GARCIA
Tudo começou
onde hoje funciona os
colégios estaduais
Edgard Santos e Hildete
Lomanto. Lá era
o portão de entrada
da Fazenda Garcia, origem
da formação do bairro,
habitado no século
XIX. Na região em
torno da fazenda, precisamente
na Rua do Baú
(Dom Manoel I), os
empregados do fazendeiro
português Manoel Correia
Garcia começaram a fixar
residências. Aos poucos,
novas casas foram surgindo,
e as terras começaram
a ser arrendadas,
usadas para fazer roças
e hortas.
Bairro popular
com casas simples e
cheio de becos, o
Garcia se contrapõe
com prédios altos e
colégios com tradição
religiosa de classe
média-alta. Há quem
prefira separar o
bairro em dois: Fazenda
Garcia e Garcia. Mas
o clima familiar e
a veia artística
dos moradores se sobressai
e ganha destaque nacional
e internacional, como
é o caso do
sambista Riachão e
o ator Lázaro Ramos.
A segunda miss universo
brasileiro, Marta Vasconcelos,
e campeões brasileiros
no esporte, como Pedro
Brás (integrante da
seleção de 1933)
e Miltinho (campeão em
jogo de botão em
1976) também foram criados
no bairro.
Na Rua
Prediliano Pitta ,
o som do samba
predomina. No Carnaval,
a farra aumenta ainda
mais com o tradicional
Mudança do Garcia,
e a escola de
samba Juventude do Garcia.
Foi na
Avenida Leovigildo
Filgueiras que, no
final do século 18,
construiu-se o solar
que abrigou o 8º
Conde dos Arcos, Dom
Marcos de Noronha Brito,
último vice-rei do Brasil.
Ele foi governador
da Capitania da Bahia
de 1810 a 1817.
Quando transferido para
o Rio de Janeiro,
em 1818, construiu
um casarão nos padrões
do Solar Conde dos
Arcos da Bahia. Em
1938 o espaço foi
tombado como patrimônio
histórico e comprado
pela missão prebisteriana
norte americana, passando a
abrigar o Colégio
Dois de Julho (hoje
Fundação Dois de
Julho, entidade mantenedora
do colégio e da
faculdade). A tradição
religiosa no ensino
já existia no bairro
com a construção
pelos jesuítas do Colégio
Antonio Vieira, em
terras adquiridas da Fazenda
Garcia, em 1932.
Hoje, há ainda outras
instituições de educação,
com tradição religiosa,
como o Colégio Sacramentinas.
Próximo à Fundação
Dois de Julho, há o parque da Arquidiocese de São Salvador – construção do
século 19 que guarda riquezas arquitetônicas. No bairro há representações de
outras religiões: a Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes.
A origem
do nome do logradouro
vem de horto, significa
área de preservação
de mata nativa próximo
a centros urbanos ou
ainda bairros com altos
índices de arborização
em meio ao tecido
urbano. São mais
de 4 mil habitantes
neste recanto aprazível
da capital baiana. Situado
entre Brotas, Candeal, Rio
Vermelho e Avenida
Vasco da Gama, o
bairro tem em suas
paisagens elementos
da construção civil: betoneiras
paradas, guindastes
e peões.
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