Uma vez
um poeta Fernando Pessoa disse: "Não fazemos amigos, reconhecemos". O
reconhecer está em enxergar no outro, o que quer, deseja, aspira da vida,
afinidades, medos, angústias, ou apenas uma admiração, ou de ser o como o amigo
é...ser reconhecido por eles como alguém, existir.
“Tenho
oito anos, eu vim contar como era conhecer Odemar. Não sei quantos anos conheci
ele, parece três ou quatro anos. Ele era muito legal, engraçado, simpático,
gentil e muito alegre. Gostava muito das comidas dele, tipo coxinha e mais, ele
tem uma cachorrinha muito legal. Ela gosta de carinho, engraçada. Ainda Odemar
se vestia muito bem...ele tem uma casa de praia e limpava a piscina pra eu
tomar banho e é isso, um beijo” (Beatryz Bispo, mas conhecida como Bia).
“Penguem.
Assim que eu o chamava. Um cara gente boa. Quando ele gostava, falava tudo o que
realmente a pessoa queria ouvir. Comigo não tinha papas na língua. Minha mãe o
admirava muito, pois várias vezes dava conselhos e também dava muitas rizadas.
Era um chefe na cozinha e um estilista, pois confeccionava roupas para minhas
filhas e para mim. Não era para todos que ele se propunha a fazer. Nos 15 anos
da minha filha mais velha ele fez um bolo lindo, sem que eu pedisse. Ele me
dizia gostar de mim de graça, me defendia se alguém falasse de mim. Nossas
farras na Feira de São Joaquim...saia para comprar caranguejo e acabava nos
numa barraca tomando umas geladas. Pra mim ele continua vivo no meu coração.
Agradeço a Deus por ele ter sido meu amigo” (Conceição, moradora do bairro da
Saúde)
“Estudei
com ele no colégio em Vitória da Conquista. Ele era três cursos mais adiantado
do que eu e também mais velho. Morávamos duas ruas de diferença no mesmo
bairro. Uma irmã dele ficava muito lá em casa e ele gostava muito dela, Lora.
Nos encontramos em Salvador por acaso no bairro da Saúde, 12 anos depois. Bebemos
muito juntos, muitos carnavais, muita relentagem nas ruas e um amigo de
coração. Todo dia lembro como também outros amigos inesquecíveis pela maneira
de ser. Amigo, chegava junto quando precisava e nós dois gostávamos muito de
resenhar sobre a vida dos outros, ou seja, fofocar. Que ele fique om Deus que
merece! (Paulo Cesar Faria, morador do bairro da Saúde).
Gratidão
Dema,
queria agradecer
sua amizade.
Quero eternizar
nossa parceria.
Quero perfumar
toda essa energia.
Sem você
meu caminho
não seria forte.
Sua doação
é meu espírito,
meu norte.
Agora estou só,
desamparado,
quieto,
desorganizado.
Só o tempo
dirá o que fazer,
mas meu coração
foi sempre de você.
Ele se foi mas deixou um pouco dele em Niquita,
sua cachorrinha, ou melhor nossa. Com ela o sentimento é de afinidade intima,
de solidariedade indiscutível. Ao abanar o rabo com intensidade expressa sua
alegria. Seu amor é incondicional. A cada carícia sentimos seu coração
agitar-se. Sua nobreza e bondade não tem limites.
Cheiro
Quando
levamos nossa cadela Niquita para passear bem cedinho, ela fareja o meio fio,
as pedras e as árvores, a fim de saber exatamente que cachorro passou por ali
antes, sua idade, sexo, temperamento, estado de saúde e quando passou pelo
local pela última vez. Esse procedimento e a mesma coisa que ler um jornal de
manhã. Essas narinas revelam-lhe as trilhas invisíveis dos outros cães. Outra
novidade é que Niquita adora ficar na janela vendo a banda passar...
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