Ele chegou
no momento certo.
Precisava de
uma mão
para segurar.
Um ombro
para abraçar.
Alguém
para poder falar.
E como eu falava.
Ele escutava,
me alimentava,
me protegia,
me amava.
Nunca mais
lembrei
de minha vida
antes dele.
Sua presença
preencheu todo o vazio.
Depois que ele se foi
deixou Niquita
para eu nunca
esquecer o seu amor.
Para
psiquiatra inglês Colin Murray Parkes, o luto é o preço que se paga pelo amor,
por uma vida feliz. É assim que ele impulsiona seus pacientes a não esquecer,
mas seguir com a boa lembrança. Para ele, o luto é uma importante transição,
pode ser um momento para recriar a própria história, diz.
O amor é
um risco que vale a pena correr.
Dizem que
a morte é o fim, mas não é. Para quem ficou parece que a dor nunca se acaba
A
idealização a qual submetemos um parceiro, onde por vezes cobramos ao outro se
encaixar nas nossas expectativas. Os defeitos e preconceitos que carregamos,
muito além da ideia vaga de um completar o outro numa utopia incoerente. As
vezes temos dias ruins no trabalho, as vezes acreditamos que o que fizemos foi
suficiente por um dia, as vezes não estamos bem com o nosso próprio ”eu” e não
é possível lidar com o outro.
Descobrimos
muito mais sobre nós mesmos apenas conversando sobre assuntos que tipicamente cotidianos
e, com nossas conversas, a gente também aprendeu como se desprender de amarras
sociais pode nos fazer viver experiências únicas.
Estar com Odemar mudou minha qualidade de vida.
Sua chegada me iluminou. Ele era uma pessoa humanista, se importava muito com o
próximo. Nos ganhamos a vida com o que recebemos mas e vivemos s vida com o que
damos. Odemar deu muito mais do que recebeu, ele melhorou nossas vidas. Minha e
da comunidade. Ele sempre estará comigo. Viverá em minhas memórias.
O mar foi
se aproximando
molhando
meus pés,
pernas,
corpo e cabeça,
e em cada
onda, uma suspeita.
Não
queria mais sair dali,
queria
fazer uma ode ao mar sem fim
ou seria Odemar
um amor em mim?
Queremos
ser amados, amar, compartilhar a vida com alguém que sinta prazer em estar na
nossa companhia.
Ele foi a
descoberta mais importante em minha ida. Um sentimento que surgiu e me
iluminou. Um mor tão forte que me fazia viver com mais intensidade!
A vida é
um fenômeno rápido, e o amor faz parte, nos ensina que não se trata de domínio
e de posse, mas de uma entrega que ultrapassa qualquer limite do bom senso ou
da razão.
Existe a
dor de viver para morrer como uma flor que um dia foi semente. A travessia, no
entanto, não é só feita de dores; existem tantos outros odores, e cores, e
tantas outras belezas mordidas pela morte no mundo. Basta vivê-las! Estou
tentando, mas é muito difícil.
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