PERÍODO DOS
ANOS 30: EXPLOSÃO DOS QUADRINHOS OU
ERA DE OURO (1929 – 1939)
A renovação
da HQ americana,
que começa a aparecer
no mundo inteiro, processa-se
realmente nos anos
30, sendo antecedida
de produções características
já em 1929. Nesta
década as histórias
de aventuras iriam ganhar
uma grande independência.
1929 (EUA) – Numa sexta feira, 29
de outubro, a estrutura financeira da grande nação americana entrou em colapso.
Os humoristas não estavam mais com vontade de fazer graça e o povo precisava
rir, mais do que nunca. Eles precisavam de uma maneira de se libertar de todas
aquelas tensões. É o crack da bolsa de Wall Street, New York.
1929 (BÉLGICA)
- No dia 10
de janeiro surge no
suplemento juvenil do
jornal católico de Bruxelas,
na Bélgica, Le Vingtième
Siecle, o personagem
TINTIN, escoteiro adolescente,
acompanhado de seu
cachorrinho Milou, do
capitão Haddock, o
biruta Tournesol e os
gêmeos Dupont e Dupont
com suas trapalhadas
cômicas. O criador:
um rapaz de 21
anos, Georges Remi. Usava
o pseudônimo de Hergé.
Her (de Hergé) é
o som em francês
da letra R, de
Remi, e Ge de
Georges. Sucesso internacional
e deflagrador da
“escola belga” de
quadrinhos, influenciando
os franceses. Nas duas
primeiras aventuras,
o que existe de
mais reacionário e
racista nos quadrinhos.
A partir dos anos
40, uma série repleta
de bons personagens.
Tintin está sempre acompanhado
de seu cãozinho,
Milou, os detetives
gêmeos Dupont e Dupond,
Capitão Haddock, entre
outros. Seu desenho
é caracterizado essencialmente
pela claridade, precisão de
traço e por um
cenário realista,
bem construído, dirigido
a um público muito
vasto.
1929 (EUA)
- POPEYE.
Criação de Elzie
Crisler Segar. O
esperto e zangado
marinheiro chamado Popeye (cujo nome quer
dizer “olhos
esbugalhados”) aparece
pela primeira vez numa
quinta-feira, dia 17
de janeiro no jornal
New York Evening Standard. Popeye apareceu
apenas como coadjuvante
numa das aventuras,
mas fez tanto sucesso
que acabou permanecendo
e se tornou o
sustentáculo da série.
Na tira Thimble
Theatre, publicada
desde 27 de dezembro
de 1919 no vespertino
New York Journal, um
dos personagens explicava
que comprara um barco
para ir a costa
africana e procurava
cuidadosamenteum marujo
para defender-se contra
“a escória da terra”.
Que logo apareceu:
- Ei, você é
um marinheiro? --
‘Cê pensa qu’eu
sou um cowboy?’.
Bastou pouco
mais do que isso
para que o marinheiro
de nariz de batata
assumisse o comando
da historieta criada por
Elzie Chrisler Segar, surgindo
como um antecipador
dos super heróis com
superpoderes do mundo
dos comics. Poderes que
provêm do espinafre.
A namorada Olívia é
bem anterior a Popeye,
mas foi depois dele
que surgiram outros personagens
importantes da história,
que a partir de
então viriam engrossar
a família do marinheiro:
o guloso Dudu (J.
Wellington Wimpy), o
filho adotivo Procopinho
(Sweepea), Poppa Poopdeck
(o pai de Popeye)
e o enigmático
Jeep, um dos mais
estranhos animais dos
quadrinhos.
Popeye é um
dos grandes mitos universais
dos quadrinhos.
1929 (EUA)
- TARZAN.
O executivo de uma
agência publicitária,
Joseph H. Neebe, adquire
os direitos para produzir
uma quadrinização de Tarzan of
the Apes,
obra literária de Edgar
R. Burroughs. O personagem
fez sucesso nas livrarias
e nas telas. As
HQs de aventuras
quase não existem. Formou
então uma nova empresa,
Famous Books and Plays,
para a produção de
quadrinhos.
Diante de
tão curto prazo de
execução, J. Allen
St. John, o principal
ilustrador dos romances
de Burroughs, recusa-se
a meter-se na empreitada.
Neebe convida o artista
publicitário Harold Rudolph
Foster, que, um
tanto perplexo, logo aceita
a empreitada. A distribuição
das tiras aos jornais
ficou a cargo do
Metropolitan Newspaper
Service (pouco depois
incorporado pelo United
Feature Syndicate).
E, de 7 de
janeiro a 16
de março de 1929,
aparecem as 60
tiras diárias, em preto
e branco, de Tarzan of
the Apes,
publicado no Brasil
como Tarzan, o Filho
das Selvas. É um
enorme sucesso. Mas, não
muito convencido com o
resultado, Foster mal
espera o dia de
largar os quadrinhos
e voltar à publicidade,
o que faz recusar
a ilustração do segundo
episódio. Pelas mãos
de Foster o homem
macaco ganhou uma personalidade
gráfica forte e
diferente da adaptação
que o cinema faria
do personagem.
Apesar de
sua origem literária,
o Tarzan de Foster
virou quadrinhos da melhor
qualidade. O clima
mitológico que envolve
o personagem, à
beira de uma certa
magia poética e “selvagem”,
mesmo levando em conta
o seu colonialismo,
assume aqui um verdadeiro
e raro encantamento
gráfico. O grande
ilustrador que faria
depois Príncipe Valente desenhou
em tiras o romance
de E. R. Burroughs,
mudando os quadrinhos,
juntamente com Buck
Rogers, de crianças
travessas e famílias
para a aventura,
dando início a Década
de Ouro dos Comics.
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