Balanço do Século XX
A elegante boemia da belle époque deu brilho ao início do século XX. Na década de 10, começa a idade do jazz, blues e samba. A humanidade caminha rumo à modernidade na década de
O rock se transformou num negócio bilionário. A Inglaterra estava na recessão e a juventude sem perspectiva liderou o movimento punk contestando o rock milionário. O grupo Sex Pistols colocou o movimento em foco para os meios de comunicação de massa. Além dos garotos rebeldes do punk rock, Bob Marley e toda a tropa de músicos negros jamaicanos inflamaram ingleses e americanos com a batida pulsante do reggae. Na segunda metade dos anos 70, o estilo disco dominou os EUA e se espalhou pelo mundo. A palavra disco vem de discotheque. E os subúrbios do mundo tiveram acesso à discoteca através do filme Os Embalos de Sabado à Noite, cuja trilha sonora, em álbum duplo dos Bee Gees, se tornou o maior sucesso de venda de todos os tempos. No cinema o destaque foi para 2001, uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Mais tarde, este mesmo cineasta lança o filme Laranja Mecânica, mostrando um futuro desolador e violento.No Brasil, os aplausos vão para o filme Macunaíma, de Joaquim Pedro.
A comida natural, juntamente com a vegetariana e a macrobiótica, foi um must dos anos 70, assim como diversas outras programações da linha de saúde em voga naquele tempo, tipo correr nos calçadões, parar de fumar, entre outros. Todas as bandeiras que as feministas agitaram na década (morte ao sutiã, igualdade de direitos, ampla liberdade sexual) resultaram na febre da “amizade colorida”. Foi a década que misturou tudo. A mulher ganhava (e queria mais) autonomia e mostrava isso através do psicodelismo e do look típico.
No Brasil, era a época do milagre econômico. Grandes obras – a Ponte Rio-Niterói, enormes hidrelétricas, a Transamazônica – eram contratadas quase com a mesma facilidade com que hoje se constrói uma pracinha. O poder da classe média aumentava. Junto com tal milagre, o país vivia o inferno da ditadura. A imprensa era censurada, os partidos controlados, passeatas proibidas. Começaram a surgir uma série de jornais alternativos, após Pasquim, que tiveram vida efêmera, como Flor do Mal, Presença e o baiano Verbo Encantado. Com a censura, surge as revistas eróticas que tomaram um maior impulso.
Imprensada pela censura e empobrecida pelo exílio de vários artistas de peso, a MPB resistiu. Nomes como Milton Nascimento, Gonzaguinha, João Bosco, Novos Baianos foram revelados. São os anos da música nordestina (Fagner, Belchior,Alceu Valença, Ednardo, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho), da vanguarda erudita (Walter Franco, Marcus Vinícius). A presença da mulher como força de produção, na música é um dado importante na década: Joyce e Sueli Costa, Leci Brandão, Marina Lima, Ângela Ro Ro, Cátia de França, Marlui Miranda, Simone, Elba Ramalho, Rita Lee e tantas outras. O caminho da improvisação esteve constantemente em pauta com a música instrumental de Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Nana Vasconcelos, Hermeto Paschoal, Nivaldo Ornellas.
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