13 outubro 2021

Amor de mar, amor Odemar (10)

E os amigos escreveram:

 

“Gugu, não tenho certeza se as imagens descritas nesse pequeno texto a seguir fazem sentido, mas escrevi o que estava no meu coração. Me diga como vc está. Eu nem sei dizer se ele gostava do mar. Mas eu tinha a impressão de que o mar podia pegar fogo e ele estaria com aquela cara e aquele sorriso de quem estava sentado numa cadeira de praia posicionada de modo que a água salgada pudesse bater suavemente nos seus pés. Ou seja, na delícia! Não estou na lista das pessoas que aproveitaram muito a companhia de Odemar. Nosso vínculo tinha como liga a amizade construída com Gugu, meu amigo desde os tempos do Central e da vida universitária. Odemar era pra mim a personificação da simbologia do paz e amor, aquela pessoa de bem com vida, dedicada ao companheiro, à família e ao amigos. A notícia da morte me trouxe a visão de um sorriso largo e a lembrança de uma conversa mole, adocicada, com aquele sotaque forte 100% baiano. Não perguntei as circunstâncias. Terá sido de covid? Não sei! Só sei que foi cedo. Com certeza ainda tinha muito o que sorrir e a onda deveria bater naqueles pés em muitos dias de sol. A vida segue e penso que ele já encontrou um jeito de ser feliz de novo, de abraçar o mar e a lua cheia. Quem sabe! Quem dera!” (Marlene Lopes, jornalista)

 


 “Bom dia querido primo Gugu! Foi através de vc que convidou a mim e Verinha pra conhecermos sua casa. Chegando lá, vc tinha saido e ficamos encantada com a recepção carinhosa de Odemar, e com a fatia desse bolo que nos foi oferecido! Pedi na hora, a receita!  E assim ela foi espalhando... Sei o quanto é sofrido perder alguém, e o quanto ele foi amado e importante por você, meu querido Gugu! Força e fé e Deus há de aliviar as dores dessa perda! Um abraço e se cuida, tá? (Lucinha Simões Carneiro)

 

Há algo de muito diferente em minha rotina. Falta graça, abraço, sorriso, olhar. Esta me faltando até o ar. Você se foi, sem ao menos dizer adeus. E levou consigo meus sonhos. Agora só me resta lembranças, e a esperança...essa está perdida em um canto da casa. Durante dias chorei muito, fiquei desesperado. Mas tive que me conter ou a cachorrinha Niquita que já está estressada, poderia piorar. Agora, choro  por dentro, na tristeza, no lamento, até me deitar. Acordo cada vez mais assustado, pensando que era um pesadelo, um passado, mas é tudo real. E sei que o tempo não volta, o consolo me assola, tenho que respirar. E assim, os dias vão passando, tudo tão estranho e ainda tem essa pandemia a pairar. A ideia de não poder mais ficar com ele doi, doi muito. Vai ficar esse vazio, essa escuridão...

 


“Neste momento, o querido Gutemberg Cruz (jornalista, escritor e pesquisador) está sepultando o corpo de Odemar no cemitério Bosque da Paz. Vivemos um período tão cruel que não podemos abraçar nossos amigos. Peço a todos uma oração. Dema, como a gente o chamava carinhosamente, foi a pessoa mais importante na vida de Gutemberg. Era um ser humano especial, tenho as melhores recordações. Nunca vou esquecer o carinho dele com minha saudosa mãe, sempre que preparava um bolo especial, trazia um pedacinho pra ela. Moramos no mesmo bairro (Saúde) muitos e muitos anos. Descanse em paz, Odemar”. (Olívia Soares, jornalista)

 

 “Como esquecer os maravilhosos almoços que ele tão gentilmente nos preparou e serviu???” (Gonçalo Silva Junior, jornalista)

 

“Meu Deussss, nosso lindo, querido, talentoso que tanto me ensinou , das artes e invenções, a cocadas, bolos e alegria...A frente do seu tempo, uma estrela linda que esteve em nosso caminho abrilhantando sempre!!Segue em paz meu amor!!Meus sentimentos , Guto!!!!!” (Iasmine Menezes, amiga).

 

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