29 agosto 2013

Palavras poderosas (2)



JULGAR


O julgamento é um uso importante de nosso arbítrio e exige grande cuidado, especialmente quando julgamos outras pessoas. Todos os nossos julgamentos precisam ser guiados por padrões justos. “Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (Mateus 7.1). Quem muito julga, muito esconde. Quem muito condena, quer tirar de foco seus erros e apontar o dedo para os erros dos outros. A quantidade de pedras que você tem na mão é proporcional ao tamanho da máscara que você usa. À primeira vista, a recomendação de Jesus sobre o julgamento ("Não julgueis para não serdes julgados" - Mateus 7:1) parece conter uma proibição a que se avalie, do ponto de vista moral, o que se passa a nossa volta. No entanto, o mal, ou seja, a desarmonia em relação às Leis Divinas, certamente ocorre num planeta como o nosso e seria ilusão ver em toda a parte só o bem. Não devemos condenar aquele que erra (denegrir, desejar-lhe o mal) mas nada impede que vejamos o mal, onde ele exista. Por outro lado, julgar, não no sentido dos tribunais humanos que devem proferir sentenças necessárias ao funcionamento da sociedade, mas no de definir a responsabilidade moral de alguém perante determinado fato, é tarefa inacessível a nós, que jamais conhecemos completamente todas as circunstâncias que envolvem uma ocorrência qualquer nem as motivações e influências a que estiveram submetidas as pessoas que dela participaram. Para o filósofo Friedrich Holderlin (1770-1843), julgar é separar.


JUSTIÇA

Igualdade formal a todas as pessoas em uma sociedade ou grupo deve ser tratada de acordo com as mesmas regras, mas os critérios de justiça de dependem da “esfera” em que as distribuições estão sendo consideradas, de forma que, por exemplo, a justiça econômica e a justiça política são coisas distintas (WALZER, 1983, p.23-5), e os padrões de justiça são relativos às compreensões e expectativas correntes em sociedades específicas.

PENSAR

Processo pelo qual a consciência apreende em
um conteúdo determinado objeto; refletir; formar, combinar ideias. Meditar, raciocinar. Supor, cuidar, imaginar. Cogitar, planejar. Formar ou combinar ideias. Fazer reflexões. Raciocinar. O pensar pode ocorrer de diferentes modos. Um é rebuscado, característico de uma cultura que valoriza a acumulação de conhecimento. Outro é o pensamento transformador do ser humano fundamental para aquele que busca o autoconhecimento e o desenvolvimento final.

PODER

Do latim potere é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da
influência ou da força. Em seu significado mais genérico, poder é a capacidade de produzir ou contribuir para resultados – fazer com que ocorra algo que fiz diferença para o mundo. Na vida social, poder é a capacidade de produzir ou contribuir para resultados que afetem significativamente um outro ou outros.

QUERER

Ter vontade, desejar. Gostar de: querer muito a alguém; querer bem a alguém; querer mal a alguém. Exigir, pedir. Desejar, pretender. Manifestar vontade. Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar (Querem melhor atendimento. Queremos um país melhor). Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar (Exemplos: Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.)

TRANSGRESSÃO
Face obscura da sociedade que dá apoio involuntário à ordem
social. Violação das regras, normas ou expectativas sociais, passível de punição. Transgressão significa a ação humana de atravessar, exceder, ultrapassar, noções que pressupõem a existência de uma norma que estabelece e demarca limites. Seu significado transitou da esfera geográfica, na qual fixava o limite para as águas do mar à concepção ético-filosófica, que abriga desde preceitos morais e religiosos até as leis do Estado. Daí, as contraposições entre bem e mal, mandamento e pecado, código e infração.


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