12 agosto 2014

Mergulhe nessa terceira onda (2)



Para o estudioso Stuart Hall, o deslocamento do sujeito foi provocado por cinco rupturas nosdiscursos do conhecimento moderno. Marx, Freud, Saussure, Foucault e o feminismo foram fundamentais para a descentralização do sujeito enquanto identidade.

O pensamento Marxista reinterpretada na década de 60 tirou o homem do centro do sistema teórico.

A descoberta do inconsciente por Freud que arrasa a ideia do homem como ser provido de identidade fixa e unificadora.

O terceiro descentramento está associado ao trabalho desenvolvido de Ferdinand de Saussure. Ele argumentava que nós não somos em nenhum sentido, os autores das afirmações que fazemos ou dos significados que nos expressamos na língua. A língua é um sistema social e não individual. Ela pré-existe a nós. O trabalho de Ferdinand de Saussure diz que utilizamos a língua segundo padrões estabelecidos para nos posicionarmos de acordo com propostas pré-existentes.

O filósofo e historiador francês Foucault destacou o poder disciplinar onde as novas instituições coletivas de grande escala regulam, vigiam as atividades modernas.

E o último pensamento advém do feminismo que junto com outros movimentos de sua época promoveram transformações sociais importantes para a conceituação de identidade.

Assim a chamadacrise de identidadepode ser entendida, segundo Stuart Hall, como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social. Ou seja, as velhas identidades, fixas, que na pré-modernidade serviram como representações estáveis e referência que os indivíduos, estão em declínio. Novas identidades vêm surgindo e, como consequência, ocorre a fragmentação do sujeito moderno.

Segundo os estudiosos, favoráveis a essa teoria, as identidades modernas estão entrando em colapso, transformando,descentrando, deslocando não o sujeito, mas os parâmetros de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que antes forneciam localizações em nossa sociedade.

Tais transformações abalam a ideia que temos de nós mesmo como sujeitos integrados, afetam nossasidentidades pessoais. É oeudissolvido e, ao mesmo tempo, exilado no todo que se extingue o sentimento de pertencer à sociedadetalvez, mais significativa ainda, seja aperda de um ´sentido de si´.da própria identidade. um duplo deslocamento: tanto do sujeito em relação à sociedade e à cultura, quanto a si próprio.


E o sujeito moderno está se tornando fragmentado. Composto não de uma, mas de várias identidades, que podem vir a lutar entre si. A identidade é transformada de acordo com as representações dos sistemas culturais. Nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. Assumimos diferentes identidades em diferentes ocasiões ao redor de um eu, não mais, fixo, estável ou permanente. Devido à multiplicação dos sistemas de significação e representação cultural, nos confrontamos com múltiplas possibilidades de identificação.

HUMOR GRÁFICO NA BAHIA

Uma exposição com as obras dos precursores do grafismo baiano (cartum, caricatura, charge e quadrinhos) até os dias atuais é de grande necessidade para o grande público (jovem e adulto).

É necessário apresentar ao público a história desses artistas que continuam invisíveis e são importantes no registro dos acontecimentos históricos e sociais.

Por esse motivo, vamos apresentar em 2015 uma grande exposição de humor gráfico na Bahia e queremos a participação de todos os artistas.

Paraguassu, K-Lunga, Tischenko, Sinézio Alves, Fernando Diniz, Theo, Lage, Setubal, Nildão, Ruy Carvalho, Cedraz, Cau Gomez, Bfruno Aziz, Valterio, Flavio Luis, Luis Augusto, Valmar Oliveira, Andre Leal, Angelo Roberto, Eduardo Barbosa, Gentil, Jorge Silva, Carlos Ferraz, Helson Ramos, Hector Salas, Tulio Carapiá, Sidney Falcão são alguns dos artistas cujas obras estarão na mostra.
Participe, colabore. Contato: gutecruz@bol.com.br
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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.


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