PERÍODO
INICIAL:
1895 a 1909 ---------------------------------------------------------------------------
1895 (EUA)
- O MENINO AMARELO/
Yellow Kid.
Criação de Richard
Fenton Outcault. Considerado
a primeira história em
quadrinhos continuada
com personagem semanal, aos
domingos, em cores,
no Sunday New York
Journal. Foi o
motivo do início dos
comics e do termo
jornalismo amarelo (no
Brasil, marron), para
designar a imprensa
sensacionalista. Seu camisolão
amarelo trazia inscrições,
tradição da charge
política. Era um
menino dos slums (favelas)
de Nova York, aprontando
diabruras com sua
turma. Outcault iniciou a
série, a despeito do
sucesso popular, desgostoso
com as críticas à
sua obra.
A imprensa
norte-americana fazia campanha
sensacionalista para aumentar
o número de leitores.
As manchetes eram violentas. Foi com
o desenhista Outcault e
seu personagem que a
imprensa (Joseph Pulitzer,
dono do New York
World) descobriu o potencial
da HQ como vendagem,
passando então, a
incentivar novos personagens
com novos criadores.
A disputa entre Pulitzer
(World) e William
Randolph Hearst (New
York Journal) tornou-se
forte.
1895 (FRANÇA)
- A Bonne Press
edita LE NOEL.
1895 (FRANÇA) – O cinema realiza
a recomposição do movimento a partir da análise fotográfica, imagem por imagem.
O cineatografo de Lumière é exibido pela primeira vez, no Boulevard des
Capucines em Paris, a 28 de dezembro.
1896 (EUA) – WEARY WILLIE
AND TIRED TIM, de
Tom Brown é a
primeira série a
apresentar onomatopeia
nos quadrinhos.
1896 (EUA)
- No dia 16
de fevereiro, o jornal
New York World, de
Joseph Pulitzer, resolveu que
passaria a testar
sua rotatividade a
cores utilizando o amarelo,
única cor que já
havia demonstrado boa
impressão, para colorir
o camisolão de um
garoto baixinho, careca e
orelhudo, personagem
constante das aventuras
do bairro proletário
Hogan’s
Alley, desenhada
por Richard F. Outcault.
Era o nascimento
da imprensa amarela (no
Brasil imprensa marron), e
do Yellow Kid. Foi
com o Yellow Kid
que os jornais descobriram
que os quadrinhos
ajudam a vender, e
se dispuseram a incentivar
a criação, estabelecendo
as estruturas básicas para
uma nova profissão.
O grande desenvolvimento
dos quadrinhos se deu
através dos veículos
de comunicação de
massa, como os jornais,
tanto em tiras diárias
como nas páginas dominicais
coloridas, exatamente
onde surgiu o Yellow
Kid, de Outcault
1896 (EUA) – Outcault leva Yellow
Kid para o New York Journal (de William Randolph Hearst, o concorrente de
Pulitzer). O World publica um outro Yellow Kid, desenhado por George B. Lucks.
E, embora essa vitória de Hearst lhe tenha custado um dos primeiros processos
de direitos autorais da história da história da imprensa, ninguém mais
conseguiria impedir que a ideia de se utilizar texto e desenho juntos,
especialmente nos coloridos dominicais, se propagasse por todo o mundo.
1896 (EUA) – O editor Frank
Munsey transforma The Argosy, revista para meninos, numa publicação de
ficção geral, impressa em papel inferior. Ele estava criando o primeiro pulp.
Os pulps são publicações feitas em papel mais barato, com capas a cores,
geralmente berrantes, e textos de agrado popular. Pararam de circular em 1953.
1896 (EUA) – Apresentam-se pela
primeira vez num jornal as criações humorísticas de Frederick Happy
Hooligan, Uncle Si, Maud the Mule (primeiro animal herói), Alphonse and
Gaston, dois franceses que passam a maior parte do tempo fazendo mesuras e
dizendo “tenha a bondade...”, e Mister Dubb.
