RIO VERMELHO
O Rio
Vermelho mantém-se
como o bairro da
moda há décadas. É
onde ficam os barzinhos
mais transados, alguns dos
hotéis mais caros e
a maior quantidade
de casarões ocupados por
negócios de sucesso,
aproveitados pela classe
média local. É, também,
o espaço onde há
o maior número de
baianas de acarajé
famosas. Tem Regina,
Dinha e Cira comandando
o ritual com todos
os detalhes da culinária
baiana.
A igrejinha
no Largo de Santana
mantém-se, com ousadia,
no meio da rua,
atrapalhando o trânsito,
que teve que se
curvar para ela. Sobreviveu
graças às manifestações
de moradores de toda
a cidade nos anos
80. Eles impediram
a derrubada. A igrejinha
é a base do
Centro Social Monsenhor
Amílcar Marques.
A escultura
do artista e sacerdote
Mestre Didi incorpora
a arte de representação
da cultura dos seus
ancestrais e é
ponto de referência.
A festa de Iemanjá
todo dia 2 de
fevereiro, o Rio
Vermelho homenageia
a Rainha do Mar,
Iemanjá. A Casa
do Peso e entorno
ficam repletos de balaios
com presentes que a
orixá gosta. A festa
é uma das maiores
e mais prestigiadas
do calendário do verão
baiano. Da antiga
fábrica de papel,
restou apenas a sua
chaminé como um
marco da história.
O Hotel Catarina Paraguaçu,
considerado um dos
primeiros hotéis a
aproveitar velhos casarões,
tornou-se um modelo
no universo das hospedarias
de Salvador por causa
da qualidade de sua
restauração e atendimento.
Póstudo e Extudo
são bares que se
mantêm como pontos de
encontros para artistas
e intelectuais. O
Mercado do Peixe
é o lugar para
onde se vai depois
que tudo já fechou
em Salvador, vende moqueca
de todos os tipos,
mocotó, feijoada,
sarapatel e buchadas.
Tem ainda o tradicional
colégio da rede
estadual de ensino
Manoel Devoto, o Villa
Forma, uma das melhores
academias da cidade,
a Nino Nogueira – uma
mistura de loja
e galeria de arte,
a Casa de Jorge
Amado onde Zélia, mulher
do escritor, fez da
casa uma espécie de
memorial com seus
objetos e os
presentes que ganhou
de amigos famosos.
A Praia da Paciência,
cercada por uma balaustrada do início do século passado, fica ao lado do Morro
da Paciência, que é contíguo ao da Sereia. O artista plástico Carybé, o
escritor Jorge Amado e o fotógrafo Pierre Verger fizeram a fama do Rio Vermelho
e se inspiraram no seu casario e no seu mar.
SANTO ANTÔNIO ALÉM DO
CARMO
Quem passa
pela rua Direita do
Santo Antonio divide espaço
com os fiéis moradores
locais e os estrangeiros.
Franceses, italianos,
ingleses, alemães e
israelenses, entre outros
estrangeiros, fixaram residência
por ali. Compraram
casarões a preços
razoáveis, reformaram
os imóveis – preservando
suas características originais
– e os transformaram
na sua maioria em
pousadas e restaurantes.
Existe o
Plano Inclinado Pilar.
O Santo
Antonio Além do
Carmo é um dos
bairros mais antigos
de Salvador, cujos primeiros
registros remontam o
século 17. O termo
“Além do Carmo” refere-se
às portas da Cidade
do Salvador, que no
primeiro século de
habitação tinha uma
estrada no Convento
do Carmo. Limitado pelo
Barbalho e pelo
Carmo, o bairro começa,
na prática, na Cruz
do Pascoal e vai
até o Largo de
Santo Antonio Além do
Carmo, oficialmente chamado
de Largo Barão do
Triunfo, onde estão
a igreja e o
forte homônimos. A Crua
do Pascoal, local que
virou point de barzinhos,
é uma referência
no bairro. Já o
forte data de 1703.
ali ocorre, há mais
de 20 anos, a
roda de capoeira do
mestre João Pequeno de
Pastinha.
Na Igreja Matriz, cuja
construção atual data do século 19, há uma placa lembrando a resistência, de
Maurício de Nassau à invasão holandesa, quando aconteceram batalhas por aquelas
bandas. Foi também ali pelas ruas de Santo Antonio, em 1823, que o Exército de
Libertação passou, com seus soldados do povo rumo ao Terreiro de Jesus. O
cortejo, que sai da Lapinha, se repete todos os anos no 2 de Julho, data em que
se comemora a Independência da Bahia. Tem ainda o Hotel Solar do Carmo.
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