Poucos pensadores
da segunda metade do
século 20 alcançaram
repercussão tão rápida
e amplaquanto o
francês Michel Foucault.
Por ter proposto abordagens
inovadoras para entender
as instituições e
os sistemas de pensamento,
a obra de Foucault
tornou-se referência
em uma grande abrangência
de campos do conhecimento.
Influenciado
por Nietzshe, Michel Foucault
afirma que o conhecimento
sempre tem um propósito:
se caracteriza pela
vontade de dominar
ou apropriar, além disso,
ele é buscado por
sua utilidade, é potente
e instável. Para ele,
a vontade de buscar
a verdade não passa
de uma versão deturpada
da vontade de poder
central que Nietzsche
considerava o impulso
humano primordial. Foucault
concluiu que saber
e poder estavam intrinsecamente
ligados. Mas, diferentemente
do poder residir nos
indivíduos, conforme concebia
Nietzsche em sua
concepção do “super-homem”,
para Foucault o mais
importante aspecto do
poder estava nas relações
sociais. As principais
ideias dele sobre esse
tema aparecem na obra
“A Arqueologia do
Saber”, lançada em
1969.
O filósofo
não acreditava que a
dominação e o
poder sejam originários
de uma única fonte
– como o Estado ou
as classes dominantes
–, mas que são
exercidos em várias
direções, cotidianamente,
em escala múltipla (um
de seus livros se
intitula Microfísica
do Poder). Esse exercício
também não era necessariamente
opressor, podendo estar
a serviço, por exemplo,
da criação. Foucault via
na dinâmica entre diversas
instituições e ideias
uma teia complexa,
em que não se
pode falar do conhecimento
como causa ou efeito
de outros fenômenos.
Para dar conta dessa
complexidade, o pensador
criou o conceito de
poder conhecimento. Segundo
ele, não há relação
de poder que não
seja acompanhada da
criação de saber
e vice-versa.
Livro adotado
em cursos de direito,
filosofia, ciências sociais,
história e pedagogia,
Vigiar e Punir, do
filósofo francês Michel
Foucault, estuda a
história das legislações
e das técnicas coercitivas.
Lançado na França
em 1975, a obra
de Foucault é dividida
em quatro partes: "Suplício",
"Punição", "Disciplina"
e "Prisão". Uma
de suas passagens
mais célebres narra o
"panoptismo", com a
descrição do Panóptico,
centro penitenciário desenvolvido
pelo filósofo utilitarista
Jeremy Bentham (1748-1832),
cujo sistema de vigilância,
no qual os presos
não sabiam se estavam
ou não sendo observados,
serviu como metáfora para
o poder disciplinar
no mundo moderno.
Para Foucault
(1995), o poder não é
apenas coercitivo ou repressor,
mas produtivo, heterogêneo,
eatua através de
"práticas e técnicas
que foram inventadas,
aperfeiçoadas e se
desenvolvem sem cessar.
Existe uma verdadeira
tecnologia do poder,
ou melhor, de poderes,
que têm cada um
sua própria história"
(Foucault, 1999, p.
241). Em cada sociedade,
há um regime de
verdade com seus
mecanismos particulares
de produção. Foucault (1995,
1999) diz-nos que a
Verdade nunca está
fora do sistema de
poder e que não
há uma Verdade sem
poder. Rejeitando a hipótese
repressiva do poder
- em que o
poder só operaria a
partir do sistema coercitivo
das leis ou do
Estado - ele descreve
a complexa rede de
tecnologias e de
sistemas disciplinares
pelas quais o poder
opera, particularmente através
das disciplinas normalizantes
da medicina, da educação
e da psicologia
na modernidade.
A noção
de poder inclui a
possibilidade de resistência,
que é fundamental
na contraposição a
todas as formas de
opressão e violência.
No entanto, a análise/compreensão
das relações de poder
remetem para o
par dominação/resistência na
condição de sujeitos
livres, enfatiza Foucault
(1995).
HUMOR
GRÁFICO NA BAHIA
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