Burr Opper:
1896 (FRANÇA) – Louis Lumiere
produz, o que em geral é tido como o primeiro filme a contar uma história: L'Arroseur
Arrose (O Jardineiro Regado). A ação era simplíssima: o garoto pisa na
mangueira, interrompendo o fluxo da água. O jardineiro, intrigado, procura a
causa, quando olha o local da mangueira, o garoto retira o pé da mesma, fazendo
com que o outro tome um banho. O jardineiro corre atrás do menino,
aplicando-lhe um castigo.
1896 (BRASIL) – Realiza-se no Rio
de Janeiro, a primeira sessão de cinema: O Ommiographo no dia 08 de
julho, numa sala da Rua do Ouvidor n.57, às 14h.
1896 (INGLATERRA) – São
publicadas as primeiras historietas inglesas em The Illustrated Chips.
Destacam-se Weary Willie and Tired Tim, de Tom Brown, onde, pela
primeira vez, é empregada a onomatopeia nos quadfrinhos – Bong!, Splash!, etc.
1897 (EUA) – Baseado em Happy
Hooligan, de Frederick Burr Opper, é produzido o primeiro filme em série, com
J. Stuart Blackton no papel do protagonista (interpretou o vagabundo).
1897 (EUA)
- OS SOBRINHOS DO CAPITÃO
(Katzenjammer
Kids). Inspirado
visivelmente nos personagens
Max e Moritz, de
W. Busch, o estreante
Rudolph Dirks começou
a publicar, a 12
de dezembro, as trapalhadas
dos Sobrinhos do Capitão no
jornal de Hearst (New York Journal).
Fritz e Hans vivem
em alguma colônia alemã
da África, em companhia
da mãe e do
Capitão (seu pai
adotivo). Eles representam,
em última análise, a
guerra contra qualquer tipo
de autoridade - paterna,
escolar, administrativa.
Nas primeiras tiras, Dirks
não usou diálogos,
mas logo seus personagens
estavam falando um
engraçadíssimo idioma anglo
germânico. Mais tarde,
Dirks passou a colaborar
no World, concorrente
do Journal, mas Hearst,
que mantinha os direitos
sobre a história,
e que já a
entregara a outro
desenhista (Harold H.
Knerr) foi à Justiça.
Os juízes decidiram,
afinal, que Dirks
poderia continuar
desenhando seus personagens
no World, se mudasse
o nome da história.
O que ele fez
logo, passando a chamá-lo
The Captain
and the Kids.
1898 (BRASIL) – No dia 05 de fevereiro
surge o pequeno Jornal da Infância, de fôlego curto – durou 20 números
-, humilde e quase inexpressivo. Foi sem dúvida um precursor do vitorioso O
Tico Tico.
1898 (BRASIL) – Julião Machado
começa a fazer caricatura para O Mercurio, primeiro jornal a cores. Mais tarde
usa o pseudônimo de Raul. Dez dias depois, nesse mesmo jornal, estreia o
caricaturista K-Lixo (Carlixto Cordeiro).
1900 (ITALIA) – Primeiro filme de
espetáculo: La Passione di Gesu (A Paixão d Jesus), de Luigi Topi.
1900 (EUA)
- HAPPY HOOLIGAN.
Era um vagabundo
com uma caneca como
chapéu, perseguidopor um policial,
Keystone Cop, mas
mantendo sempre o
otimismo, com um
eterno sorriso. Seu autor,
Fred Opper mostra como
o ser humano pode
enfrentar as vicissitudes
de vida com humor.
1902 (BRASIL) – Luis Bartolomeu
funda a revista O Malho. O primeiro número saiu no dia 20 de setembro.
Seus principais colaboradores: K-Lixto, Raul. J.Carlos, Gil, Alfredo Storni,
Seth, Yantok, Agostini, Nássara, Theo, entre outros. Parou de circular em 1954.
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