Este período
recebe do anterior uma
multiplicidade de estilos
de HQ, então nascente.
Caracteriza-se pela coexistência
de duas correntes
opostas entre desenhistas:
a) a dos humoristas
que vêm na HQapenas um divertimento
e um entretenimento.
b) a dos estudiosos,
que pretendem intelectualizar
os quadrinhos, explorando-os
formal e narrativamente.
As histórias e os
personagens marcantes
desse período acham-se indicados
a seguir.
1910 (BRASIL)
- Surge KAXIMBOWN, de Max
Yantok na revista O
Tico Tico.
1910 (BRASIL)
– Ruy Barbosa, tido como
“o maior Côco da
Bahia”, foi o
prato do ano pelos
caricaturistas, durante a
campanha civilista.
1910 (BRASIL) – Um fato singular,
o aparecimento de nossa primeira caricaturista, Nail de Teffé, que adotaria o
pseudônimo de Rian. Futura esposa do Marechal Hermes da Fonseca, então
Presidente da República.
1910 (BRASIL) – Em 23 de janeiro
morre Angelo Agostini, um dos mais importantes caricaturista aqui radicado.
1910 (PORTUGAL) – Primeiro filme
de espetáculo no país: Diogo Alves, de João Tavares.
1911 (EUA) – Para aumentar a
circulação do jornal Chicago American, seus diretores resolveram publicar uma
coleção de tiras de Mutt & Jeff.
Oficialmente, era o primeiro suplemento humorístico. O suplemento era adquirido
mediante a presentação de seis cupons recortados do jornal. Venderam-se cerca
de 45 mil cópias.
1911 (FRANÇA) – É publicado o
primeiro volume do romance folhetim de Pierre Souvestre e Marcel Allain: Fantômas,
obtendo extraordinário sucesso. O primeiro filme da série foi exibido em 1913.
René Navarre, seu interprete, era idolatrado por multidões. A série compreendeu
cinco filmes realizados em 1913-1914.
1912 (EUA)
– Prossegue nesta época
a rivalidade entre Hearst
e Pullitzer. Quando Rudolph
Dirks, criador dos Katzenjammer
Kids sai do Journal
para o World, Hearst
não permite que o
mesmo leve, os personagens
por ele criados para
o World. No tribunal,
foi decidido que Dirks
teria o direito de
desenhar seus personagens
no World com um
novo título, HANS E FRITZ,
como os chamou inicialmente,
para mais tarde, denominá-los
de THE CAPTAIN AND
THE KIDS,
nome que é mantido
até hoje, inclusive
no Brasil (Os Sobrinhos
do Capitão). O Journal
teria direito aos mesmos
personagens e ao
título original da história,
que passaria a ser
desenhada por outros
profissionais. O substituto
de Dirks foi Herald
Knerr que, com seu
talento, foi suficientemente
capaz de prosseguir
com as historietas
com o máximo de
semelhança tornando-se
imperceptível a substituição
do desenhista.
1912 (EUA)
- O primeiro sindicato
distribuidor de HQ
nos EUA foi o
HEARST’S
INTERNATIONAL
FEATURE
SERVICE. Como o
próprio nome indica,
o sindicato pertencia
ao grupo de William
Randolph Hearst, dono
da maior cadeia de
jornais norte-americanos. Em 1914
seu nome foi indicado
para o King Features
Syndicate, seguido alguns
anos mais tarde pelo
Chicago Tribune Daily
News Syndicate, o atual
United Features Syndicate
(filial da United
Press Internacional -
UPI) e outros de
menos porte.
1912 (EUA) – Edgar Rice
Burroughs propôs à revista All Story Magazine o seu primeiro romance – Tarzan,
o Filho das Selvas, publicando principalmente em folhetins e, posteriormente em
livro, em 1914. E a história da presença de um menino branco na floresta.
1912 (ARGENTINA) – O primeiro
personagem da HQ argentina foi Sa Rrasqueta, do desenhista Redondo. Foi
publicado pela primeira vez em Caras y Caretas.
1912 (FRANÇA) – Extraído do
folhetim popular de Pierre Souvestre e Marcel Allain, o cineasta
Louis
Feuillade lança Fantômas, filme policial dividido em episódios de acordo com a
fórmula consagrada na imprensa – continua no próximo episódio. Com isso, deu
origem a um gênero novo, o seriado, filme em episódios que a América irá
explorar mais tarde. Fantômas é um bandido de roupa preta e cara mascarada com dois
grandes buracos no lugar dos olhos, aparecia no meio da noite para espalhar o
terror e o crime. Foi o primeiro grande seriado do cinema.
1912 (EUA) – Cliff Steret cria Polly
and Her Pals que conta as aventuras da filha de uma família. É considerada
a primeira mulher heroina.
1912 (BRASIL) – É lançado o
Almanaque do Pensamento.
1913 (BRASIL)
- A Editora Vecchi
foi fundada por Arturo
Vecchi, italiano que
fora enviado ao Brasil
por seu irmão Lotário,
que já possuía, na
Itália, empreendimento
semelhante. A Vecchi
começou imprimindo
folhetins com novelas
em continuação, que
eram vendidos com grande
sucesso. A editora
foi enveredando por
outras linhas de publicações
como livros, quadrinhos,
fotonovelas e livros
infantis.
1913 (EUA)
- KRAZY KAT. Criação
de George Herriman.
Poético, surreal, centra-se
numa relação triangular
marcada pelo amor
e pelo ódio, resolvendo-se
no espaço de sua
vigência temática:
um (a) gato (a),
um cão e um
rato formam uma das
mais ricas galerias ficcionais
dos quadrinhos no início
do século. O gato
ama o rato Ignatz,
que o despreza e
agride com tijoladas.
Surge o cachorro Pupp,
xerife que tenta salvar
o gato (a). A
situação é quase
sempre a mesma. Virou
o primeiro gato-e-rato
estrepolia, jamais superado:
cão odeia o rato
e adora o gato.
Rato despreza ogato
e odeia o cão.
O gato não odeia
ninguém e ama
o rato. Quando o
autor morreu, ninguém conseguiu
continuar o trabalho.
Marco poético das HQs,
explorando o nonsense,
humanizando seus personagens
de maneira inédita para
a época e utilizando
como cenário uma paisagem
insólita, distante da
realidade. Em seu
trabalho, Harriman chegou
a suprimir o quadro:
as imagens sucediam-se
separadas por espaços
brancos, sem apresentar
contornos.Muitos discutem
qual seria o sexo
de Krazy Kat -
parece ser do feminino,
mas os prenomes,
em inglês, quando se
referem a ele,
são masculinos. Segundo
seu próprio criador, ele
é um ‘’explorador
e vagabundo dessas regiões
da ilusão que só
os ventos percorrem,
durante o dia,
e que os raios
da lua exumam à
noite”. Krazy Kat
inspirou uma série
de desenhos animados para
o cinema (1916), um
balé, de John Alden
Carpenter (1922) e
outra série de desenhos
animados, dessa vez
para a televisão
(1963). A série
nos quadrinhos se prolonga
até a década de
40, quando falece o
seu autor.
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Um comentário:
Não está muito fácil seguir os posts, este é o último?
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