
De dentro
dessas instituições disciplinares
que formam a sociedade,
o poder emana não
somente do estado,
mas também dos indivíduos,
mais precisamente dos
indivíduos que detêm
um certo conhecimento
científico. Foucault sempre
demonstrou desprezo pela
objetividade do saber
e da ciência, defendendo
a ideia de que
o saber não é
objetivo, pois sua
validade é comprometida
por uma gênese extra científica,
funcionando a serviço
de fins extra científicos.
A ciência
das riquezas é substituída
pela economia política,
cujo cerne secreto está
no trabalho, a história
natural é substituída
pela biologia, cujo núcleo
invisível é a
vida, e a gramática
geral é substituída
pela filologia, cuja essência
latente é a
história. Se o
homem se define por
suas relações com a
vida, o trabalho e
a linguagem, as ciências
do homem tendem a
girar em torno da
biologia, da economia
política e da
filologia. Mas, para
Foucault, nenhuma delas
pode ser considerada
ciências humanas, pois
o objeto dessas ciências
não é o homem,
como deveria ser, e
sim a representação
que o homem tem
em um ambiente criado.
Poder e
saber são correlativos.
Não há poder sem
seu regime de verdade,
cada sociedade tem os
tiposde discursos
que ela acolhe e
faz funcionar como verdadeiros
e também possui os
mecanismos e as
instâncias que permitem
distinguir os discursos
falsos dos verdadeiros.
Foucault idealizava
uma consciência intuitiva,
não contaminada pela
razão, ele não combate
o saber, não exalta
o não saber. Apenas
registra a funcionalização
do saber a serviço
do poder.
Na formação
de Foucault concentrou-se
ideias e experiências
de várias e complexas
naturezas: dafilosofia
de Nietzche, Heidegger,
Bataille, Blanchot ou
Klossowski a história
da medicina e das
instituições carcerárias
e manicômios, da
literatura e da
semiótica à polemologia
e à economia política,
da geografia à historiografia.
Foucault queria
justamente reencontrar
por meio da “erudição”
e também das pesquisas
sobre acontecimentos considerados
como marginais, a história
secreta do “poder”
nas suas vastas e
infinitas ramificações.

E quem
o representa não são
apenas os grandes personagens,
mas uma miríade de
homens pequenos e médios
e, no limite, todos,
do médico ao enfermeiro,
do burocrata ao suboficial,
do policial ao professor.
E o poder não
está sobre, mas dentro
da sociedade, não se
difunde somente por
meio de ideologia
ou do consenso,
mas por meio de
mil práticas que envolvem
o corpo e o
espaço. Subdivide
minuciosamente o território
e os ambientes,
regula as distancias
entre os indivíduos,
insinua-se por meio
da disciplina e da
sexualidade no corpo
das pessoas.
HUMOR
GRÁFICO NA BAHIA
Uma
exposição com as obras dos precursores do grafismo baiano (cartum, caricatura,
charge e quadrinhos) até os dias atuais é de grande necessidade para o grande
público (jovem e adulto).
É
necessário apresentar ao público a história desses artistas que continuam invisíveis
e são importantes no registro dos acontecimentos históricos e sociais.
Por
esse motivo, vamos apresentar em 2015 uma grande exposição de humor gráfico na
Bahia e queremos a participação de todos os artistas.
Paraguassu,
K-Lunga, Tischenko, Sinézio Alves, Fernando Diniz, Theo, Lage, Setubal, Nildão,
Ruy Carvalho, Cedraz, Cau Gomez, Bfruno Aziz, Valterio, Flavio Luis, Luis
Augusto, Valmar Oliveira, Andre Leal, Angelo Roberto, Eduardo Barbosa, Gentil,
Jorge Silva, Carlos Ferraz, Helson Ramos, Hector Salas, Tulio Carapiá, Sidney
Falcão são alguns dos artistas cujas obras estarão na mostra.
Participe,
colabore. Contato: gutecruz@bol.com.br
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Quem desejar adquirir o livro Bahia
um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda
nas livrarias
LDM (Brotas),
Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro
Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca
(Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de
Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra
encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho.
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