Balanço do Século XX
A elegante boemia da belle époque deu brilho ao início do século XX. Na década de 10, começa a idade do jazz, blues e samba. A humanidade caminha rumo à modernidade na década de
1990/2000 - A última década do século é a da realidade virtual. As novas tecnologias de realidade virtual já permitem que as pessoas, literalmente, entrem no computador para interagir com os atores colocados
O relativismo de todos os conceitos e noções políticas, culturais, ética e estética é uma das características mais marcantes de nossa época. Não há mais qualquer noção de bem ou mal, de certo ou errado, de belo ou feio que seja aceita sem contestações por uma parcela significativa de uma sociedade. O “tudo é relativo” de Albert Einstein transformou-se na síntese, no emblema mais característico de nossos dias. Se em épocas anteriores eram necessários longos e dolorosos processos para que os homens abandonassem suas crenças, seus princípios morais e sua fé, hoje questiona-se o próprio sentido de se adotar ou defender qualquer sistema de valores. “Tudo o que é sólido se desmancha no ar”, disse o escritor americano Marshall Berman, recorrendo a um discurso de Próspero, personagem central da peça Tempestade, de William Shakespeare. Esta é uma descrição exata de nossos tempos.
A engenharia genética, de sua parte, poderá tornar possível a multiplicação de clones humanos, isto é, a fabricação em série de indivíduos idênticos. A discussão da sexualidade no cinema refinou-se. Aclamada em Cannes/97, a fábula moderna Ma Vie en Rose, do belga Alain Berliner, rediscute papéis sexuais e anuncia a nova tendência no cinema. O filme sugere que as linhas das fronteiras entre o masculino e o feminino estão cada vez mais esmaecidas. Jurassic Park, de Steven Spielberg, foi o filme de maior sucesso do ano de 1993 e bateu o recorde de bilheteria do E.T. O sucesso tem a ver com o uso espetacular de recursos visuais e cibernéticos. O cinema brasileiro atravessou uma crise profunda, tanto de criação quanto de produção. Em 1994 o cinema ensaia um retorno com Lamarca, de Sérgio Rezende, e Carlota Joaquina-Princesa do Brazil, de Carla Camurati, O Quatrilho, de Fábio Barreto, O Mandarim, de Júlio Bressane, Jenipapo, de Monique Gardenberg, O Que é Isso Companheiro?, de Bruno Barreto, e tantos outros.
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