1930 (EUA)
- Ham Fisher cria
para o New York
Mirror, JOE PALOOKA,
campeão de boxe.Virtuoso e bravo,
esse herói representava
o ideal americano
da época. Joe é
um boxeador de bom
coração e punhos
fulminantes. Virtuoso,
honesto, o clássico
rapaz de humilde condição
que ascende na sociedade
americana pelo talento
e bondade. Personifica
os ideais da maioria
dos americanos.
Sua
influência era tal,
que, por ter aparecido
certo dia comendo queijo
antes do treinamento
diário, numa de
suas tiras, aumentaram
as cifras de venda
do produto - e
o Instituto Nacional do
Queijo, agradecido
ao seu autor Ham
Fisher, deu-lhe o
título de Rei do
Queijo de 1937. Elevado
rapidamente à categoria
de ídolo nacional,
o Alto Comando pediu
a seu autor que
o desenhasse alistado no
Exército, para dar,
assim, um exemplo à
juventude do País.
Assim, passou a guerra
inteira, substituindo
os ringues pelas trincheiras.
1930 (EUA)
- O Associated
Press Service resolveu criar
algo inspirado em Charles
Lindbergh, oresponsável
pelo primeiro vôo New
York-Paris sem escala.
Nada melhor do que
um herói da vida
real para inspirar um
herói do mundo dos
quadrinhos. Foi criado
assim SCORCHY SMITH,
um impetuoso e hábil
aviador. De início,
desenhado por John
Terry, a nova historieta
surgiu como algo feio
e deselegante. Terry
era um péssimo desenhista.
Mesmo assim obteve sucesso.
A série circulou até
1961, com o fechamento
do AP Service.
1930 (EUA)
- O SOMBRA
faz sua primeira aparição
no programa de rádio
Detective Story Hour,
no dia 31 de
julho patrocinada pela
Editora Street &
Smith. Com sua gargalhada
aterrorizante, ele narrava
o conto do dia.
Porém, algum tempo depois,
seu inesperado sucesso junto
aos ouvintes - o
Sombra literalmente roubava
o show - fez
com que o mero
narrador se transformasse
em personagem e fosse
levado aos pulps (pequenos
contos publicados em papel
de baixa qualidade).
Mesmo como
convidado, ele alcançou
tanta popularidade que
decidiram criar uma
revista com suas
histórias. O ex-mágico
Walter Gilson foi escolhido
para escrevê-la. A
revista surgiu em 1931. Usando
o pseudônimo de Maxwell
Grant, Gibson produzia duas
aventuras do Sombra
por mês. Alguns tempos
depois, ele estava
escrevendo vinte romances
por ano e duas
revistas em quadrinhos
mensais (O Sombra
e Blackstone, o
Mágico). A revista
acabou em 1949, e
o programa, em 1954,
mas o lugar do
herói estava assegurado.
O personagem estrelou mais
de 300 romances,
teve 25 anos de
seriados radiofônicos
e um seriado para
o cinema, rodado nos
anos 40.
1930 (EUA) – Início da publicação
das aventuras de Mickey, em quadrinhos. Sua primeira história, em tiras diárias
foi Mickey na Ilha Misteriosa. Nesse ano Mickey enfrenta o primeiro grande
bandido – João Bafo de Onça.
1930 (ESPANHA) – Surge a revista
Chicos em cujas páginas aparecem posteriormente os máximos ilustradores
espanhois – Freixas e Blasco.
1930 (TCHECO ESLOVÁQUIA) – As HQs
começam a aparecer nesse país.
1930 (EUA) – The Comet, um
dos primeiros fanzines (publicações de fans) de ficção científica.
1931 (JAPÃO)
– NORAKURO, de Suiho Tagawa,
uma das mais famosas
animal strips do
país.
1931 (EUA)
- Robert E. Howard
desenvolve personagens
valentões que combatiam
a magia de feiticeiros
com espadas. Daí o
nome com que ficou
conhecido este tipo
de narrativa:
Espada e Feitiçaria.
Nessa linha, ele criou
o guerreiro, matador e
ladrão Cimeriano CONAN, na revista
Weird Tales, especializada
em literatura fantástica.
Apesar do grande sucesso
de seus contos na
Weird Tales, Howard nunca
teve um livro seu
publicado enquanto estava
vivo. Quatro anos depois
de criar o guerreiro
Conan, o escritor,
transtornado pela morte
da mãe, se suicidou.
1931 (BRASIL)
- Luiz Sá publica
na revista O Tico
Tico o trio RECO RECO,
BOLÃO e AZEITONA.
De 1931 até 1960,
quando fecharam a revista.
Aparece também TINOCO, CAÇADOR
DE FERAS,
de Théo.
1931 (EUA)
- Em Chicago, uma
pesquisa de opinião
pública revelou que,
no auge da crise
econômica americana,
os leitores mais se
familiarizavam com astros
do cinema, depois com
os gangsters e em
terceiro lugar com
ídolos esportivos, e
não sem razão, utilizando
essa preferência popular,
a história em quadrinhos,
em plena efervescência,
criava um dos seus
mais conhecidos e consumidos
personagens.
