06 outubro 2021

Amor de mar, amor Odemar (03)

JORNALISMO

 

Ingressei no Curso de Jornalismo na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFBA em 1979. O curso considerei fraco, na época, mas me formei. E logo me vi trabalhando na Tribuna da Bahia, uma revolução no jornalismo baiano. Primeiro jornal off-set, composição a frio, inovação de linguagem, valorização de fotografia e muito calor humano na redação. Em seguida trabalhei no Correio da Bahia, A Tarde, Bahia Hoje e também nas rádios Cruzeiro, Piatã, Bandeirantes, Educadora. Naquela época eu e Agnes Cardoso fomos os primeiros universitários a trabalhar nas emissoras de rádio, pois havia um preconceito muito grande contra essa mídia, inclusive na própria universidade.

 

Como crítico de quadrinhos, escrevi uma coluna semanal (Os Quadrinhos em Foco) no jornal A Tarde (Página Infantil de Adroaldo Ribeiro Costa) de 1970 a 1972. Depois, neste mesmo jornal, outra coluna semanal (Quadrinho em Estudo) de 1977 a 1979. De 1989 a 1991 a coluna semanal sobre quadrinhos passou a ser publicada no jornal Tribuna da Bahia. De 1993 a 1995 no jornal Bahia Hoje. Em 1989 no Diário Oficial do Estado da Bahia. Também escrevi para o Jornal Salvador, Almanaque da Bahia, diversos diários do interior do estado e nas revistas Quatro Cantos e a revista de Sergio Matos, Neon.

 


Como radialista, trabalhei como repórter na Radio Cruzeiro da Bahia, Radio Educadora Ainda no radio fui apresentador e produtor do programa Sessão Maldita de Rock, toda sexta, meia noite na Radio Piatã. Logo em seguida apresentei e produzir o programa Rock Star na Radio Bandeirante. Na Sessão Maldita o som era pauleira pura com sucessos do AC/DC, Lou Reed, Jimi Hendrix, Rush, Stooge, Jane Joplin, Led Zeppelin, U2, Santana, Bob Dylan entre outros. Audiência mais que acentuada diante do número de cartas cada vez mais crescente que recebi como dos fãs Eduardo Scott, Luciano Araujo, Julio Cesar Freitas, Roberto Luis Castro e muitos outros. O sucesso foi tão grande que fui convidado a produzir e apresentar outro programa, desta vez aos domingos, às 17h na Radio Bandeirantes: o Rock Star com a técnica de Marcos Xarope.

 

Nesse período (1985-86) também fui jurado do Projeto Pixinguinha. Lançado em 1977, pela Funarte, essa iniciativa encantou muita gente nos anos 80. A dinâmica era simples: juntar talentos consagrados com nomes novos da música em todo o país. Assim, às vezes era possível ter nos shows figuras como Sueli Costa ou Jane Duboc e outras menos conhecidas do público. As apresentações eram feitas principalmente em teatros municipais. E os preços cobrados eram relativamente baixos.

 


Recebi alguns prêmios durante minha trajetória profissional: Prêmio Parker de Jornalismo Estudantil (1975), Animador Cultural do Circulo de Estudo, Pensamento e Ação (1989), Trofeu Crítico do Ano no 4º Encontro Nacional de HQ, em Aracás, MG (1991), melhor reportagem do mês da ABI (dezembro de 1991), HQ Mix de Melhor Livro de Cartum (O Traço dos Mestres – 1986), HQ Mix de Melhor Livro de Cartum (Feras do Humor Baiano – 1998).

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