a mais
conhecida é a
KIN-DER-KIDS.
Um garoto magricela
e seu amigo gordo
viajam ao redor do
mundo, em busca de
aventuras cômicas ou
fantásticas.
1906 (EUA) – John Stuart Blackton
realiza Humorous Phases of Funny Faces (Fases Humorísticas de Caras
Engraçadas), considerado geralmente como o primeiro desenho animado. Rostos
sobre um adro negro mudam suas expressões.
1906 (EUA) – Charles Kahles cria Hairbreadth
Harry.
1906 (EUA) – O pintor Lyonel
Feininger é contratado pelo Chicago Tribune para fazer quadrinhos – Kin der
kids e Piemouth.
1906 (ESPANHA) – Nace Gente
Menuda, suplemento de Blanco y Negro dedicado às crianças.
1906 (BRASIL) – Trapisongas,
de J.Carlos. A primeira obra de quadrinhos do maior desenhista brasileiro de
sua geração, publicado em O Malho.
1906 (BRASIL) – Antonio Leal com Os
Estranguladores – filme de três rolas – foi o autor do primeiro
longa-metragem no país.
1906 (BRASIL) – Primeiro
almanaque d'O Tico Tico. Circulou até 1958.
1907 (EUA) – Rube Goldberg
colabora como desenhista no Evening Mail
com a série Foolish Questions.
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