No dia 12
de outubro, segunda-feira,
no New York News,
Chester Gould lança
DICK TRACY, um policial
cujo tema de fundo
é a vingança.
Com Tracy estrearam
nas HQs o sangue
e a violência.
Com seu
nascimento, através dos
traços fortes de Chester
Gould, nascia, também, nos
quadrinhos, o modelo
para a historieta
policial que, mais
tarde, teria uma sucessão
de seguidores. Nesse ano
o gangsterismo nos
EUA atuava livremente,
estimulado pela desagregação
social causada pela Lei
Seca, que proibia aos
cidadãos direito de
beber quando quiserem.
Era a depressão
de 1929. Em 1931
Al Capone era condenado
por sonegação de Imposto
de Renda.
O crime
e a incompetência
da polícia eram assuntos
comuns ao povo americano.
Gould cria um policial
que reconquista o
respeito do público
pela lei. O sangue
e a violência
estreavam na HQ.
As situações dramáticas
se sucediam, extremamente
realísticas em seu
estilo de grande farsa.
Balas calibre 38 esburacavam
cabeças e mutilavam
corpos. Aos delinquentes
era destinado o fim
mais horrível. Tracy se
torna o justiceiro
sem alma. Isso, porém,
sem nunca sair de
seus limites de policial
- pois, se algumas
vezes a lei se
mostra incapaz de punir
em toda a sua
extensão um crime
horrível, a mão
do destino intervém através
de Chester Gould com
extrema crueldade.
Dick Tracy
surgiu quando corria a
época do proibicionismo,
do gangsterismo organizado,
da corrupção, do “não”
ao poder constituído.
E o público exigia
uma força policial,
de características burguesas,
que pudesse - ao
menos nos quadrinhos
- responder à violência
com violência. Nesse ano
o gangsterismo nos
EUA atuava livremente,
estimulado pela desagregação
social causada pela Lei
Seca, que proibia aos
cidadãos o democrático
direito de beber
quando quisessem, e pela
depressão econômica
de 1929. Exatamente
em 31, Al Capone
era condenado por sonegação
do Imposto de Renda.
Chicago era
a mais conturbada
cidade da época. Foi
quando Chester Gould, residente
em Chicago, teve a
ideia de que se
a polícia não conseguia
pegar os gangsters,
ele criaria um sujeito
que o fizesse. Um
policial que reconquistasse
o respeito do público
pela lei. E Gould
criou o personagem
Plainclothes Tracy (plaiclothers:
roupa comum, gíria policial
civil), enviando-o
ao Capitão Joe Paterson,
diretor do Chicago
Tribune New York
News Syndicate. Peterson conhecia
bem a Chester desde
1921, e havia recusado
diversas ideias de
Gould para historieta.
Desta vez telegrafou
de Nova Iorque dizendo
que aceitava a tira,
achando, porém, o
nome grande demais, sugeriu
que fosse mudado para
Dick Tracy, já que
Dick, além de ser
diminutivo de Richard,
na gíria popular também
significava detetive.
Dick Tracy aponta para
uma narrativa enxuta, sem
maiores arroubos formais,
mas sempre precisa. Os
quadrinhos apresentaram
seu primeiro detetive,
com uma galeria criativa
de vilões. Influenciou
os cineastas Alain Resnais
e Jean Luc Godard.
1931 (EUA)
- BETTY BOOP.
Criação de Max
Fleischer. Começou com
desenho animado e,
com a repercussão,
virou quadrinhos. Uma
das pioneiras da introdução
do sexo na área.
A sensual dançarina
de cabaré surgiu como
uma cadela. Mais tarde
ela reapareceu com formas
humanas. Com jeito
provocante, sempre com
as pernas de fora,
deixando aparecer uma
cinta-liga charmosa,
Betty tinha uma imagem
que se espelhava
nas divas daquela década.
A fama chegou de
vez quando ela apareceu
em "Boop-Oop-a Doop-Girl",
de Helen Kane. A
partir daí, a garota
entrou para a história,
participando de mais
de cem animações.
O rosto
angelical era moldado
da estrela Helen Kane
(que processou o autor)
e o corpo de
Mae West. A censura,
entretanto, podaria o
ar sensual de Betty.
Em 1934, o novo
Código de Produção impediu
que ela continuasse
exibindo seus decotes
e roupas insinuantes,
"em nome da
moral". Eram tempos
de Disney, com seus
personagens felizes, fofos
e divertidos. Os
produtores mudaram a
aparência de Betty,
vestindo-a até o
pescoço. Mas não
deixaram de fora
o contorno de seus
seios sob as malhas
colantes. A personagem
também ganhou um namorado,
Fearless Fred, que
a acompanhava em
situações mais comportadas.
1931 (EUA) – Primeiras emissões
de TV.
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